O investimento no capital humano

Os talentos, em todos os níveis da estrutura organizacional (do chão de fábrica até a presidência), precisam aprender a aprender Dificilmente alguém deixou de ouvir ou ler que o Capital Humano é fator decisivo no sucesso das empresas. Também é vox populi a necessidade constante do aumento da produtividade para garantir a existência de lucros para novos investimentos. Assim, seria de se esperar que as organizações investissem maciçamente na implementação de novas tecnologias e nas pessoas, já que ambas as ações são pré-requisitos indispensáveis para que se tenha processos otimizados de negócios, operando com melhoria contínua.

Não é difícil perceber que, na parte da tecnologia, as empresas capricharam em seus investimentos. Hoje, elas têm sistemas de informação altamente complexos como ERP ( Enterprise Resource Planning ? sistema integrado de gestão empresarial), BI ( Business Intelligence ? ferramentas de melhoria de gestão), CRM ( Customer Relationship Management ? sistema de gestão de relacionamento com os clientes) etc. capazes de contribuir expressivamente para o aumento de sua competitividade e produtividade. Mas o que aconteceu com o desenvolvimento do Capital Humano? Em vez de ser foco de investimento, as empresas optaram por exigir que as pessoas patrocinassem o seu auto-desenvolvimento, ocasionando assim uma grande assimetria entre o que as empresas precisam e o que seus talentos buscam.

O indivíduo, ao usar seus próprios recursos, optou em focar num desenvolvimento voltado para um cenário mais amplo, fora de seu ambiente de trabalho. A própria instabilidade no trabalho justifica plenamente esse comportamento. As conseqüências estão cada vez mais visíveis para essa decisão completamente equivocada das empresas. Além de não ter tido significativas reduções de despesas, já que a rotatividade de pessoas na busca de competências prontas aumentou consideravelmente, a produtividade esperada com a implementação de novas tecnologias ficou muito aquém de qualquer expectativa, colocando inclusive em cheque se o ROI ( Return of Investment ? retorno do investimento) foi realmente atingido.

É indispensável que os integrantes do Capital Humano, sobretudo na área de Recursos Humanos, tenham cada vez mais visão sistêmica, multiculturalidade, interdisciplinaridade e especialmente uma alta capacidade de relacionamento e integração. Colaboração é competência-chave para o sucesso de qualquer organização.

Para que os indivíduos atinjam esse estágio, é imprescindível que as empresas invistam cada vez mais recursos e tempo no seu desenvolvimento, tanto com ações de treinamento contínuo como em mentoring e coaching . Os talentos, em todos os níveis da estrutura organizacional (do chão de fábrica até a presidência), precisam praticar para aprender, bem como precisam aprender a aprender, aprender a se desenvolver e aprender a ensinar. Quanto melhor estiverem preparados, mais adequadamente irão não só executar as suas tarefas, mas também formar um Capital Humano de valor nas empresas. Ao optarem em não investir maciçamente, as organizações simplesmente estarão limitando o crescimento desse capital, caminhando perigosamente para uma situação insustentável.

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