Cativa Têxtil

Por que a Cativa Têxtil é um case de empreendedorismo?

O fim da década de 80 ficou marcado no Brasil como um período economicamente difícil. Apesar de a ditadura militar ter chegado ao fim em 1984, o País encontrava dificuldades para se acertar. E foi nesse período que, no interior de Santa Catarina, mais precisamente na cidade de Pomerode, uma família de empreendedores resolveu começar o seu negócio: a Cativa Têxtil.

 

Como surgiu a empresa

“Gilmar, meu irmão mais velho, desde muito cedo demonstrou sinais de ser um empreendedor. Crescemos vendo ele inventando oportunidades”, conta Catia Maria Sprung, filha mais nova da família Sprung e, hoje, diretora-comercial da Cativa.

 

Foi aos 21 anos que Gilmar deu início a um negócio despretensioso que, pouco tempo depois, passaria a se chamar Cativa Têxtil. “Ele não sabia ao certo o que fazer, sabia apenas que queria empreender. Então, decidiu comprar algumas máquinas de costura e começar a experimentar serviços de facção para outras empresas. Em setembro de 1988, com algumas pessoas o apoiando, ele abriu de fato a empresa”, explica Catia.

 

Na época, Gilmar já tinha uma agência telefônica em parceria com Valci (a outra irmã dele e de Catia), porém, percebendo que a sua nova aventura poderia dar certo, ele convocou as mulheres da família para dar o suporte que precisava.     

 

Mas, apesar da força de vontade e do talento dos três jovens, no começo, o dinheiro era contado. Os irmãos tinham de economizar em pequenas coisas para poder garantir o retorno no fim do mês. Segundo Catia, o que fez a diferença para que eles conseguissem superar essa etapa foi a confiança dos clientes na família. “Gilmar é o melhor garoto-propaganda da Cativa. Seu carisma é natural e alguns clientes acreditam que a parceria com a nossa empresa já é válida pelo caráter do meu irmão, pela sua seriedade. Isso sempre nos garantiu vendas e nos fez conseguir superar a barreira inicial de estabelecimento da empresa”, lembra.

 

Outro fator foi a profissionalização da empresa. Gilmar, Valci e Catia estavam sempre preocupados em não apenas ser uma família dentro da Cativa, mas uma equipe bem preparada para fazer o empreendimento dar certo. Por isso, contratavam pessoas experientes para todas as áreas da empresa, o que fazia com que eles tivessem mais garantias de que nada iria dar errado.

 

O mercado

Passada a fase de estabilização da Cativa em seu mercado local e nacional, os três irmãos tiveram de começar a se preocupar com a concorrência que enfrentariam. Afinal, como explica Catia, roupa no Brasil é fabricada das mais variadas maneiras e formas de negócio e a concorrência é sempre grande: “Cada dia, aparece uma nova oferta para os nossos clientes e, como atuamos mais ativamente na classe C, o preço é sempre um fator decisório”.

 

Por isso, a família catarinense busca atuar ativamente com sua equipe de representantes para criar ferramentas que valorizem os diferenciais da Cativa. “Sentamos com nossos representantes e falamos sobre os nossos produtos, nosso público e o mercado em que atuamos, mostrando a eles que a nossa preocupação está em oferecer, ao mesmo tempo, qualidade e preço bom. Com isso, eles passam a entender melhor o nosso mundo e conseguem repassar essa mensagem para o cliente”, aponta.

 

Com essa filosofia, a Cativa vem crescendo anualmente no mercado de indústria têxtil no Brasil.

 

Mudanças recentes

O crescimento gradual da Cativa fez com que seus empreendedores começassem a pensar em uma expansão do mercado de atuação: o de classes econômicas superiores. Em seu histórico, a Cativa sempre teve como público-alvo a classe C. No entanto, segundo Catia, um estudo de cenário fez com que os irmãos enxergassem a oportunidade de criar uma nova estrutura para poder atender também as classes A e B. “Trouxemos para o nosso portfolio uma marca conhecida por atingir as classes mais altas e começamos a desenvolver um trabalho diferente em cima dela. Estabelecemos outros valores para isso, montamos uma equipe separada de vendas e estamos conquistando uma nova carteira de clientes”, explica.

 

Entretanto, os antigos clientes não serão deixados de lado, e é justamente pelo fato de tudo ser tratado separadamente que Catia acredita que esteja funcionando tão bem. Assim, esse novo posicionamento não interferiu no sucesso da empresa e ainda fez com que fosse possível projetar novos horizontes para os próximos meses e anos. Uma prova de que não é preciso temer as mudanças.

 

Gestão humana

Hoje, a Cativa conta com um quadro de quase 1,7 mil colaboradores, e o método de gestão adotado pelos três irmãos é algo que chama bastante atenção. “Acho que até por sermos uma família nos preocupamos muito com o bem-estar dos nossos colaboradores. Temos programas de integração, um Plano de Desenvolvimento Individual, por meio do qual fornecemos uma ajuda financeira para os funcionários que frequentam as salas de aula, enfim, estamos sempre pensando em maneiras de agradecê-los por estarem ajudando a Cativa a crescer”, declara.

 

Esse tipo de atitude não custa caro às empresas e ainda faz com que o profissional se sinta mais valorizado e, até mesmo, motivado para trabalhar. A boa gestão das pessoas que trabalham em sua empresa pode fazer a diferença no futuro. Afinal, garantir que bons profissionais fiquem dentro do seu empreendimento é fundamental se você quiser crescer.

 

As dicas dos empreendedores

Se você deseja que seu negócio tenha tanto sucesso quanto a Cativa, ficar de olho nos conselhos de Gilmar, Valci e Catia pode ser um bom começo. E a primeira dica dos irmãos é: “Tenha disposição para estudar o tempo todo, pois é preciso reinventar seu negócio sempre”.

 

Como você viu, a Cativa enxergou uma oportunidade e expandiu seu mercado de atuação por não ter medo e por possuir uma equipe preparada para enfrentar essa mudança. Pode ser que a sua empresa esteja precisando de uma mudança como essa. Por que não pensar nisso?

 

Além disso, a família Sprung orienta: “Valorize as pessoas que fazem parte da sua empresa”. E, para isso, não precisa sair aumentando o salário de todos os colaboradores. Pense em medidas que possam ser baratas para você e ainda fazer sua equipe se sentir satisfeita. Por último, tenha vontade. Vontade de crescer, de se desenvolver, de oferecer o melhor aos seus clientes (internos e externos) e, por fim, mas não menos importante, de vencer.

 

Visite o site: www.cativa.com.br

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