Para muitos proponentes da perspectiva estratégica, entender o processo decisório é compreender a própria natureza da vida organizacional. Para muitos proponentes da perspectiva estratégica, entender o processo decisório é compreender a própria natureza da vida organizacional. Inicialmente via-se o processo de decisão, unicamente através da suposta racionalidade da identificação, avaliação e seleção de alternativas, como se fosse uma brincadeira, sobre o que fazer ou deixar de fazer quando o “circo pegava fogo”.
Muitas empresas vivem à mercê da sorte, não percebendo a importância do planejamento e da utilização de estratégias como forma de crescer. Não houve ainda, em muitos casos, um despertar para a globalização e para o aumento do nível de exigências do consumidor. No varejo por exemplo, não é nada difícil ver uma loja com a fachada suja, vendedores mal arrumados, sem preparo para prestar um bom atendimento e desconhecedores do produto que vendem; lojas sem suporte ao cliente na venda e no pós-venda, que não possuem um banco de dados; ou seja, verdadeiras barracas de feira. Tudo isto é fruto da falta de estratégias empresariais, que faz com que uns se destaquem e outros desapareçam.
A visão estratégica deve estar, o máximo possível incorporada às decisões e atividades de uma empresa. Se destaca a idéia da decisão estratégica, como parte de um processo contínuo, sistemático e inerente à própria organização moderna. Tomar decisões racionais exige habilidades analíticas e o uso de técnicas racionais, sobre como processar informações para se maximizar ganhos, minimizar perdas e se produzir o maior benefício em função do menor esforço ou custo. Portanto, exige planejamento, análise, resultados palpáveis e visíveis. Em tempos competitivos como os de hoje, as empresas permitem-se cada dia mais utilizar-se de estratégias como forma de alcançar resultados. O mundo globalizado é fruto de estratégias diárias que surgem da necessidade de avançar, competir e principalmente vencer.
Mas o que é estratégia ? O Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio, define estratégia como: /R20;Arte militar de planejar e executar movimento e operações de tropas, navios e/ou aviões para alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas?/. Como se pode ver, a definição acima refere-se à uma visão militar, porém a visão empresarial não foge muito à essa regra, haja vista que o mundo dos negócios é uma verdadeira guerra, onde quem não planeja no intuito de alcançar ou manter posições relativas e potenciais favoráveis, tende a sucumbir. Portanto, o conceito básico de estratégia está relacionado à ligação da empresa ao seu ambiente. E, nessa situação, a empresa procura definir e operacionalizar estratégias que maximizam os resultados da interação estabelecida.
A estratégia empresarial é o ajustamento da empresa ao seu ambiente, em geral em constante mutação, quase sempre com a empresa alterando suas próprias características, tendo em vista este ajustamento. Assim, todo o processo de implantação e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança. Evidentemente, este não é o único fator determinante do sucesso ou fracasso de uma empresa. A competência de sua cúpula administrativa é tão importante quanto a sua estratégia.
Aliadas a um bom planejamento, o uso de novas e antigas estratégias podem trazer excelentes resultados para uma empresa, cujo nível geral de eficiência seja apenas médio. Seguramente existe um perfil estratégico para cada ramo de negócio, que se baseia nas diversas ações que adotam e na forma como definem seus propósitos e suas posturas diante do seu habitat empresarial.
Muitas empresas de sucesso não estão conscientes, dos métodos que as sustentaram pot tanto tempo. É bem possível, uma empresa atingir um destaque inicial, sem real conscientização de suas causas; entretanto, é muito mais difícil continuar bem, ramificando-se em novos empreendimentos e negócios, sem a apreciação exata da significação de suas estratégicas básicas. Pode-se considerar que esta é a razão por que muitas empresas estabelecidas, fracassam quando se empenham em programas desenvolvidos por outras empresas, diversificação de produtos ou expansão de mercado.
Em seu livro “A Arte da Guerra”, Sun Tzu tratou da importância da estratégia como forma de vencer desafios. Este afirmou: “O que basta é: ser capaz de avaliar sua própria força, ter uma visão clara da situação do inimigo e obter apoio total de seus homens. Aquele que não faz planos ou estratégias, e menospreza o inimigo, seguramente será capturado pelo oponente”. Ele sabia que nem todos os exércitos pensavam da mesma forma. Por isso, afirmou que fazer diferente fazia a diferença entre a vida e a morte.
