Não sou formado, será que estou fora do mercado?

Conheço grandes profissionais, grandes líderes e empreendedores que muitas vezes não têm sequer um curso superior, muito menos o primeiro grau completo. Com ou sem o curso superior, constatamos que as empresas estão repletas de pessoas que chegaram com sucesso ao mais alto nível hierárquico do mundo marketing. Conheço grandes profissionais, empresários, enfim grandes líderes e empreendedores que muitas vezes não têm sequer um curso superior, muito menos o primeiro grau completo. Claro que uma graduação em certos momentos ajuda, apesar de que tem muita coisa que poderia ser revista em universidades (metodologia, carga horária, disciplina, etc). Muitas vezes se vê coisas em sala de aula que nunca serão aplicadas no dia-a-dia, e neste ponto não consigo entender por qual motivo ainda se aplicam os inexeqüíveis. Alguns professores tentam empurrar goela a baixo, impõem conceitos teóricos que muitas vezes são completamente alheios com a realidade prática. Certa vez, vi na faculdade um conceito de marketing da década de 80 ? vindo dos Estados Unidos, completamente fora da realidade do Brasil e dos dias de hoje.

Em vista disso, com ou sem o curso superior, constatamos que as empresas estão repletas de pessoas que chegaram com sucesso ao mais alto nível hierárquico do mundo marketing.

Para ilustrar essa tendência de que tudo é possível, vou contar uma história que aconteceu com o empresário Ernani do `colchão.com` de Fortaleza e o gerente industrial dos colchões Ônix de Teresina, senhor Francisco Monteiro: um rapaz estava procurando um emprego, depois de bater em várias portas, sempre ouvia a mesma história ? só fazemos a seleção de quem tem curso superior.

Depois de algum tempo, com o diploma na mão, o rapaz chegou a uma empresa e foi um dos selecionados para o cargo de gerente. Na entrevista, com o possível chefe imediato, o rapaz foi bem claro: ?como agora tenho curso superior exijo salário acima de cinco mil reais, vale refeição e plano de saúde.? O diretor da empresa ouviu tudo atentamente e disse logo em seguida:

?Caro amigo, aqui somos uma multinacional, o salário para esta função é de dez mil reais, você receberá um automóvel novo, importado, da empresa; e sua esposa escolherá um veículo zero mil; você a cada seis meses irá ao exterior para fazer cursos de reciclagem remunerados, terá direito a plano de saúde, o melhor do país, para você e sua família; nas viagens, poderá viajar com esposa e filhos e ficarão hospedados em hotel 5 estrelas, e ainda terá participação nos lucros da empresa…? O rapaz assustado interrompeu e perguntou: ?O senhor está brincando?? O diretor olhou para ele e disse: ?Não, quem começou foi você!…?

Com essa mirabolante história venho apenas ilustrar que muitas vezes vale muito mais a velha quilometragem (como dizia Dr. Mansueto Barbosa) do que muitas vezes um diploma na parede.

De vez em quando, existem choques de idéia em algumas empresas, que acontecem sempre entre os mais novos e os mais velhos. As pessoas pueris muitas vezes com sua capacidade (claro, inquestionável), tentam se impor aos mais velhos, esquecendo que a empresa chegou onde chegou devido ao trabalho daqueles que já se encontravam lá. Portanto, manda o bom senso que as pessoas jovens devem, antes de impor autoridade ou fazer valer suas idéias, conquistar os mais velhos: enfim respeitá-los, ao invés de esperar que o mais velho vá à mesa de um imaturo em experiência, e que por sinal a experiência é a melhor faculdade do mundo; mas que só se adquire paulatinamente, com o dia-a-dia. Não quero dizer que não se deva estudar, fazer uma faculdade, muito pelo contrário, há a necessidade de crescermos através das grandes teorias, mas também há a necessidade de lapidarmos o canudo, e para se fazer essa lapidação somente através do experimento, da prática; e nisso, só os apurados, os maduros profissionais sabem fazer.

Mesmo sem um diploma universitário, qualquer profissional deverá estar em total atividade de aprendizado no dia-a-dia: estudando, estudando e estudando; tentando sempre ser o melhor no que faz. Ler livros ligados a sua área de atuação. A Internet é uma excelente fonte de pesquisa. Arrumar tempo e disposição para aprender e conquistar novos espaços. Participar de cursos profissionalizantes, relacionar-se com pessoas mais inteligentes do que você e em diversas áreas: sociais, econômicas e culturais. Contudo, faça valer o ditado popular: `Digas com quem andas hoje, que direis quem serás amanhã`.

Um ponto que considero importante no desenvolvimento profissional é o trabalho em cima da criatividade.

Outro, é você antes de tudo gostar profundamente do que faz. É demagogia dizer que você gosta mais da empresa do que de si mesmo. Só gostando primeiro de você e do que faz é que você gostará da empresa.

Finalmente, o grande segredo do sucesso está em ajudar as pessoas, nunca se particularizar, nunca ser ímpar quando for possível fazer parte de uma grande equipe. Isso ajudará você a permanecer no seu emprego independente de seu diploma ou nível, porque o sucesso de todos depende do esforço de cada um…

Cuidado para não ser mais um `burrocrata` no mercado de trabalho, atrapalhando a empresa…

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