O novo gerente

Bóris foi promovido à Gerência Nacional de Vendas da empresa em que atuava. Veja o que aconteceu. Bóris foi promovido à Gerência Nacional de Vendas da empresa em que atuava. Por sua longa experiência e seus vários anos de casa, toda a equipe de trabalho nutria grande expectativa em relação a ele.

A vida pregressa do executivo tinha sido clássica. Contratado como trainee, galgou posições superiores, em virtude de sua criatividade e afinco. Realizou com louvor todas as funções inerentes aos cargos pelos quais passou. Com essa postura e com a aquisição de novas habilidades, Bóris foi recebendo as promoções almejadas, até chegar, finalmente, àquela gerência. Tinha, agora, mais autonomia e credibilidade.

Sua primeira semana no mais novo cargo foi reservada às visitas aos departamentos da empresa e à familiarização com os diversos sistemas de informações gerenciais. Na Segunda semana, o diretor de Bóris, satisfeito com a visível animação do gerente, solicitou a esse diversos estudos e projetos que estavam parados ou precisavam ser revistos. Bóris, empolgado, cancelou os compromissos com clientes e fornecedores, modificando seu cronograma para reorganizar os projetos.

Com muito fôlego, o gerente dedicou-se `a nova tarefa, que lhe custou dedicação integral durante o período de quatro semanas. Chegava antes antes e saía depois, pensando sempre na satisfação do presidente quando recebesse o projeto atualizado. Imaginou que, com a conclusão de tal tarefa, poderia receber nova promoção, afinal o pedido tinha partido de uma das pessoas mais importantes da organização.

Ao final do primeiro mês, Bóris foi chamado pelo presidente. Na reunião, foi questionado sobre quanto a empresa tinha vendido no período de sua gerência. Foi indagado também a respeito do desempenho dos vendedores, que deveriam ter atingido objetivos e concluído a meta mensal. O gerente precisava, ainda, comunicar a porcentagem de aumento da participação da empresa no mercado.

Em relação a esses e outros assuntos, Bóris encabulado, defendeu-se: ?Não sei o que houve, pois estava debruçado sobre o estudo e o desenvolvimento dos projetos solicitados.? Após ouvir as explicações do gerente, o presidente, visivelmente decepcionado, encerrou a reunião e, em seguida, chamou o diretor da empresa e mandou despedir Bóris.

O presidente tomou a atitude certa, pois identificou que Bóris não tinha competência para definir suas prioridades. Ele fora contratado para ser o gerente nacional de vendas e, portanto, tinha que estar debruçado sobre os números e ações efetivas do campo. Os projetos tinham importância; porém, não eram essenciais para a organização. Faltou, nesse caso, uma divisão melhor do tempo dispensado para a atualização deles. A função de Bóris era a de liderar a equipe para a conquista de mercado; não a de reformular projetos secundários. Sua prioridade absoluta eram as vendas. Muitos executivos incorrem no mesmo erro, pois, ao invés de cuidarem de suas responsabilidades centrais, dedicam muito tempo e talento aos projetos paralelos ou periféricos. Esses profissionais têm dificuldade para manter o foco nos objetivos que realmente interessam à organização. Pessoas de sucesso sabem diferenciar as prioridades e finalizar projetos paralelos no momento em que é mais conveniente.

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