O marketing verdade

Vivendo na era da internet, o marketing muda completamente de sentido. Aprenda a ter outras visões e o faça funcionar na sua empresa O que acontecerá quando a rede amadurecer? Uma das conseqüências mais graves é a constatação de que as empresas não terão mais o controle sobre suas imagens institucionais. Elas deverão realizar ações para proteger seu maior patrimônio, mas estarão cada vez mais vulneráveis e transparentes no mundo digital.

A grande rede mudou tudo. Ainda é cedo para notar algumas transformações sociais, mas elas estão acontecendo intensamente e serão cada vez mais determinantes no mercado.

Durante décadas, a verdade sobre as empresas foi manipulada de acordo com os interesses envolvidos. Falhas eram facilmente contornadas, escândalos abafados, enfim, o sorriso da mocinha no comercial era suficiente para manter a maioria dos consumidores hipnotizada pela marca.

Vivemos a ditadura da propaganda, em que os meios de comunicação controlavam tudo o que se falava para o público consumidor. Acabou a censura, mas os interesses e acordos nunca terminaram. Empresas anunciantes e difusores de comunicação sempre foram interdependentes.

Com o aumento da concorrência, os excessos foram coibidos, mas os patrocinadores, como o próprio termo já diz, sempre pagaram contas, salários e lucros da comunicação profissional ? seja ela rádio, TV, revistas, jornais ou qualquer coisa parecida.

Esse acordo, mesmo que velado, sempre existiu. Os meios de comunicação ganhavam seu dinheiro mostrando o bom e, às vezes, o não tão bom dos anunciantes, para parecer real e democrático. O ruim nunca foi mostrado. Quem ousou ultrapassar esses limites amargou receitas pífias e fechou as portas ou permanece até hoje moribundo, esperando o tiro de misericórdia. Não havia como sobreviver sem o oxigênio dos anunciantes.

O que mudou com a internet? Tudo! Pela primeira vez na história, pessoas físicas detêm o controle de um meio de comunicação de massa sem custo: o e-mail. Pela primeira vez, é possível divulgar para milhares de pessoas que a empresa X não cumpriu o acordo firmado e lesou o consumidor Y.

O telefone sempre foi caro, físico e presencial. Não havia como telefonar para dez pessoas ao mesmo tempo. Cada ligação dependia da sua participação ativa e representava um custo na sua conta. Com o e-mail, não existe qualquer dependência, pois é duplicável e sem custo. Pessoas emitem idéias e divulgam notícias em qualquer escala, outras passam a informação adiante, também sem custo ou dificuldade!

As pessoas ainda não aprenderam a usar esse recurso e quase ninguém percebeu o poder que o e-mail representa, mas agora todos são ativistas potenciais e o networking pode mover montanhas.

O aprendizado leva tempo, mas acontece. A internet será disseminada e todos terão e-mail em um futuro não tão distante. Em paralelo, as pessoas organizarão e ampliarão suas redes de relacionamento em uma proporção assustadora, sobretudo os jovens que estão conhecendo o e-mail em sua fase mais rica de contatos.

Esse recurso é onipresente e será cada vez mais único. Não há motivos para mudar de e-mail, nem se você for morar no Paquistão. Mesmo que sua empresa provedora feche as portas, a facilidade de divulgar o novo endereço e atualizar as agendas de todos é incomparável com a maneira que era antes.

Essa cultura ainda não existe, mas está se formando. Daqui a cinco anos ou menos, teremos uma network mundial densa, azeitada e amadurecida o suficiente para comandar o mercado. O poder já saiu das mãos das empresas, está diluído e solto na rede.

As redes se comportam como ondas e não existe comando central. Elas são um organismo vivo e independente. Uma vez compreendido o poder que resulta das redes, nada mais será o mesmo. Quando elas assumirem o comando de tudo, valores como ética, sinceridade e transparência serão colocados à prova. Os consumidores saberão as verdades e definirão quem merece sobreviver.

Para as empresas, não haverá meios de abafar escândalos. Como foi dito antes, não existe poder central e todos são ativistas potenciais. Os boatos acontecerão aos montes, e a rede aprenderá a validá-los. As instituições terão de se defender com agilidade e transparência, pois só assim estarão protegidas.

Os departamentos de comunicação das empresas deverão se preparar para esse bombardeio, respondendo os ataques com inteligência e autenticidade. A calúnia poderá ser punida e retratada, mas a verdade dos fatos é incontestável. Ela prevalecerá. Por isso, esteja sempre a seu lado. Faça dela o seu verdadeiro marketing!

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