Internet sem fio. Um futuro ou uma realidade?

Fala-se, cada vez mais, na Internet sem fio e sabe-se que ocorre hoje, no mundo, uma explosão de tecnologias que visam facilitar este tipo de comunicação. Estimam os especialistas que durante os próximos quatro anos estas tecnologias vão se consolidar e serão acessíveis ao público em geral, iniciando uma nova era em que qualquer coisa que tenha um microprocessador poderá estar conectado à Internet, do telefone celular ao microondas. Isto nos leva a comparar o momento atual da Internet sem fio à condição em que estava a Internet comercial, há cinco anos atrás, quando começou a se desenvolver.

Estima-se uma expansão veloz e o serviço já é a forma mais usada no Japão para acessar a Internet, de acordo com a operadora NTT DoCoMo que já atende mais de 6,3 milhões de assinantes japoneses, um número que cresce vertiginosamente.

O Yankee Group estima que em 2003 haverão 1 bilhão de usuários da Internet sem fio no mundo. Já o IDC prevê que no final de 2002 o número de acessos à Internet por ondas de rádio será superior ao número de acessos por linhas convencionais.

O dispositivo móvel mais usado para acesso à Internet é disparado o telefone celular. Se considerarmos os números informados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que indica 16 milhões de aparelhos celulares em uso no país, sendo que há três anos eram 4,5 milhões e que a previsão é de mais 6,5 usuários até o final do ano 2000, veremos que no Brasil o celular também deve predominar como dispositivo de acesso à Internet sem fio. Esta onda certamente afetará o comércio eletrônico. “Daqui a dez anos, quase todo o comércio eletrônico vai ser feito com dispositivos sem fio” profetizou Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, em recente palestra.

No Brasil e no mundo os players da Internet já começaram a prestar atenção e a agir de acordo com esta nova tendência – o M-commerce (nome dado ao comércio móvel). O Terra, segundo maior provedor de acesso no Brasil, já formatou acordos com várias empresas para vender produtos e serviços na Internet móvel. A StarMedia, um portal latino-americano, já criou uma divisão chamada StarMedia Mobile para atender o mercado de Internet sem fio. A MSN, da Microsoft, já colocou no ar a MSN Mobile, sua seção especial para acesso sem fio, em inglês. A Folha de São Paulo já produz notícias para os usuários sem fio, através da FolhaWap e surgem diariamente novos portais desenvolvidos especialmente para a Internet móvel, chamados Portais WAP. A tecnologia wireless application protocol, conhecida no mundo inteiro pela sigla WAP, desponta como a mais usada e permite acessar páginas no padrão WML (Wireless Markup Language) desenvolvidas especialmente para a tela do celular ou de um palmtop, devidamente equipados para esta operação com um pequeno navegador que acessa páginas adaptadas para este tipo de navegação. No visor de dimensões reduzidas destes aparelhos, as páginas acessadas aparecem de forma monocromática, com letras mais legíveis, sem imagem nem movimento.

Por tudo isto que vemos e ouvimos sobre esta faceta da Internet, recomendamos fortemente a inclusão, desde já, no planejamento de projetos web, uma extensão para atender este mercado de M-commerce, em formação mas promissor no Brasil e que já é realidade nos EUA, Europa e Japão. Aqui, no Brasil os primeiros passos já foram iniciados, que são: preparar a rede de telefonia para a transmissão de dados, disponibilizar no mercado celulares com micro navegadores WAP e oferecer conteúdo para a Internet móvel. Portanto, está dada a largada, lembrando que o pioneirismo será um importante diferencial nesta corrida.

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