Aumento de preços ou especulação? Ou oportunidade de melhorar a venda?

Não, não vou “falar” sobre política, mas sim da política/postura que cerca a nossa categoria ? a dos GRANDES VENDEDORES ?, que ao primeiro sinal de mudança na economia brasileira e mundial, já recuam, temendo prejuízos quando o momento é para criar novas oportunidades aos nossos clientes e estes aos consumidores… Basta alguém tossir que o dólar americano aumenta e o brasileiro paga a conta. Entra governo, sai governo e as reformas prometidas são deixadas de lado, sempre sob a alegação de não ter dinheiro em caixa.

Não, não vou “falar” sobre política, mas sim da política/postura que cerca a nossa categoria – a dos GRANDES VENDEDORES -, que ao primeiro sinal de mudança na economia brasileira e mundial, já recuam, temendo prejuízos quando o momento é para criar novas oportunidades aos nossos clientes e estes aos consumidores…

O nosso mercado demora para reagir quando há sinais evidentes de baixa no dólar americano (vincular produtos brasileiros ao dólar, para mim, é pura especulação, ganância e prepotência de alguns grupos), mas automaticamente reagem ao primeiro boato e a primeira chuva anunciada pela mídia, fazendo com que o preço da alface e do chuchu dobrem de preço, quando os produtores ainda nem sentiram a falta ou excesso d””água em suas lavouras…

Mas os GRANDES VENDEDORES tornam-se pequenos, pequeninos vendedores, temendo e tremendo pela própria vida, ficando em casa para não gastar, pois SABEM que não vão vender (eu gostaria de saber como eles sabem que não vão vender ficando em casa) …

Quando um mercado não está comprador, a culpa é de quem?

Muitas vezes dos especuladores que deturpam a visão do cenário e tendem a manipular os preços na tentativa de ganhar mais, fazendo menos.

Outras vezes dos próprios lojistas que se aproveitam da necessidade de consumo, elevando imediatamente os preços junto aos produtos e a população, temendo uma possível escassez, estoca o desnecessário em casa…

Mas já pararam para pensar que somos nós – também – os culpados pelas vendas não realizadas? Que somos nós que estamos na ponta de uma cadeia especulativa e que à circulação das mercadorias?

Como assim Oscar?

Simplesmente por não estarmos informados suficientes sobre o que realmente está acontecendo e em não o estando, não temos condições de repassar estas informações aos nossos clientes, criando um empasse. E com este impasse, deixamos de vender!

Vendedores não informados e que não informam, não passam de “tiradores” de pedidos e estão sendo superados pelos que se atualizam todos os dias, pelos que levam condições de compra/venda aos clientes, pelos que criam oportunidades, criando situações para que a venda – junto aos pontos de venda – seja aumentada, resultando em superação de cotas.

Entrar numa loja, abrir a pasta, perguntar o que está faltando ainda é muito rotineiro junto aos compradores em geral, pois são eles que assim determinam o processo de compras. Chega um vendedor e eles “buscam” a lista de faltas, quando esta lista de faltas deveria ser feita não só pelo que foi pedido no balcão e não tinha mais em estoque (falta de estoque sempre é falta de organização, previsão e preparo em compras), mas sim por um trabalho conjunto – vendedor/comprador sobre determinados produtos/serviços que poderiam estar sendo comercializados e com sucesso, em suas lojas.

Quantos produtos vendemos e que na maioria dos nossos clientes e nas suas lojas não são encontrados? Será que eles são ruins ou os ruins somos nós que não soubemos vendê-los?

Tendo – então – poucos produtos ou um estoque reduzido, será que as lojas tem condições de avaliar o mercado e com isto determinar se está ou não está havendo falta de fornecimento e passar a aumentar os preços, temendo uma suposta falta?

Acordem colegas, acordem e passem a trilhar caminhos diferentes aos já conhecidos. Passem a entrar pela porta dos fundos ou fiquem sem ser notados, dentro de uma loja e observem como os vendedores atuam, como os compradores compram e como os balconistas ou gestores de vendas atendem os clientes e começarão a perceber que o furo não está só na especulação, mas sim na cadeia de atendimento, quando ao invés de despejar um produto, deverim sim, mostrar suas vantagens e benefícios, fazendo com que mais pessoas possam utilizar determinados produtos e consequentemente, cumprindo as metas daquelas empresas que souberam projetar suas cotas e crescimentos dentro de cenários perfeitos e principalmente, com objetivos condizentes ao cenário previsto, sem esquecer de observar os clientes, pois eles determinam tendências e suas necessidades devem ser – prontamente – atendidas.

Muitos vão comentar (prever é uma obrigação de um Grande Vendedor) que ainda no Brasil o lucro fácil é a maneira mais rápida de ganhar dinheiro; que os bancos fecharam 2002 com um assombroso percentual positivo de lucro; que o dólar americano está atrapalhando a nossa vida e por muitos outros porquês, mas será que o Brasil pára? Será que deixaremos de comprar um prego e uma telha? Será que não usaremos mais roupas e sapatos? Estes que comentarão podem até estar certos, mas vocês lembram da história daquela empresa fabricante de sapatos que mandou um vendedor a um país da África e este, ao chegar lá, telefonou imediatamente dizendo que ali não era mercado para ele, pois ninguém usava sapatos ??? Quando o outro enviado, ao invés de ligar reclamando, mostrando sua incapacidade de ver um cenário, enviou milhares de pedidos e junto com eles, uma projeção do mercado (dando condições para que a outra ponta/fábrica/distribuidor pudesse se preparar para bem atendê-lo) visto, encheu os bolsos de tanto dinheiro que ganhou e vai continuar ganhando pelo seu trabalho?

Portanto sejam especuladores mas sim de grandes vendas. Ajudem seus clientes a mudarem o pensamento. Tirem primeiramente de dentro de vocês este pessimismo e passem a tirar o dos seus clientes. Circulem mais vezes em seus clientes e não esperem que a venda seja feita somente pelas primeiras visitas, pois os clientes – primeiro – tem que se desfazer das compras mal feitas para poderem começar a comprar de Grandes Vendedores.

Façam cursos, atualizem-se. Modernizem-se. Mudem a postura, o corte de cabelo, a vestimenta. Coloquem sapatos engraxados, limpem os vícios do talão de pedido e da fala. Conheçam os sinais corporal dos compradores. Analisem o mercado. Leiam mais assuntos técnicos ao invés de notícias tendenciosas (elas vendem mais revistas e jornais somente) e passarão a ser os braços direitos dos compradores ao invés de simples “tiradores” de pedidos.

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