O fator proximidade

Mais que a falta de tempo, mais que a moeda estabilizada, em todos os segmentos sociais as pessoas, gradativa e silenciosamente felizes, privilegiam a proximidade. Mais que a falta de tempo, mais que a moeda estabilizada, em todos os segmentos sociais as pessoas, gradativa e silenciosamente felizes, privilegiam a proximidade.

A proximidade do estabelecimento comercial que fica na esquina ou a dois ou três quarteirões de distância, para uma saudável e alegre caminhada. A proximidade do dono e dos funcionários da loja. A proximidade dos produtos e das marcas expostas e do prévio conhecimento da clientela pela freqüência. A proximidade dos simpáticos e desejados encontros com outras pessoas pelo caminho. A proximidade das relações humanas, que transcendem o ato de compra e venda, etc. Independente das eventuais vantagens do preço, do distante, do frio, do desconhecido, do gigantesco, vale a feliz e desejada experiência de compra, decorrente da proximidade.

Tendência confirmada

Uma vez mais, os estudos do LatinPanel referentes ao ano de 2005 confirmam a tendência, que começou a se manifestar de uma forma mais consistente na virada do milênio. Ainda em 1999, segundo esses estudos, as redes varejistas como um todo, e muito especialmente as grandes, concentravam 73% das compras, ficando os restantes 27% com os demais estabelecimentos. Já em 2005 a participação das redes caiu para 65% e a dos demais estabelecimentos subiu para 35%.

O estudo do LatinPanel cobre 70 categorias de produtos, das áreas de alimentos, higiene, limpeza e bebidas não-alcoólicas e, no período compreendido entre 1999 e 2005 (6 anos), aponta que o que era comprado nas grandes redes, pelos que optaram pelas lojas próximas, foi substituído por um aumento na freqüência de compras, dentro de uma mesma semana, e pela diversificação dos canais de compra. Se em 1999 61% das pessoas concentravam suas compras em três ou mais canais, em 2005 esse índice subiu para 77%. E esse aumento de freqüência concentrou-se na proximidade ? física e por especialização, em drogarias, açougues, mercearias, sacolões.

Mas entre todos os avanços e assumindo que a base pesquisada pelo LatinPanel e a metodologia utilizada sejam a mesma, o grande avanço pertence às farmácias. Em 1999 detinham 6% do total das compras; em 2005, mais que dobraram, quase triplicaram, 17%.

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