Gerenciamento financeiro para leigos em 13 passos

Saiba como criar uma bússola e fazer simulações de toda ordem, para ter números que permitam visualizar os resultados e planejar o futuro. A administração de um negócio é conhecer a real situação da empresa. E um plano de contas pode ajudar na análise da rentabilidade da empresa, seja uma oficina, um restaurante, uma casa de massas, uma loja, uma indústria… Acompanhe os 13 passos pra fazer um gerenciamento financeiro eficaz em sua empresa:

1º passo ? Em primeiro lugar, temos de conhecer todas as informações que existem em nosso plano de contas. Esse é o primeiro passo, mesmo que o proprietário, diretor ou gerente não tenha conhecimento da contabilidade oficial. Essa contabilidade não tem outro propósito senão satisfazer os órgãos governamentais das ocorrências econômico financeiras na empresa. Tal contabilidade utiliza os princípios legais que, muitas vezes, não satisfazem a análise gerencial aos olhos da diretoria. Assim, a contabilidade gerencial se presta a informar ao analista todas as movimentações existentes durante o mês ou outro período em estudo.

2° passo ? É entender o que são essas contas e como estão organizadas. A contas podem ser divididas em: conta vendas de mercadoria, conta compra de mercadoria, despesas com impostos, comissões, despesas administrativas, despesas de produção (incluindo mão-de-obra, materiais de consumo), despesas gerais. Enfim, todos os gastos ocorridos sem que haja produção ou vendas.

3º passo ? É a apuração do total das vendas durante o mês.

4º passo ? A próxima etapa é conhecer o custo de cada produto. Fazer um levantamento minucioso de materiais que compõem o produto, sendo ele único ou uma família de produtos que fazem parte daquilo que é a unidade mercantil a ser comercializada. Considere a inflação do período, que alterou os valores das matérias-primas ou produtos acabados, no caso de comércio.

5º passo ? Separar todos os gastos variáveis, sendo que esse critério respeita o princípio de incidir conforme a variação das vendas. São os impostos, o custo do produto ou mercadoria, as comissões e outros.

6º passo ? Separar os gastos fixos, que são aqueles que ocorrem mesmo não havendo nenhuma movimentação, durante o período em estudo.

7º passo ? Separe os impostos, só aqueles que incidem sobre o faturamento bruto e estão recolhidos na guia (solicite ao seu contador ou escritório de contabilidade).

8º passo ? Separe todas as comissões de vendedores, representantes, gerente de vendas e outros colaboradores pagas durante o período.

9º passo ? Deduza as devoluções do faturamento bruto do mês.

10º passo ? Deduza as perdas com matérias-primas danificadas durante o processo ou em entregas, ou ainda, aquelas em que as devoluções originam perdas.

11º passo ? Todas as empresas pagam imposto de renda em parcelas ou à vista. Apure esse valor para compor, também, sua análise.

12º passo ? Some todos os ganhos com aplicações financeiras.

13º passo ? Agora faça o seguinte cálculo: deduza do montante de capital obtido com as vendas as devoluções. Desse valor, deduza os custos, os impostos e as comissões pagas durante o mês que foi apurado. O resultado é o lucro bruto. É importante saber em qual nível de lucro bruto o segmento em que a empresa trabalha, ou seja, o valor médio do lucro bruto de outras empresas que atuam no mesmo setor que o seu ? não é necessário que sejam empresas que realizem o mesmo trabalho que você, mas devem ser do mesmo setor. Desse valor, deduza as despesas fixas de vendas administrativas e financeiras. O valor apurado é o lucro operacional, que significa o resultado que a empresa conseguiu com toda a movimentação de comprar, produzir, vender, etc.

Ainda nesse valor, devemos acrescentar as receitas não-operacionais, ou seja, aquelas que não são oriundas das operações normais do negócio, como a venda de uma máquina, equipamento ou veículo de propriedade da empresa. Temos, também, despesas não-operacionais, que obedecem o mesmo princípio. Apuramos, então, o valor do lucro antes do imposto de renda, que significa o lucro sem oferecer ao governo a sua parte na tributação do lucro. Em seguida, deduza o imposto de renda. O valor apurado significa o lucro que a empresa obteve durante o período, através de todas as operações inerentes a sua atividade e ainda, aquelas oriundas das alienação de ativo fixo ou outro fato gerador.

Com isso, a empresa tem uma bússola, que possibilita fazer simulações de toda ordem para que o diretor ou gerente tenha números que permitam visualizar o resultado do período em questão e possa planejar o futuro.

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