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“Não há nada que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um pouco mais barato. Quem compra preço são suas merecidas vítimas”
John Ruskin
Habitação em ascensão, famílias em queda
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo IBGE concluiu que, de 2007 para 2008, o número de residências no Brasil cresceu mais rapidamente que o de famílias. O levantamento indica um total de 60,9 milhões de famílias vivendo em domicílios particulares em 2008, 1,4 milhão a mais que no ano anterior. No mesmo período, o número total de residências subiu de 55,770 milhões para 57,557 milhões.
O estudo permite concluir, consequentemente, que está havendo uma redução no número de habitantes por domicílio. A média nacional ficou em 3,1 pessoas, menor que a registrada na Pnad anterior, que era de 3,2. Na região sul, a família média é ainda menor: 2,9 pessoas por domicílio, ou seja, menor que a família formada por pai, mãe e um filho. Isso traz consequências significativas para a forma como essas famílias consomem.
Pirâmide invertida?
As classes C, D e E respondem atualmente por 85% da população, 69% dos cartões de crédito e 70% de tudo o que se compra no supermercado, concluiu um estudo realizado pela consultoria Data Popular em parceria com o instituto Datafolha. A pesquisa identificou dez tendências de comportamento no consumidor emergente. Fique atento e veja se você está explorando todo o potencial desse vasto mercado consumidor:
- 1. Consumo de inclusão – O mercado emergente desenvolveu um jeito próprio e inclusivo de comprar. As marcas que forem didáticas e apresentarem esse novo universo de consumo terão a fidelidade das classes C, D e E.
- 2. Identidade e autoestima – A base da pirâmide está mais consciente da sua importância na sociedade e enaltece a relação com suas origens, história e características.
- 3. Acesso e qualidade – Com maior poder de consumo, esses consumidores exigirão cada vez mais qualidade.
- 4. Educação como investimento – Eles se conscientizaram que, por meio da educação, podem mais e, por isso, estão investindo na educação dos filhos, pensando no próprio futuro.
- 5. Juventude e geração C – Os atuais jovens da baixa renda são mais escolarizados, informados e mais ativos economicamente que seus pais. O Brasil de amanhã terá mais as características dos jovens da atual baixa renda.
- 6. Vaidade e beleza – Estar bem arrumado diminui as barreiras sociais. Com maior acesso aos produtos de beleza e aos tratamentos estéticos, novos padrões de beleza serão mais abrangentes.
- 7. Novos papéis, nova família – Com o crescimento do poder (consciência, status e renda), as mulheres da baixa renda estão mais independentes. Isso implica famílias menores com renda per capita maior.
- 8. Redes, dicas e boca a boca – As classes baixas cresceram e aprenderam a conviver em ambiente colaborativo. Aliada às novas tecnologias e à disseminação das redes sociais, a baixa renda potencializará as suas já extensas relações sociais.
- 9. Capilaridade e segmentação – A geografia dos bairros e os diferentes tipos sociais exigem produtos e distribuição segmentados.
10. Tecnologia como investimento – A penetração de tecnologia da informação está em plena expansão nas classes baixas, principalmente por meio dos jovens. A tecnologia é vista como investimento no futuro profissional e canal de acesso às informações.