Logística começa na prancheta

Projeto de engenharia e arquitetura pode reduzir em até 25% as ineficiências em centros de distribuição. Cada vez mais encontram-se problemas na execução dos projetos de construção na área logística, principalmente centros de distribuição. Isso ocorre porque, preocupados com os processos em si, empresários, executivos e até mesmo os profissionais da logística deixam de levar em conta a importância do projeto de construção civil (envolvendo engenharia e arquitetura), visto apenas como um grande galpão. Não percebem que ele pode ser um aliado para reduzir custos e, ao mesmo tempo, tornar a operação de movimentação e armazenagem de mercadorias mais eficiente.

Para se ter uma noção do quanto essa relação logística/construção pode pesar no caixa da empresa, a experiência tem nos mostrado que as perdas por falta de planejamento (desperdício de espaço, sistemas hidráulico e elétrico mal dimensionados etc) variam de 20% a 25% do seu investimento. Levando-se em conta que o custo médio do metro quadrado seja por volta de R$ 300 e que um centro de distribuição médio ocupe uma área de 10 mil metros quadrados, é possível ter uma noção do tamanho dos prejuízos. Felizmente, as empresas começam a tomar consciência desses números e que uma aparente economia no projeto inicial pode acarretar custos muito maiores ao final da obra. Para que possam aproveitar todos os benefícios que a arquitetura é capaz de proporcionar, porém, é necessário compreender alguns conceitos sobre como começar.

O primeiro aspecto é estabelecer que a base do projeto é o produto, seja físico ou conceitual, assim como as características de armazenagem e movimentação. A partir dessa premissa, podemos desenvolver todo o restante: características de embalagem, caixa, palete, equipamentos de movimentação, armazenagem, segurança e construção civil.
Além de soluções eficientes de economia e espaço, a construção civil e a arquitetura também têm contribuído para o próprio desenvolvimento dos equipamentos logísticos. Exemplo são as estruturas auto-portantes, nas quais as próprias estruturas de armazenagem funcionam como pilares de sustentação da cobertura. Também desta relação nasce o conceito de metro cúbico, que é o metro quadrado da edificação mais o pé direito útil, proporcionando uma medida para o uso vertical de armazenagem.

Como se vê, as empresas só tem a ganhar investindo na construção e na arquitetura aplicadas à logística. São complementares, cúmplices e, mais do que nunca, imprescindíveis para a produtividade das organizações.

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