Criatividade

Numa sociedade em que as mudanças acontecem em um ritmo cada vez mais rápido, criatividade virou peça fundamental em qualquer organização. Exercite a sua.z Todo mundo já ouviu ou falou alguma vez na vida: ?puxa, que coisa criativa? ou ?o filme teve um final surpreendente, muito criativo? ou então ?vamos pensar de forma criativa…?. Construir Uau?s na cabeça e no coração das pessoas é o sonho de todas as empresas.

Numa sociedade em que as mudanças acontecem em um ritmo cada vez mais rápido, criatividade virou peça fundamental em qualquer organização. Estimulada e desejada. Sem ela o que a gente faz acaba virando lugar comum ? sem qualquer diferencial.

Ela é a mola mestra da inovação.

Inovação para nós é criatividade colocada em prática. Patrocinada por todos os que têm que implementar uma nova forma de atuar.

A pergunta mais comum que se faz sobre criatividade é ?será que qualquer um pode ser criativo??. A maioria das pessoas acha que criatividade é um ?dom mágico? e que ?aquele cara super criativo? é uma espécie de iluminado que já nasce com esse dom.

Na verdade não é bem assim que a coisa funciona.

Criatividade é passível de ser ativada na mente e no coração de todos.

Estimulando a criatividade

Pode parecer uma coisa meio maluca, mas uma das melhores maneiras de se estimular a criatividade para gerar inovação é alimentá-la com lógica. Gerar a criatividade de maneira estruturada e, sem medo de ser parcialmente sistematizada. Na verdade, estimular a criatividade é desenvolver métodos para pensar. Para aprender. Mas antes, desaprender. E criar o ambiente para que as pessoas façam disso parte da rotina. Trocadilhos à parte, parece papo de maluco, mas é só uma visão prática do assunto.

Inovação tem que ser a canalização de criatividade via a modificação dos modelos mentais que regem as empresas.

O modelo mental

O que é isso?

Modelo mental, nada mais é do que a forma como você vê e entende um pedaço do mundo à sua volta. É o retrato do que você sabe. Esse retrato ajuda muito a compartilhar o que você pensa com quem vai ter que conviver com você.

As empresas têm modelos mentais que regem a atuação das pessoas que vivem nela.

Se as empresas se dispõem a mudar o modelo mental, cria-se um processo de liberar a capacidade conceitual de todos que nela trabalham, equilibrar a geração e organização de idéias e estimular o seu cérebro a trabalhar o lado criativo de uma maneira sistêmica.

Se for trabalhado dessa maneira, o modelo mental ajuda a transformar criatividade em parte do dia a dia das pessoas. Com um processo sistêmico de reconstruir novo modelo mental fica mais fácil convencer pessoas descrentes a abandonar o seu modelo mental atual e embarcar em outro.

Peter Senge, que vive em função de ajudar as empresas a não parar de aprender, diz que planejar nada mais é do que fazer convergirem modelos mentais dos participantes do planejamento para um novo. O que todo mundo na empresa precisa enxergar e acreditar para andar no caminho de atingir as metas e a visão construídas no planejamento.

Para começar a trabalhar com modelo mental é só definir o assunto que você quer desenvolver e ir puxando tudo o que pode estar relacionado a ele.

Tudo começa como nas já famosas sessões de brainstorming (onde todo mundo se reúne em uma sala e vai falando o que vem à cabeça).

No brainstorming nascem idéias. No modelo mental nasce a capacidade de implementar idéias de maneira compartilhada. O resultado do modelo mental é uma visão definida do conceito que você quer compartilhar.

Pronto o modelo mental, é só definir a melhor maneira de comunicar.

Pode ser um texto, um desenho, um gráfico… Ou todos juntos. O importante é que a essência do modelo mental tenha o poder de ser compartilhada com emoção.

A lógica nessa história

Recorrendo aos dicionários, a definição de lógica é: ?1. Modo de raciocinar tal como de fato se exerce: Lógica natural. 2. Estudo que tem por objeto determinar quais as operações que são válidas e quais as que não são: Lógica formal, que trata dos conceitos, juízos e raciocínios, independentemente de seu conteúdo.?

Qualquer que seja a definição, quando falamos de lógica, estamos nos referindo a padrões que seguem algum critério, que podem ser replicados e nos dão algum controle sobre o seu resultado.

Principalmente nos últimos 250 anos, a lógica teve papel fundamental nas grandes transformações pelas quais o mundo passou. Revolução industrial, organizações políticas, avanços tecnológicos… A lista é enorme.

A sua grande força é dar a segurança necessária para organizar e implementar consistentemente o conceito em questão.

E ninguém em sã consciência adere a nenhum modelo que não tenha a lógica como base.

No modelo mental, a criatividade (na sua criação e comunicação) e a lógica (para direcionar e relacionar a sua criação e comunicação) trabalham juntas e completamente integradas.

Criatividade e lógica na empresa

O primeiro passo pra desenvolver a criatividade integrada com a lógica no seu negócio é ter a liderança realmente comprometida em estimular um ambiente onde a criatividade esteja incorporada no dia a dia.

Sem deixar de direcioná-la com os parâmetros que a lógica traz. Como, por exemplo, determinando ?em que isso vai ajudar?? Ou então respondendo ?porque queremos inovar nesse produto ou serviço?? Obter melhores resultados e preferência do Cliente têm que ser os balizadores de qualquer processo de inovação.

O segundo passo é se despir de preconceitos e se vestir com um pouco de humildade para aceitar idéias de outras pessoas. Como Dee Hock (o criador do sistema VISA de cartões de crédito) dizia: ?O problema não é ter idéias novas e inovadoras. E sim esquecer as idéias antigas?. Deixar de verdade a criatividade ajudar a empresa.

O pessoal da TRW, empresa americana campeã em patentes diz que, mais que gente que tenha idéias, precisamos de gente que ajude a implementar idéias, mesmo que sejam dos outros. O terceiro passo é ter a coragem de abandonar o que não está mais dando certo. Ou mais importante, o que daqui a pouco não vai mais dar certo. Abandono Organizado, como diz Peter Drucker. Se você já não vendesse o que vende, iria querer começar a vender?

A identificação dos modelos mentais de quem está envolvido no processo de inovação permite que as pessoas construam pontes entre o que acreditam hoje e o que está sendo proposto.

Concluindo…

A criatividade não é um recurso escasso. Nem a lógica um recurso incompatível. Mas a verdade é que a maioria das empresas se esforça, conscientemente ou não, para acabar com uma das duas. Promovendo uma queda-de-braço entre a criatividade e a lógica até uma não agüentar mais e tocar com o braço na mesa.

A solução? Sair da zona de conforto. Colocar pra funcionar na prática. Uma dica. Comece pensando no seu negócio. Anote tudo o que você gostaria que fosse diferente nele em uma folha de papel. Pode ser o conceito, produto, logo… Vá escrevendo o que vier na cabeça. Não se preocupe se parecer bobagem ou loucura, o importante é deixar a imaginação correr solta. Agora, passe a limpo em outra folha, colocando em ordem de prioridade. Do mais urgente ao menos.

Viu como funciona? Você associa a criatividade (escrevendo as idéias que teve) a um parâmetro lógico (priorizando as ações). A idéia é aproveitar o que tem de melhor no lado direito (da criatividade) e no esquerdo (da lógica) do cérebro da sua empresa.

E se precisar de um modelo mental pra isso, é só colocar a mão na massa. Encefálica e cardíaca…

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