Ciúmes empresarielite

Ele aparece dentro daqueles que não aceitam perda de status e poder frente às idéias de grande aceitação dos parceiros, teoricamente, menores. O mundo está cheio de boas intenções e, enquanto as coisas estão no caminho, tudo que é feito é motivo de sorrisos e tapinhas nas costas. Muitos já diziam que boas intenções perdem sentido se você falha na última. Tudo isso é um pouco verdade, mas seu risco de sobrevivência também existe quando há alta exposição do sucesso, ou seja, pode-se perder frente a derrotas, mas também se deve atentar para não atropelar quando existirem vitórias.

Existe uma doença contagiosa que cresce em proporção aos resultados ou pelo menos em quem centraliza os méritos. Trata-se do ?ciúmes empresarielite?, que aparece com muita incidência naqueles que não aceitam perda de status e poder frente às idéias de grande aceitação dos parceiros, teoricamente, menores ou de outros canais conectados com o negócio. A doença é grave, pois pode contaminar inclusive o dono do negócio, quando ele perceber a existência de uma liderança que não é necessariamente a sua.

O sintoma do ?ciúmes empresarielite? pode ser facilmente observado quando há acúmulo de noites de insônia, causadas por indesejáveis pesadelos e sempre com a mesma pessoa. É um mal involuntário, mas que, quando não tratado, pode levar a decisões pessoais, invalidando competências importantes e prejudicando o encaminhamento das estratégias do negócio. Os pacientes com essa doença são normalmente bem-sucedidos, conquistadores e acostumados com o poder e suas glórias. Eles entendem da dependência de equipes competentes, mas não são muito favoráveis quando elas apresentam ousadia suficiente para ?cutucar?, iniciando assim um processo de autodefesa e um surto psicológico de medos frente às ameaças de divisão e domínio do trono.

É muito difícil curar esse mal, pois ele costuma contagiar com maior incidência os mais velhos (espiritualmente falando), que, muitas vezes, ainda persistem na idéia de que são auto-suficientes e que os cargos ainda estão relacionados com o ?bom dia, senhor?.

Temo por aqueles com excesso de energia em situação de confronto. Temo por aqueles que, monitorados pela alta competitividade, acreditam que basta apenas mostrar resultados para garantir um plano expansivo das atividades. É preciso entender o jogo para driblar tais ameaças e sempre ter em mente que o óbvio das perspectivas também é cheio de inesperados. Armas contra essa doença devem estar na humildade e aceitação da divisão do bolo, mesmo quando os outros não estiverem com fome.

Conteúdos Relacionados

Pin It on Pinterest

Rolar para cima