Ligação entre mulheres e marcas

Conheça a nova mulher e saiba fazer marketing para ela! De todas as mudanças comportamentais que vêm ocorrendo com o consumidor, nenhuma se compara à verdadeira revolução que aconteceu com as mulheres nas últimas décadas. Da mulher dona-de-casa, que começava a brigar por espaço na década de 60, passando pela mulher de negócios que teve que usar terninho e cabelo curto na década de 80 para mostrar que poderia competir com os homens por um lugar ao sol, chegamos ao século XXI, com uma nova mulher: a dona de si, que exerce plenamente seu direito de escolha sobre a sua vida pública e privada.

O espaço ocupado por essa nova mulher cresce a cada dia. Nos Estados Unidos, em 1983, elas ocupavam somente 34% dos cargos mais altos e bem pagos nas empresas. Em 2001, esse percentual chegou a 50%. No Brasil, estudos da Fundação Dom Cabral (FDC) apontam uma tendência semelhante. Além disso, elas são responsáveis pela maior parte das compras: de itens para casa à escolha do destino para as férias. Essa realidade coloca os profissionais de marketing diante de uma questão: como atingir essa mulher e captar sua atenção? O que fazer para se tornar a opção número um de alguém que exerce tanta influência nas famílias e nas empresas?

O primeiro passo é entender de que forma pensam essas consumidoras. No livro Como as Mulheres Compram, Martha Barletta resume as principais diferenças entre o modo de pensar de homens e mulheres em quatro pontos:

» Valorizam mais as pessoas e a equipe, enquanto os homens procuram se destacar individualmente.

» Conseguem pensar em várias coisas ao mesmo tempo e são integradoras, enquanto os homens são mais focados e pensam em uma coisa de cada vez.

» Sintetizam melhor, juntando as diferentes partes do quebra-cabeça, enquanto os homens analisam as partes separadamente.

» Querem conhecer a história toda, enquanto os homens preferem ficar com as manchetes e depois pedir mais detalhes que jugue necessário.

O passo seguinte é usar esse conhecimento para criar campanhas que demonstrem à consumidora que a marca reconhece suas peculiaridades e se preocupa em atender aos seus anseios, sem truques. Certamente não existe receita pronta, mas para quem quer ajuda, aí vão cinco palavras-chave no processo de conquista da mulher de hoje:

Respeito ? A mulher é bem informada. Ela pesquisa antes de comprar, lê bulas, rótulos… Por isso, abandone o tom paternalista; nunca compare o universo dela com o universo masculino; respeite e reconheça sua inteligência, se quiser que ela estabeleça uma boa relação com sua marca.

Individualidade ? As mulheres exercem diversos papéis: empresária, mãe, sedutora, ativista… Saiba com quem está falando e reconheça sua multiplicidade, pois ela se vê assim; não tente estereotipá-la. Não a coloque como a dona-de-casa perfeita ou a mulher masculinizada pelo trabalho. Mostre como ela pode ganhar tempo e prazer ao se relacionar com sua marca.

Alívio (de estresse) ? A mulher ainda é a principal responsável pelo lar e já marca presença significativa nos postos de trabalho. Elas estabelecem, com mais rapidez, relações emocionais com as marcas. Por isso, ofereça um sentimento. Ligue sua marca com o coração da mulher. Diga o que sua marca fará pela vida dela, pela família, pelo meio ambiente e pela comunidade.

Relacionamento ? Mulheres gostam de discutir a relação. Lembre-se que relacionamento é uma via de mão dupla. Demonstre que sua marca é confiável. Ninguém gosta de construir relações com base em desconfianças. Abraços e até o próximo artigo.

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