Decifra-me ou devoro-te

Não é suficiente ter nas mãos, somente, poderosas ferramentas. É preciso aprimorar a capacidade analítica dos funcionários. Com a correria do mundo moderno, as pessoas têm menos tempo para observar o que acontece ao seu redor. A contemplação tornou-se apenas uma palavra bonita do dicionário e totalmente distante da realidade. Neste contexto, a filosofia, que já era complicada para a maioria, ficou indecifrável.

O que acontece é simples e, também, muito sério. Houve uma perda da capacidade de análise. Esquecemos ou, o que é pior, nunca aprendemos a analisar cada fato, pensar a respeito, desvendar as entrelinhas e optar pela melhor alternativa.

Esta dificuldade estendeu-se para as mais variadas instâncias da sociedade e, obviamente, atinge profissionais de todos os cargos e que atuam nos mais diversos segmentos. É como se, freqüentemente, nos deparássemos com um dos mais famosos dilemas da Antigüidade, quando os viajantes, que passavam pelo Egito Antigo, encontravam a esfinge, que os inquiria: ?decifra-me ou devoro-te?.

As empresas precisam atentar para a capacitação, especificamente analítica, dos seus profissionais. Fica claro que não é suficiente ter nas mãos, somente, poderosas ferramentas. É preciso aprimorar a capacidade analítica dos funcionários para que possam extrair dela o máximo de seu potencial.

Além disso, por mais que um estatístico, por exemplo, conheça as tabelas, gráficos e técnicas, também precisa conhecer profundamente o negócio e suas nuances para garantir uma visão adequada para a tomada de decisão. Neste contexto, é determinante o investimento na formação analítica de técnicos, engenheiros, gerentes, administradores, etc.

Afinal, estamos falando do capital intelectual; da ?parte? do processo responsável por pensar, analisar, decidir, realizar, conquistar, sensibilizar, usando a ferramenta mais eficiente que se tem notícia: o intelecto. Estas qualidades são genuinamente humanas e, por mais avançadas que sejam as máquinas, sistemas e tecnologias analíticas, nunca terão esta capacidade. E é improvável que um dia venham a substituir o Homem, como canta o folclore tecnológico.

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