Competente ou competitivo?

Quantas pessoas desperdiçam seu talento por acreditarem que ter competência, conhecimento ou estudo é o que há de mais importante. Quantas pessoas desperdiçam seu talento por acreditarem que ter competência, conhecimento ou estudo é o que há de mais importante. E passam a vida a amargar frustrações ou posições que não dizem respeito, na sua opinião, a sua qualificação. São pessoas amarguradas e insatisfeitas. Para elas, tudo parece muito mais difícil de ser conquistado, apesar da sua titularidade ou posição dentro da empresa. Pessoas que sabem o que deve ser feito, mas não aplicam na hora certa, ou melhor, não acontecem.

Um paralelo também pode ser traçado para algumas empresas que consideram seus produtos os melhores do mercado, muitas vezes são mesmo, mas não conseguem sucesso comercial. Adotam sempre estratégias ortodoxas, trilham sempre os caminhos já indicados, seguem sempre os gurus e as teorias, na maioria das vezes as que estão na moda. Reclamam dos clientes, praguejam contra os concorrentes e perdem tempo queixando-se do governo.

Vamos fazer uma análise: o mercado muda muito rapidamente, assim como as necessidades dos clientes. Para acelerar toda essa transformação, há também os concorrentes que sempre visam novos nichos de mercado e diferenciação, para os atuais clientes. Ou seja, no mínimo três grandes fatores de mudança, agindo ao mesmo tempo. Isso gera uma série de possibilidades, e haja flexibilidade para trabalhar com esse cenário.

O que faz com que essas pessoas ou empresas competentes não consigam atingir seus resultados é, muitas vezes, a falta de competitividade. O competitivo é aquele que quer vencer sempre, que não gasta seu tempo inventando desculpas, mas sim em busca de uma solução. Que encara cada problema como um novo desafio a ser vencido, um obstáculo a ser superado. Gosto muito de jogar tênis, e tenho um conhecido que tem o melhor golpe de esquerda que conheço, e também o melhor saque. Mas sempre acaba perdendo nos torneios para concorrentes que, quando necessário, jogam a bola para cima para se defender e fazem jogo feito, quando é preciso ganhar o ponto. E ganham o jogo. Esse é um resumo do competitivo: aquele que joga dentro das regras, caso contrário não é competitividade, mas desonestidade. Veja, abaixo, o quadro com as diferenças dos competentes e dos competitivos:

Competente

Tem grande conhecimento.

É passivo nas tomadas de decisão.

Respeita a estratégia definida ou realinha.

Está sempre atento ao macroambiente.

Faz o certo.

Competitivo

Aplica todo conhecimento que possui.

Tem tomadas de decisão rápidas.

Se necessário, define nova estratégia.

É atento ao macro e microambiente.

Faz o que precisa ser feito.

Segundo o dicionário Aurélio, competente é aquele que tem competência; e competitivo é aquele que compete. Competência, estudo e conhecimento são, sem dúvida, fundamentais, mas calcar sua empresa ou sua vida pessoal nesse fator é deixar de lado o resultado. Principalmente se competência for confundida com passividade ou até mesmo com arrogância. É fundamental que qualquer empresa ou profissional que busca resultados alie competência com competitividade, para assim chegar à tão procurada fórmula do sucesso.

Se você for apenas competitivo, suas vitórias a curto prazo podem não trazer um bom resultado a longo prazo. Essa é mais uma variável, mas esse é assunto para um próximo artigo. Competentivo… essa deveria ser a palavra. Desculpe, mas não resisti à tentação de criar uma nova palavra. Abraço e até a próxima edição.

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