LOJA VIVA- Shopping vazio não pára em pé

Muito impressionante o 6o. Congresso Brasileiro de Shopping Centers promovido pela Abrasce. Mais de setecentos representantes do alto escalão dos shoppings do Brasil falando do futuro do mercado de shoppings. E do varejo, claro. Estive presente como palestrante convidado para falar sobre a evolução da internet no Brasil. E aprendi mais do que ensinei.

Lição aprendida número 1 – O governo pode ajudar mais – Pude confirmar o que já sabia, que a Abrasce é uma entidade séria, liderada por pessoas atuantes e competentes, que têm a visão clara de que só com um trabalho de vanguardas e conseguirá unir os shoppings do Brasil na direção do sucesso. No congresso, houve um pleito muito justo feito por um representante de um dos grandes grupos empreendedores de shoppings em relação a maior apoio do governo para o setor. Muito justo. Principalmente se adicionarmos a este fato que os shoppings sérios são, cada vez mais, a estrutura para que empresas pequenas consigam se colocar mais estruturadamente no mercado. E, para quem não sabe, serão estas empresas que gerarão a grande maioria dos empregos do século que está começando. O varejo do Brasil será o grande empregador do país e o governo deveria se voltar mais para o setor. A própria imprensa adora falar de casos e mais casos de empresas grandes que vêm ao país. E quase nunca menciona, a não ser em cadernos secundários, os pequenos. Sou avesso à visão de que o governo seja responsável pelo sucesso ou insucesso de algum negócio mas a argumentação usada foi muito lógica: se outros setores podem ter tantos incentivos, por que não o varejo???

Lição aprendida número 2 – Os shoppings sérios não são mais os mesmos – Aprendi que a consciência dos empreendedores líderes do setor está cada vez mais voltada para uma relação mais justa com os lojistas. Se não for por bem, vai ser pela grande competição que está havendo entre os shoppings. Ainda falta muito para chegarmos a um ponto onde a relação shopping-lojista seja amigável, mas está caminhando muito fortemente para ser construtiva.

    Lição aprendida número 3 – O consumidor está passando a mandar no shopping lá fora – Quem, há alguns anos atrás, seria capaz de imaginar que os shoppings parariam de fazer o Cliente passear para achar o que está procurando? A desculpa anterior era que o Cliente que navegasse pelo shopping acabaria comprando coisas por impulso. A regra atual nos Estados Unidos é que o Cliente tem que achar o mais rapidamente possível o que quer e passear é uma opção dele. Os shoppings também tiveram que agregar entretenimento ao espaço mesmo sabendo que a lucratividade dos centros de entretenimento não atinge os preceitos de lucratividade que eles almejam. Arenas de entretenimento já são realidade em vários países. Aqui no Brasil é questão de tempo. Outra coisa interessante é que os shoppings ao ar livre, que têm a cara das ruas do centro da cidade passaram a ser tendência. Esse Cliente maluco que depois de adorar o shopping e fugir das lojas de rua agora quer que eles tenham cara de lojas de rua… Vá entendê-los, quanto mais atendê-los.

Lição aprendida número 4 – O consumidor está começando a mandar aqui também – Os assuntos relacionados a consumidor foram os mais comentados e aplaudidos. A indústria de shopping, parece, está se desapegando da sua vocação imobiliária e está se contaminando de um vírus que só se encontra em pessoas muito especiais que vivem no nosso planeta. Pessoas que gostam e muito de pessoas. São elas que conseguem que Clientes sejam fiéis ao seu negócio. O vírus do foco no Cliente e no consumidor tem que tomar conta dos shoppings.

Podem acreditar, as coisas vão mudar.

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