Por Alex Horta
O termo exteligĂȘncia foi criado por Ian Stewart (matemĂĄtico francĂȘs) e Jack Cohen (biĂłlogo inglĂȘs) no livro Figments of Reality (InvençÔes da realidade, em tradução livre). Para eles, a inteligĂȘncia se restringe aos conhecimentos e processos cognitivos dentro do cĂ©rebro, jĂĄ a exteligĂȘncia Ă© todo capital cultural (adquirido e representado) disponĂvel a nĂłs – seja atravĂ©s de livros, vĂdeos, conexĂ”es, etc. Com base nisso, eles afirmam que o conjunto das duas Ă© fundamental para o desenvolvimento coletivo e individual.
Nos Ășltimos meses circulou a notĂcia de que a Mc Donaldâs, maior rede de fast food do mundo, estava iniciando um processo de reestruturação para reverter a queda em suas vendas. Esse é um exemplo da falta do uso da exteligĂȘncia no processo comercial. O gosto do consumidor mudou, ele quer comidas mais saudĂĄveis, cardĂĄpios simplificados e ser ouvido pelas empresas. Mas a organização do âvelhoâ palhaço nĂŁo entendeu a mudança no comportamento do seu cliente.
Assim como a Mc Donaldâs, os profissionais de vendas tambĂ©m nĂŁo estĂŁo atentos Ă s mudanças no comportamento do seu cliente. PorĂ©m, em tempos de recessĂŁo tĂ©cnica, somente conseguirĂĄ vender quem souber utilizar a exteligĂȘncia em seu processo de vendas!
Walter Longo, um dos maiores especialistas em comunicação, inovação e interatividade do Brasil, fala com muita propriedade sobre esse assunto. Segundo Longo, a exteligĂȘncia estĂĄ associada Ă busca de informaçÔes e Ă criação de nexos (conexĂ”es). Ou seja, o vendedor precisa saber o que perguntar e para quem perguntar.
Com a era da informação, a etapa de levantamento de necessidades necessita de um melhor aproveitamento por parte do vendedor. Hoje em dia, qualquer dado sobre empresas e clientes estĂĄ Ă disposição dos profissionais de vendas, mas poucos profissionais realizam o âdever de casaâ.
O lendĂĄrio Steve Jobs dizia que âas pessoas nĂŁo sabem o que querem, atĂ© mostrarmos a elasâ. A eficĂĄcia dessa frase no dia a dia de um vendedor estĂĄ na utilização da sua exteligĂȘncia. A exteligĂȘncia estĂĄ associada a saber garimpar informaçÔes e transformĂĄ-las em vantagem competitiva.
Esse processo possui no mĂnimo seis caracterĂsticas fundamentais:
1. CalendĂĄrio de vendas
Organizar e planejar a semana pode determinar a performance de um profissional de vendas. As atividades sinalizadas abaixo como “exteligĂȘncia no processo comercial” referem-se ao tempo que deve ser dedicado para buscar informaçÔes que serĂŁo Ășteis em cada cliente. Exemplo:
2. Curiosidade
Walter longo diz que âbuscar informação Ă© como procurar comida, acha primeiro quem tem mais fomeâ.
3. Searching (pesquisas)
Não é uma questão de idioma, mas de atitude. Todo profissional de vendas deve ser um pesquisador e um examinador de informaçÔes. Se tenho uma reunião com uma empresa do segmento de tecnologia, por exemplo, quero saber o histórico dessa organização, sua visão, missão, como ela contribui para o avanço da tecnologia, as aspiraçÔes dos proprietårios, a história e o avanço tecnológico e assim por diante. Esses dados podem ajudar a criar o nexo para eu conseguir vender o meu produto.
4. Compreender cada passo da exteligĂȘncia
Tudo possui uma conexĂŁo e um sentido. Faça reflexĂ”es e conclusĂ”es para compreender como o seu produto/serviço poderĂĄ gerar experiĂȘncias positivas ao seu cliente.
5. Evitar o Ăłbvio
Dominar o assunto, ser referĂȘncia, ser interessante e relevante para o cliente.
6. NĂŁo pensar fora da caixa, pensar em outra caixa
Profissionais de vendas devem produzir mudanças, nĂŁo reagir a elas. A exteligĂȘncia no processo de vendas capacita o profissional da ĂĄrea a fazer gestĂŁo do seu conhecimento. Estimular o seu cĂ©rebro Ă busca externa e Ă reflexĂŁo interna para produzir compreensĂ”es e aplicaçÔes no dia a dia das vendas.
Agora Ă© com vocĂȘ! Trabalhe sua exteligĂȘncia e conquiste resultados cada vez melhores!
Consultor comercial da Unimed Federação Minas.
Contato: [email protected]