FATORES PESSOAIS DE MOTIVAÇÃO

Motivação é um estado pessoal, intransferível. Ninguém tem o poder de “motivar” ninguém. Motivação é um estado pessoal, intransferível. Ninguém tem o poder de “motivar” ninguém. Pode-se incentivar, transmitir entusiasmo, emocionar, seduzir, aliciar, estimular. Motivar, não. Motivação não é uma “injeção de ânimo” que se aplica em alguém.

O entusiasmo é altamente contagioso, mas, como toda virose, cumpre o seu ciclo e passa. Incentivo é influência exercida por agente externo, através de um estímulo capaz de gerar empenho. Cessado o estímulo, cessa o empenho. Estados emocionais são fáceis de provocar, mas mudam com facilidade.

Entretanto, apesar de pessoal e intransferível, a motivação sofre influência de fatores externos ao indivíduo, porque todos nós influenciamos e somos influenciados pelo ambiente. Existem, portanto, duas maneiras de se analisar a motivação: “de fora” ou “de dentro” – ou seja – a motivação do outro ou a nossa própria motivação.

Pela perspectiva da liderança, a motivação depende de cinco condições: o compromisso com o objetivo, a expectativa de crescimento através do trabalho, a forma de atuação do líder, recompensas adequadas às necessidades pessoais e adequação da atividade ao perfil individual. O papel do líder é prover essas cinco condições para seu grupo, sabendo que, se faltar uma delas, não haverá motivação. Mas sabendo também que se trata de condições necessárias mas não suficientes, ou seja, pode ocorrer que todas as cinco condições estejam presentes e mesmo assim falte motivação, pois trata-se de uma equação que inclui outras variáveis, de caráter pessoal e intransferível.

Considerando a questão a partir de uma perspectiva indivivual, pois trata-se de uma condição pessoal, é preciso reconhecer que existem fatores pessoais de motivação. Para ser exato, três fatores:

1. Gostar do que faz
Quem faz o que não gosta precisa lutar contra o tédio, violentando suas tendências e preferências, o que é fortemente desmotivador. Temos aqui o “perfil motivacional” considerado, não do ponto de vista de quem escala alguém para uma função, mas de quem elege para si mesmo uma determinada atividade. Prazer produz motivação.

2. Comprometer-se com o que faz
Sem comprometimento não há motivação. Reconhecer em seu trabalho uma causa pessoal é fonte de satisfação e realização, que resultam em motivação. Uma coisa é ser o líder trabalhando para conquistar o comprometimento do grupo, outra coisa é ser um integrante do grupo e se comprometer com um projeto, porque acredita nele.

3. Estabelecer metas pessoais
Como poderemos saber se o trabalho nos conduz na direção desejada, ou não? Determinando aonde queremos chegar. Buscar realização pessoal através do trabalho motiva mais do que o próprio trabalho, por mais especial que seja. Manter-se motivado é, portanto, trabalho de auto-motivação. Uma pessoa que gosta do que faz e se compromete com o que faz – porque considera importante sua atividade e tem metas pessoais bem definidas, que lhe dão perspectiva de auto-realização através do trabalho – será uma pessoa motivada.

Todos nós podemos construir nossa motivação, a partir de um projeto de vida que contemple a importância e a utilidade do trabalho, o prazer que ele nos proporciona e sua relação com os nossos valores pessoais. Quem tiver coragem de buscar motivação por esse caminho, fará uma revolução em sua vida. por Alberto Centurião

Alberto Centurião – Autor do Livro “Brasil 500 anos de Mau Atendimento” e do training-show “Marcado para Vender”. Varejo Século21.

Conteúdos Relacionados

Pin It on Pinterest

Rolar para cima