Guie-se pelo que você não vê

Por Paulo Angelim

Sinceramente, penso que o Apóstolo Paulo de Tarso foi um dos maiores visionários que já tive conhecimento. Antes que você pense tolice, não estou falando de visionário no sentido ufanista, que vivia o irreal, mas sim de alguém que tinha visões concretas e reais do futuro, e se guiava por eles.

Este Paulo que me refiro é o mesmo que afirmou o seguinte: “…esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, eis que prossigo para o alvo…”. Em síntese, Paulo olhava para o alvo, independente de estar vendo ou não o que lhe estava à frente. Se seus olhos físicos não lhe mostravam o que precisava ver para avançar, ele “via” em sua mente o que precisava ser percebido, mirava nisso, e avançava.

Visão é a arte de ver coisas invisíveis. Jonathan Swift diz que uma de suas histórias favoritas sobre visão diz respeito a Walt Disney. Pelo fato de ele ter morrido antes da cerimônia inaugural do Walt Disney World, a Sra. Disney foi convidada a comparecer ao evento. Quando ela subiu à tribuna e foi saudada pela multidão, o mestre-de-cerimônias lhe disse: Sra. Disney, eu gostaria que Walt pudesse ter visto isto! A Sra. Disney respondeu simplesmente: “Ele viu!”

Van Gogh escreveu certa vez: ” A imagem já tomou forma na minha mente antes de eu começá-la”. Ou seja, o grande pintor impressionista usava como referência de realidade o imaginário. E qual a importância disso para nossas vidas? O coelho da fábula de Alice no País das Maravilhas já nos deu.

“-Podes indicar-me o caminho certo?- perguntou a Alice ao coelho branco. – E para onde queres ir? – Não sei…- respondeu a Alice envergonhada. -Então qualquer caminho serve! – Resmungou o coelho apressado.” Ou seja, se você não consegue “enxergar” para onde quer ir, ou aonde quer chegar, também não poderá identificar que estrada tomar. Se imagine percorrendo uma estrada desconhecida, em busca de um certo destino que você não conhece, e que também não consegue imaginá-lo. Imagine que nesta estrada existem várias e sucessivas bifurcações. Agora se imagine a cada novo entroncamento ou encruzilhada, tendo que tomar uma decisão por qual direção seguir, mas sem saber onde quer chegar. A conclusão é óbvia: uma jornada de puro estresse, inconseqüente, e recheada de insucessos e reveses etc.

Por outro lado, imagine-se agora percorrendo a mesma estrada, mas com uma foto bem nítida em suas mãos do lugar ao qual você quer chegar. É óbvio que fica mais fácil a tomada de decisão. Não significa dizer que pelo fato de ter o seu alvo visualizado você consiga identificar a estrada certa. Mas fica muito mais fácil, em cada em uma destas encruzilhadas, perguntar aos que já estão voltando qual a direção certa. Pois esta estrada se chama vida, e as encruzilhadas nada mais são do que as várias opções que a vida nos coloca para que exercitemos nosso direito e dever de fazer escolhas. Bem, será muito mais fácil fazê-las se você tiver claro em mente aonde quer chegar, o que deseja conquistar, que luta quer vencer.

A visualização não tem nada de místico, ou esotérico. É simplesmente um exercício mental, imaginativo, que te resulta mais confiança e compromisso no desenvolvimento da longa jornada que separa o querer do alcançar. Pessoas visionárias criam seus próprios mundos, suas próprias circunstâncias, independentemente deles existirem ou não, e os vivem intensamente. A visão deste futuro de glória e dos benefícios conseqüentes produz uma energia extra, capaz de levá-la a fazer muito mais do que seria capaz se apenas se pautasse pelo visível.

Mas cuidado! Na verdade, muito cuidado!!! O poder da visualização é real, e vale também para as coisas ruins, negativas. Imaginá-las cria em você tanto compromisso e determinação quanto a visualização de coisas boas. Por isso esteja atento com o que você não enxerga, com o que você não vê, mas imagina. Suas conquistas visíveis dependem diretamente do invisível imaginado, e seguido. Portanto, visualize o melhor para si, e siga-o.

Paulo Angelim é palestrante nacional em marketing, vendas e motivação, e autor de quatro livros. Visite: www.pauloangelim.com.br Suas conquistas visíveis dependem diretamente do invisível imaginado “Justificamos na mente o que decidimos no coração.” – Mark W. Baker

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