As marcas e a evolução digital

Este artigo tem a pretensão de discutir o momento atual das empresas e o futuro delas. Este artigo tem a pretensão de discutir o momento atual das empresas e o futuro delas.

Apesar dos empresários não parecerem muito preocupados com o futuro das suas empresas, queremos discutir exatamente esse ponto. Até porque muitos desses empresários “acreditam” que irão existir por séculos.

Quem não lembra de marcas famosas como Mesbla, Imcosul, JH Santos, Disapel, Hermes Macedo?! Só para citar algumas do varejo da década de 80 e inicio dos anos 90.

Em pouco mais de dez anos essas marcas de empresas poderosas deixaram de existir. Nem pesquisando na Internet encontra-se alguma referência a elas. A única exceção é a Mesbla que ainda possui alguns comentários em revistas eletrônicas, citando o poder da empresa, que teve mais de 80 mil funcionários e 180 lojas em todo o Brasil.

No estudo Raio-X do e-commerce no RS, quem é quem na mente do e-consumidor, realizado pela WBI Brasil (www.wbibrasil.com.br), ficou constatado que existe uma mudança de comportamento do consumidor moderno.

A grande reflexão proposta no estudo é mostrar que o consumidor hoje passa a ter outras marcas na mente e que no futuro as atuais líderes de mercado podem deixar de existir caso não ocupem seus espaços junto aos e-consumidores, independente delas venderem ou não pela Internet.

No estudo, eu cito meu próprio exemplo como consumidor. Aprendi a comprar acompanhado dos meus pais que me levavam nas lojas que eles (pais) estavam acostumados a freqüentar e que hoje os meus filhos compram sem nenhuma intervenção minha, pois são eles que escolhem as lojas, os produtos e as marcas que querem adquirir. Essa mudança no comportamento das novas gerações precisa ser compreendida pelo empresário. Caso contrário ele pode vir a ser uma nova Mesbla…

Portanto, o sucesso no passado não garante a presença no futuro. É preciso que as empresas, principalmente as do varejo que ainda não despertaram para o potencial da Internet, comecem a desenvolver estratégias digitais para se relacionar com esse público.

Das marcas on-line citadas no estudo (Amazon, Submarino, Google, Dell, Yahho, Orkut), nenhuma delas existia dez anos atrás. E a pergunta que ficou no ar… Será que as marcas líderes, hoje, vão existir daqui a dez anos???

O baixo índice de citação das marcas tradicionais no estudo, mostram que o sinal amarelo está aceso. E os gestores dessas redes precisam estar atentos ao que acontece no meio virtual. A Internet mostra cada vez mais que o importante não é somente ter um site perfeito no que tange a tecnologia, mas, sim, desenvolver ações eficientes com seu público visando conquistá-lo e fidelizá-lo.

Os números estão aí e mostram exatamente o que está acontecendo no meio digital. Os próprios sites de conteúdo indicados pelos internautas na pesquisa apontam para um crescimento dos veículos exclusivamente de mídia digital, enquanto que jornais tradicionais perderam definitivamente seu espaço na mente do consumidor.

Quanto tempo levará para que esse consumidor deixe de assinar o jornal impresso que ele lê há anos??

Quanto tempo levará para ele optar por um veículo mais ágil, mais completo e quem permite ao leitor ter acesso ao seu conteúdo em qualquer lugar???

A mobilidade crescente dos diversos aparelhos disponíveis no mercado (PDAs, palmtops, celulares, etc.) apontam para que esses veículos comecem a “pensar” numa alternativa. Do jeito que está, eles estão perdendo espaço. E clientes também…

Será que o profissional que ingressar no mercado daqui a cinco anos irá ler o jornal que o pai dele está acostumado hoje? Os resultados apresentados no estudo no que se refere ao posicionamento dos sites das grandes marcas e a relevância desses sites apontam para uma necessidade urgente de adequação do que é Internet e como irão enfrentar as e-empresas.

Um dado apontado no estudo chamou a atenção do público, ao pesquisar alguns produtos nos mecanismos de busca, 100% da pesquisa não apontou nenhuma empresa do RS entre as dez primeiras páginas desse mecanismo. Um internauta normalmente procura no máximo até a segunda página para localizar um produto ou serviço que ele deseja.

E as perguntas são muitas:.

Onde estão estas empresas?

Como o consumidor irá encontrá-la na Internet?

O que estão fazendo as entidades de classe que deveriam esclarecer seus associados?

Infelizmente não vimos nenhum movimento dos representantes dessas entidades para conhecer o mercado digital. Sinal que não se interessam pelo tema. Como conseqüência seus associados ficam a mercê dos predadores do mercado.

Um outro dado que merece uma grande reflexão dos gestores dessas empresas é o fato que somente 1% das empresas analisadas possuem um domínio .com, mostrando que o problema não é investimento, pois um domínio custa apenas R$30,00 por ano. Outro ponto apontado como um grande problema nesses sites é o cadastro. Enquanto alguns pedem dados demais como CIC e RG (30% do total pesquisado), outros pedem somente o e-mail (34%), mostrando que não existem nenhuma política de relacionamento com o potencial consumidor. O cadastro, muitas vezes, é o mesmo para receber promoções e comprar, mostrando um grande descuido com o perfil do seu potencial cliente.

Um bom projeto web necessita dar uma atenção enorme ao DBM (Data Base Marketing), pois é dele que serão criados os filtros e os perfis dos potenciais clientes. Senão um cliente masculino pode passar a receber e-mail com o seguinte título: Se liga, mulherada! Um verdadeiro anticase de relacionamento. Concluindo esse artigo, cito quatro ações essenciais para que uma empresa obtenha sucesso no futuro. A primeira delas é que as empresas desenvolvam uma estratégia de otimização do seu wwebsite de forma eficiente. Assim, ele poderá ser facilmente localizado nos mecanismos de busca.

A segunda sugestão é que a empresa desenvolva um DBM segmentado. Que as ações de relacionamento como o e-mail marketing sejam mais eficientes, pois o formato adotado bem como o momento de contato, muitas vezes, inviabiliza uma campanha.

Concluindo, para uma empresa obter sucesso no futuro será necessário que ela utilize de forma eficiente as ferramentas de comunicação da era digital. Assim elas estarão interagindo conforme o mercado exige, hoje. Total mobilidade e interatividade. E que elas conheçam e entendam o que são ferramentas de comunicação da era digital.

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