O que mais gera negócios é informação, conhecer seus produtos, clientes e vendedores. Logo, fazer um pequeno investimento em tecnologia para conectar as lojas dará grande resultado. O que mais existe no Brasil são empresas de um mesmo dono ou de uma mesma marca. Grupos de três ou quatros lojas ou de 300 ou 400 estabelecimentos comerciais, todos com a mesma linha de produtos, mesmo formato administrativo, mesmo objetivo e sob uma mesma bandeira. Até pouco tempo atrás, esses pequenos estabelecimentos não viam a necessidade de ter suas informações em um escritório central. Cada empresa tinha vida própria e não precisava da consolidação das informações. Algumas até percebiam essa necessidade, mas acreditavam que investimentos em softwares, hardwares e telecomunicações eram excessivamente altos para o tamanho dos seus negócios.

Contudo, esse quadro está mudando drasticamente, uma vez que soluções muito criativas estão sendo usadas a um custo realmente ajustado às pequenas empresas. Algumas ainda estão utilizando a tradicional comunicação por e-mail, em que cada loja gera um arquivo no final do dia e anexa em um e-mail para o escritório central. A partir daí, se faz a mesma coisa com produtos novos e seus preços. Outros usam soluções mais automáticas, nas quais os softwares das lojas se comunicam sozinhos com os softwares do escritório central, sincronizando as bases, transferindo informações sem contato humano e fazendo uso até mesmo de linhas discadas por internet, tornando a vida do pequeno comerciante muito mais fácil.

Os empresários perceberam o que hoje parece óbvio, mas até pouco tempo atrás não era. Notaram que as lojas, filiais ou franquias devem ser vistas como pontos-de-venda e não como negócio autônomo. Devem ser analisadas em conjunto como um todo e, para isso, a estrutura de compras e vendas precisa estar integrada a uma solução vertical. Isso quer dizer que as compras das lojas devem estar em um ambiente em que os dados são transferidos automaticamente para o escritório central, que recebe, analisa e compara os pedidos de compra. Isso interfere até mesmo nos ajustes dos objetivos e metas traçados, fazendo com que o escritório central, seja do proprietário das lojas ou mesmo do franqueador, possa contribuir no processo de gestão de seus pontos-de-venda.

O custo para esse tipo de tecnologia era alto demais, antigamente. Apenas os grandes estabelecimentos conseguiam se beneficiar. Hoje, o quadro é outro, pois a internet veio para possibilitar que os pequenos possam ter acesso a esse importante diferencial competitivo. Isso mesmo, diferencial competitivo. Sabemos que as empresas, em geral, precisam de diferenciais para permanecer no mercado e estar à frente de seus concorrentes, para competir e crescer. Atualmente, o que mais gera negócios é informação, conhecer seus produtos, clientes e vendedores. Se tomarmos conhecimento desses dados o mais rápido possível, mais facilmente se gerarão ações que trarão novos negócios. Com isso, é fácil concluir que fazer um pequeno investimento em tecnologia para conectar as lojas dará grande resultado.

Segundo uma pesquisa realizada no ano passado pela Keystone Strategy Inc. sobre o investimento em software de gestão, em um ranking de investimento em informática, das 25% que mais investiram, houve um crescimento de 15,5% em lucratividade a mais que as demais. Isso reitera o quanto é importante ter informação captada através de tecnologia.

Outro fato importante é que as empresas menores precisam aderir à cultura de trabalhar com mais dados e menos sensibilidade. Ou seja, trabalhar com mais estratégia e menos faro, para que mesmo as pequenas sejam realmente empresas, e não depender de um dono habilidoso que, apesar de ter seu mérito, não consegue ter uma vida pessoal em função de tal dedicação que precisa ter ao negócio. Essa cultura de trabalhar diferente precisa ser enraizada nos pequenos estabelecimentos. É necessário dar o primeiro passo: conectar as lojas com um processo tecnológico que permita administrar à distância.