Conheça as dicas de Luiz Fernando Garcia para quem quer começar seu negócio ainda jovem.
Há muito tempo, o empreendedorismo e o interesse sobre empresários deixaram de ser moda e se tornaram essenciais a uma nação e suas economias regionais. Hoje, a personalidade e conduta empreendedoras representam nada menos que 81% dos negócios geradores de empregos e do PIB de um paÃs através das Pequenas e Médias Empresas (PME).
Em 2000, o Ministério da Educação e Cultura encomendou um estudo sobre o tema. Nele, foram mapeadas mais de 370 teses e selecionadas 72 das mais importantes no assunto. O que mais chamou atenção foi que 70% dos pensadores usavam o termo self-made man ? aquele que se faz por si só, sem auxÃlio de ninguém nem ajuda financeira.
Aliás, há 20 anos, era mais comum o aparecimento de jovens self-made man.
Atualmente, o perfil dos jovens empreendedores mudou muito. Através de estudos, identifiquei similaridades e diferenças entre esses adolescentes que resolvem empreender. Confira!
- Impulsividade e ousadia – A impulsividade ainda se mantém por meio das caracterÃsticas de iniciativa e tomada de riscos.
- Visão – Hoje, a visão do jovem empreendedor é mais idealizada que no passado. O excesso de informação, inovação e existência de produtos reinventados e desenvolvidos pelo fortalecimento do capitalismo causa uma sensação de predominância da grande idéia, que não pode sobrepor a força de trabalho.
- Autonomia e dependência – Diferentemente do passado, esse profissional começa novos negócios com a tutoria da famÃlia, geralmente do pai, que subsidia direta ou indiretamente a sobrevivência de seus negócios desde o inÃcio até aproximadamente três anos de existência.
- Força de trabalho – O trabalho continua sendo essencial, mas a busca pelo empreendimento tem uma relação direta mais forte com o status a partir da classe média. É importante ressaltar que é comum trabalhar de 12 a 15 horas, até no mÃnimo três anos, porém o jovem atual parece não entender a importância da dedicação quase total em um negócio inicial.
- Qualificação e estudo – Sem dúvida, o estudo e qualificação do jovem empreendedor são infinitamente superiores que há três décadas, quando grande parte dos donos de empresas não possuÃa o ensino médio completo. Hoje, a maioria tem ensino superior.
- Apoio e auxÃlio técnico – Atualmente, há muitas formas de se qualificar ? institutos, treinamentos e entidades voltadas para os pequenos negócios. No passado, a preparação era predominantemente empÃrica.
- Flexibilidade – Hoje, demora-se mais para aprender a flexibilizar seus negócios que no passado devido à sua segmentação.
7 dicas para o jovem empreendedor
- Busque informações em no mÃnimo três negócios, com experiência de cinco anos, diretamente com o empreendedor. Ao contrário do que se imagina, uma personalidade empreendedora sempre diz muito do que precisamos saber.
- Esteja disposto a abandonar a vaidade em prol do trabalho.
- Priorize mais a ajuda da famÃlia que a dos bancos.
- Coloque tudo no papel. Montando um plano de negócio ou não, calcule números e trabalhe com três cenários: pessimista, mediano e otimista. Conte apenas com o pessimista e foque seu capital de giro.
- Cuidado com a idealização. Reduza custos, esteja disposto a multifunções e lembre-se de que uma empresa é bombeada pelo seu coração (vendas), e não pela beleza ou fantástica idéia.
- Abra negócios a partir de necessidades. A oportunidade não está apenas em nossa mente, e sim no mercado.
- Dê atenção para os incentivos de pessoas próximas. Elas podem não fazer parte do seu mercado, mas gostam muito de você. Divida com a famÃlia sua dedicação em relação a seu novo empreendimento.