Comprometimento às avessas

Não deixe que sua empresa conviva com a baixa performance, mantendo um tipo de vendedor que o mercado já extinguiu há tempos. Como organismo vivo, a empresa corre o risco ser hospedeira de poderosos ?retrovírus? que circulam perigosamente pelas suas veias, comprometendo sua vitalidade para crescer e prosperar no competitivo mercado em que vive. Apesar de toda a abertura de cabeça, empresários, executivos e gestores de todos os níveis ainda pagam salários para pessoas de baixa performance.

Tendo em vista o estilo autoritário e concentrador que praticam em suas empresas, fazem o jogo do faz de conta, um lado fingindo que paga bons salários e o outro que dá tudo de si. Quanto pior melhor, mais relatórios, mais justificativas e baixo desempenho. Elegem-se culpados, de preferência intangíveis e fora da organização. ?O problema são eles, não nós!?.

Um ambiente triste que amarga o lado azedo da gestão, sem motivação nem criatividade, cada um cumprindo a sua obrigação apenas. O estilo autoritário predominante desencoraja qualquer sinal de ousadia e sufoca o empreendedorismo corporativo que poderia oxigenar suas artérias entupidas pela entropia da gestão.

Nos últimos 30 anos houve pouca mudança na democracia corporativa das empresas brasileiras, como comprova o estudo feito pela professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Phd Betânea Tanure, em seu livro Gestão Estratégica.

De zero a cem, as organizações brasileiras ostentam o degrau 75 na escola do autoritarismo. Apesar de haver uma certa brandura no relacionamento, na realidade diária da gestão ainda não desapareceu de cena o axioma castrador ?manda quem pode e obedece quem tem juízo?.

O homem é um ser social e fruto do meio em que vive, dizem os cientistas do comportamento. Assim, muitos profissionais vivem no vácuo do rolo compressor da burocracia do muito falar e pouco fazer. Esperam surgir os problemas para aparecer como salvador da pátria, quando não fazem mais do que a sua obrigação.

Na verdade, nem isso fazem, porque o segredo do sucesso está em agir preventivamente, sendo um gestor de soluções, não de problemas. Em arranjar problemas, criar alternativas e fazer as coisas acontecerem. Em aceitar e impor desafios. Sonhar e fazer sonhar. Pensar o impensável e realizar o que os acomodados julgam ser impossível de ser realizado.

Apesar das dificuldades inerentes ao estágio de mercado em que vivemos, reunir as reservas de energia, ir à luta e ousar mais. Há um mundo maravilhoso aí fora esperando por pessoas assim, que não toleram desempenhos medíocres. Esse é o novo padrão profissional do século XXI.

Empresas que convivem com a baixa performance são depósitos de um tipo de vendedor que o mercado já extinguiu há muito tempo. Ex-vendedores que ficam na moita esperando a ligação do comprador interessado. Não prospectam, são prospectados pelos clientes que se esforçam para comprar.

Podem até vender quando o cliente cai de mão beijada, mas a que preço? Comprimem-se margens e esticam-se as condições para o cliente fechar o negócio. Esse tipo de vendedor, antes de morrer, acaba matando a empresa em doses homeopáticas, lentamente. Quando os administradores acordam, já é tarde demais para reagir.

Mude de atitude agora. Seja um colaborador proativo e gestor de soluções. Se for vendedor, descubra os clientes potenciais antes que eles caiam no seu colo! Não há mais espaço para pessoas reativas que esperam o mundo cair para agir.

Aos empresários e empreendedores, um alerta enquanto é tempo. Em plena era do conhecimento (embutido no produto, não como mero insumo), há um mundo empresarial mais feliz e muito mais lucrativo aí fora, no qual as pessoas fazem a diferença. Na prática, não no discurso. O que você diz demonstra intenção. O que você faz vira cultura da empresa, padrão de comportamento.

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