O bom senso resolve

A comunicação não é feita apenas da conversa entre as pessoas. Saber o momento certo para gargalhar também se enquadra nas suas habilidades comunicacionais. Fique atento. Você já reparou como todas as regras da boa convivência estão baseadas no bom senso? Na hora de escolher uma roupa, atender ao telefone, sorrir, ou mesmo fechar uma venda, o que vale é a naturalidade, o meio termo, evitar exageros. Vejamos alguns exemplos:

Tom de voz ? As pessoas que falam em um volume muito alto normalmente são consideradas inconvenientes, desagradáveis, chatas. Por outro lado, as que falam muito baixinho parecem inseguras, frágeis, murchas. Para demonstrar assertividade, o tom precisa ser seguro sem ser ?gritado?, ser firme sem ser austero, ser agradável sem ser sensual ou sussurrado.

Rir ou sorrir ? Gargalhar no ambiente de trabalho está fora de questão, a não ser que a situação seja a de uma reunião extremamente íntima ? do contrário, destoa. Já o riso muito contido denota falsidade. Com o sorriso, a mesma coisa. Quando exagerado, despachado, passa a idéia de que a pessoa é inconveniente. Quando retraído, a imagem é de insegurança. Aliás, insegurança também é, para o senso comum, a característica da pessoa que sorri o tempo todo ? esse é o sorriso nervoso. Nem sempre a pessoa sorridente é considerada a mais simpática. Aquele que se comunica de forma natural, sem necessariamente sorrir, é mais simpático do que o que ri à toa. Isso é especialmente válido na área de vendas.

A roupa adequada ? Não é preciso vestir Prada ou Armani para acertar no modelito. Mais uma vez, o bom senso ? aquela voz interior que todo mundo tem ? manda o recado quando algo está destoando. Ninguém vai a um casamento de Havaianas ou à praia de terno. A moda é cada vez mais democrática ? e permite até algum exagero ?, mas é aconselhável adequar o vestuário à situação que se enfrentará, sem exagerar em cores berrantes, gravatas engraçadas, sapatos coloridos. Por outro lado, o extremo oposto também é ruim: uma roupa muito apagada e que não valorize o seu estilo e a sua comunicação não lhe ajudarão a abrir portas.

Aperto de mão ? Nunca é demais lembrar o quanto é irritante um aperto de mão frouxo ou muito forte. Aquele que não oferece a mão toda ao cumprimento (estende apenas a pontinha dos dedos) demonstra reservas em relação ao interlocutor. Parece que grita ?não me toque!? com as mãos. Para o homem, esse cumprimento fica muito ?feminino? e pode causar constrangimentos. A mão mole também não passa segurança, pois dá a impressão de fragilidade. Por outro lado, o aperto de mão muito forte é uma demonstração desnecessária de força e controle da situação. O ideal é que seja firme, mas não a ponto de quebrar os ossos da mão do interlocutor.

Solicitude ? Na verdade, até isso tem de ter limites. Ainda mais no ambiente de trabalho. Coleguismo é uma coisa desejável a qualquer profissional, mas ser sempre o bonzinho da turma fará com que a equipe lhe veja como inseguro ? alguém que necessita sempre da aprovação do grupo, e que por isso é sempre o primeiro a oferecer cafezinho para os outros, a buscar material na expedição e, até mesmo, a assumir sozinho os erros do grupo ou dos outros. Não tenha dúvida, na hora de uma promoção, o bonzinho não é o primeiro a ser lembrado.

Na dúvida, não hesite: aposte no seu conselheiro interior, o bom senso.

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