Estar bem-humorado pode ajudá-lo a ativar sua criatividade, mas tome cuidado para não se tornar exagerado! Você já deve ter ouvido falar que o bom humor é favorável e até conta pontos no ambiente de trabalho; afinal, essa é também uma característica que pode ajudar a estimular a criatividade. E, convenhamos, conviver todos os dias com aquele tipo sempre de mal com a vida, ainda que extremamente competente, não é nada fácil. No entanto, é bom ficar alerta para não passar da conta, pois a linha que separa o engraçado do inconveniente é, por vezes, tênue.

O engraçadinho de plantão quase sempre desperta sentimentos ambivalentes, que podem ir do amor ao ódio. Quando ele falta, sempre há quem dê graças a Deus porque vai poder trabalhar em paz, como os que lamentam porque o dia vai ficar sem graça. Às vezes, não é fácil lidar com a situação, mas é bom não bater de frente com o piadista e reprimi-lo; primeiro, porque isso vai gerar um clima desagradável e segundo porque muitas vezes são as atitudes dele que conseguem amenizar o estresse do dia-a-dia.

Portanto, é aconselhável alertar a pessoa a respeito dos seus limites. O humor no ambiente de trabalho na medida certa é bom, pois ajuda as pessoas a ficarem mais descontraídas e muitas soluções criativas podem surgir de sátiras e brincadeiras. Sempre aconselho: quando estiver criando, brinque com a idéia, dê risada, vire criança, pinte e borde com a nova idéia, pois ela vai melhorando e aprimorando. Para mostrar os exageros dele, uma boa dose de bom humor e amizade pode dar certo.

Imagine a cena: você está diante de uma pessoa chata, aquele de plantão, por vezes inconveniente, e começa a ficar nervoso, prestes a ter um ataque de nervos. O que você faz? Conforme conselho popular: comece a contar até dez. Por que será? Será um número cabalístico? Apesar disso, podemos encontrar pessoas que nem contando até mil conseguem minimizar a raiva.

Se o engraçadinho de plantão persistir, deixando você à beira de um ataque de nervos, expresse o seu descontentamento, pois ele também deverá respeitá-lo, mesmo porque paciência tem limites.

Exercícios cerebrais contribuem para ajudar na tomada de decisão e posicionamento diante da vida e também poderão ensinar a perceber que onde há fumaça há fogo. Com os hemisférios bem relacionados, sua vida será mais saudável.

O humor é na verdade um antídoto para a chatice e um remédio para quase todas as coisas. Ele é recomendado para o pensamento criativo e não tem contra-indicação. Em situação de conflito, tensão e constrangimento poderá ajudar a persuadir as pessoas, sem contar que ativa o pensamento criativo, favorecendo a inovação, assim como uma boa gargalhada pode quebrar o constrangimento causado por algumas gafes. Afinal, quem já não pisou na bola atire a primeira pedra. Considere-se fazendo parte do grupo dos normais.

O bom humor é uma característica das pessoas criativas. Veja por exemplo Mozart, cuja biografia revela que, por mais difícil que tenha sido sua vida, ele nunca perdia o bom humor. Comece. Você vai aprender, acredite.

Quando sou convidada para desenvolver um programa de criatividade, ao conversar com presidentes, diretores e diversos profissionais na empresa, durante o levantamento preliminar, logo percebo como está o humor dentro da organização e, assim entre outras coisas, defino o tempo que vou utilizar para desbloquear e estimular a criatividade nos participantes. Por incrível que pareça, para mim isso funciona como um termômetro.

Mantenha o bom humor e aproveite o dos colegas para juntos buscarem respostas criativas e inovadoras para os problemas ou chatices do dia-a-dia.