COMO SER MENOS CHEFE E MAIS LÍDER

A liderança deve equilibrar três dimensões: o atingimento de resultados, a atenção às pessoas e a flexibilidade para inovar A liderança deve equilibrar três dimensões: o atingimento de resultados, a atenção às pessoas e a flexibilidade para inovar.

Cada uma destas dimensões tem pontos de divergências com cada uma das outras:

Se focalizo demais resultados, procurando, por exemplo, maximizar a agregação de valor, talvez eu não priorize tempo e recursos para desenvolver as pessoas e equipes. Se tenho no foco meu negócio atual, na colheita dos resultados do que já havia semeado, eu tendo a me esquecer de fazer novas semeaduras, de inovar e renovar meu negócio.

O excesso de atenção à dimensão pessoas tende a criar um clima de amizade e apoio, e assim a falta de foco nos resultados fará com que os recursos e que a inovação fique em segundo plano.

Por um lado, o excesso de inovação cria instabilidade e até o caos organizacional: o foco é tanto no futuro e em suas possibilidade, que se esquecem os compromissos com os clientes, com fornecedores e até com pessoas de nossa equipe. Além do mais, o exagero nas inovações tende a acentuar a resistência às mudanças.

Como líder, eu preciso equilibrar três dimensões que não intrinsicamente conflitantes.

No Ecotraining isto é totalmente visível e transparente, por exemplo, numa trilha. O líder que só olha para frente só vê o resultado a alcançar, o progresso e o tempo. Se ele olhar muito para trás, dará um foco na equipe, nas dificuldades individuais, na desmotivação de alguns e no ânimo de outros. Se ele olhar muito para cima, terá idéias novas e inspiração para inovar, mas não dará atenção às pedras roliças do caminho e poderá se machucar num escorregão fruto de sua falta de atenção ao terreno onde pisa.

Os estilos individuais, as formas de atuação se tornam evidentes, e todos aprendem consigo próprio e com os outros, que são verdadeiros espelhos de nossas formas de agir. Quando as pessoas identificam seus estilos, numa combinação de ser rei, guerreiro, mago e amante, tornam-se mais atentas a seus paradigmas pessoais e de que momentos eles são apropriados ou inadequados. Ser excessivamente guerreiro, buscando resultados imediatos, quando alguém está cansado na trilha não é adequado. Por outro lado, exagerar na atenção ao bem estar da equipe quando estamos atrasados na direção a nossa meta não é a mais apropriada.

Num ambiente exuberante da Natureza, todos têm a oportunidade de repensar suas formas de agir no trabalho. Além disto, o Ecotraining possibilita que cada pessoa assuma perante o grupo compromissos de mudança que se refletem diretamente no trabalho.

Coisas simples como a conversa franca do olho no olho, o abrir o coração e colocar francamente o que se passa em cada pessoa e em cada departamento, o resgate do sentido de companheirismo, são resultados que apóiam as pessoas a serem menos chefes e mais líderes. E isto representa uma enorme contribuição para os resultados, para as pessoas e para a inovação.

Gustavo G. Boog, é Diretor da Boog & Associados. Consultor e Terapeuta Organizacional, conduz projetos de desenvolvimento e energização de pessoas e equipes. Autor de diversos livros, sendo o seu último o “Faça a Diferença!”, Editora Gente/Infinito.

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