Mais uma novidade: iSmell

Uma nova tecnologia deverá estar disponível ainda este ano: a iSmell (iAro-ma), que permitirá a geração de aromas correspondentes às imagens que são exibidas nas telas dos computadores. Uma nova tecnologia deverá estar disponível ainda este ano, abrindo uma nova fronteira para o uso dos computadores e da Internet: a iSmell (iAroma), que permitirá a geração de aromas correspondentes às imagens que são exibi-das nas telas dos computadores.

Tal tecnologia vem sendo desenvolvida por uma empresa que existe há cerca de dois anos, a DigiScents, baseada em Oakland nos Estados Unidos. Essa empresa foi fundada por Dexster Smith e Joel Bellenson, que foram tam-bém os fundadores da DoubleTwist, que forneceu software utilizado pela Uni-versidade de Colúmbia em suas pesquisas acerca do genoma humano.

Além de software para registrar e reproduzir fragrâncias, está sendo des-envolvido um periférico a ser conectado ao computador do usuário, e que será o responsável pela geração dos aromas correspondentes ao que é exibido na tela – esse periférico será chamado iSmell, e terá o formato de uma pequena caixa.

A idéia básica é que o iSmell abrigue um cartucho contendo os produtos químicos básicos para a criação de aromas, que quando ativado pelo software irá misturar esses produtos básicos, gerando a fragrância determinada pelo software – pode-se fazer uma analogia com os cartuchos das impressoras, que contém as cores primárias e as misturam formando um conjunto muito grande de cores secundárias. Esses “aromas básicos” serão cerca de cem, e poderão atingir a intensidade de um purificador de ar doméstico, fornecido em aerossol.

A primeira utilização que está sendo considerada para a tecnologia é o apoio ao comércio eletrônico: ao clicar na imagem de um produto, essa ima-gem, que conterá na forma digital o código do aroma a ela associado, “acio-nará” o iSmell que produzirá o referido aroma – assim, ao “passear” por uma loja virtual, o internauta poderá sentir o cheiro dos produtos ali oferecidos. Como curiosidade, temos sempre perguntado a donas de casa e churrasqueiros de fim de semana se comprariam carne de um supermercado virtual, sem po-derem vê-la “ao vivo” e apalpá-la, e a resposta tem sido quase sempre “não” será que quanto ao aroma não acontecerá a mesma coisa?

Mas já se vislumbram outras aplicações – jogos eletrônicos, por exemplo: um jogo de guerra poderia liberar cheiro de pólvora, da terra molhada, de combustível dos tanques, etc.; talvez nesse caso o cartucho poderia ser um pouco mais barato, incorporando apenas os odores pertinentes ao jogo. Também poderiam ser consideradas aplicações em publicidade via Internet, como por exemplo, aroma de perfumes, bebidas, etc.

Bastante interessante é a estratégia comercial da DigiScents: além da venda de software e do periférico, pretende vender os cartuchos, seguindo os passos da Hewlett-Packard, que fez dessa uma de suas principais fontes de receita; pretende também criar aromas que serão patenteados, sendo depois sua utilização licenciada. Existe uma preocupação quanto ao preço final, que deverá ser suficientemente baixo para viabilizar uma massa crítica de aplicações suficientemente grande para gerar um efeito “bola de neve”, tornando a aplicação da tecnologia viável do ponto de vista comercial.

Embora já existam pesquisas acerca do assunto, é mais complexo, do ponto de vista tecnológico, o próximo passo a ser dado: a criação de um “nariz eletrônico”, que captaria aromas e automaticamente os codificaria na forma digital, permitindo sua reprodução posterior.

De qualquer forma, é um novo campo que se abre, e como de costume, as empresas que conseguirem se antecipar às demais, na utilização eficiente da tecnologia, obterão vantagem competitiva considerável.

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