Microlins: O sonho que começou com uma escola de informática O sonho de um empreendedor que começou com uma escola de informática
Apesar de hoje a Microlins ser a maior empresa de cursos profissionalizantes do Brasil, no início ela não era desse tamanho. Para chegar onde chegou, o fundador da empresa, José Carlos Semenzato, teve de trabalhar muito.
História ? Em 1991, Semenzato era programador de uma construtora e dava aulas de Informática nas horas vagas, mas decidiu largar o emprego fixo para montar a sua própria empresa.
Nascido na cidade de Lins, no interior de São Paulo, Semenzato ? na época com 23 anos ? criou a primeira sede da Microlins em sua cidade natal. A empresa surgiu apenas como uma escola de informática e a primeira turma tinha 15 alunos e quatro computadores comprados com suas economias.
Dois anos depois da criação da Microlins, Semenzato percebeu que a empresa não se resumiria apenas àquela sede. ?Percebi o potencial do negócio e decidi expandir a empresa para outras cidades da região. Naquele momento, busquei a parceria de pessoas que acreditaram em meu sonho e investiram comigo no crescimento da Microlins?, conta o empreendedor.
Nos primeiros anos da empresa, muitas dificuldades foram encontradas. Semenzato explica que a maior delas sempre foi a falta de recursos para fazer investimentos e que essa falta foi motivada, essencialmente, pela crise econômica que o Brasil vivia na época. Em 1995, para superar a crise, a empresa criou o sistema de franchising. ?Tínhamos todo o know-how necessário para a estruturação de escolas de informática de sucesso. Bastava encontrar os investidores interessados em expandir nossa rede.?
Cursos profissionalizantes ? A partir de 1997, um maior número de pessoas começou a se interessar pela informática, pois ficava visível que o computador passaria a ser uma ferramenta importante na vida de muita gente. Com essa aceleração na informatização no País, o número de escolas de informática começou a crescer. Semenzato percebeu que a Microlins precisava de um diferencial para superar a concorrência. Foi aí que ela deixou de ser escola de informática para se tornar Centro de Formação Profissional. Desde 1998, a sede está localizada em São José do Rio Preto.
Os cursos são elaborados a partir da percepção de carências em determinados setores. No ano de 2000, por exemplo, a equipe da empresa percebeu que havia uma enorme carência no setor de telecomunicações e foi criado um curso no qual os alunos eram treinados por especialistas. Esse curso foi feito para suprir uma enorme carência no mercado de profissionais especializados em instalações de linhas e reparo de defeitos detectados desde as centrais até a entrada das linhas nas casas dos assinantes.
Atualmente, a Microlins oferece mais de 40 opções de cursos. Entre eles estão o de capacitação profissional em rotinas administrativas, operador de telemarketing, turismo e hotelaria. ?Hoje, nosso maior concorrente na área de informática tem algo em torno de 100 escolas, enquanto a Microlins está perto das 700 unidades distribuídas por todos os estados do País?, explica Semenzato.
A Microlins pretende ajudar também crianças carentes. Para isso, a empresa firmou parcerias com diversas instituições, como a Fundação Gente, a Fundação Xuxa e a Fundação Cafu. ?Nosso empenho nesses projetos é oferecer oportunidades para que as crianças carentes possam chegar ao mercado de trabalho e, dessa forma, desenvolverem todo seu potencial como profissionais e como cidadãos.?
Sistema de franquias ? A Microlins procura investidores interessados em instalar franquias nas quais podem ser identificados potencial de mercado. Depois disso, é feita uma análise criteriosa do investidor, para verificar se ele tem o perfil adequado para assumir o negócio. Assinado o contrato e instalada a nova escola ele passa a contar com o apoio da equipe Microlins e com o know-how na área de cursos profissionalizantes.
Ao todo, são mais de 670 unidades instaladas em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. No ano passado, ficou na 10ª posição no ranking das maiores empresas franqueadoras, de acordo com o guia ?As Melhores Franquias do Brasil 2006? (editado pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, com base em dados da FGV Projetos e da Associação Brasileira de Franchising).