O que o dinheiro não pode comprar?

Tem gente que tem como foco profissional claro e evidente o ?ganhar dinheiro?. Outros têm como objetivo de vida o ?ficar rico?. Para essas pessoas, dinheiro não é conseqüência, é fim. É motor motivacional e condição para que as atividades sejam realizadas. Para elas, dinheiro é realmente moeda de troca. Dá-se trabalho e recebe-se dinheiro. Tem gente que tem como foco profissional claro e evidente o ?ganhar dinheiro?. Outros têm como objetivo de vida o ?ficar rico?. Para essas pessoas, dinheiro não é conseqüência, é fim. É motor motivacional e condição para que as atividades sejam realizadas. Para elas, dinheiro é realmente moeda de troca. Dá-se trabalho e recebe-se dinheiro.

Antes de julgar essas pessoas mercenárias e coisas do gênero, você já parou para pensar que esse tipo de atitude pode ser legítima? Qual o problema de alguém que decide estabelecer que seu objeto mais valioso é o dinheiro e sua recompensa mais justificadora é a financeira? Você pode até não aceitar, alegar que é mesquinhez e empobrecimento da grandeza humana, mas não pode dizer que não é uma atitude legítima. Se essa pessoa usa de meios legais, lícitos e éticos para agir e pensar assim, não há razão para condená-la. Agora, o problema é conseguir manter uma postura ilibada e moral enquanto se persegue o vil metal através do trabalho. Simplesmente pelo fato que este vil metal é vil (reles, ordinário, que inspira desprezo, não tem dignidade, infame – Houaiss).

Obsessão – Entenda! Junto com a obsessão pelo dinheiro, é comum as pessoas desenvolverem outros sentimentos e obsessões como pelo poder, fama, status e outros abjetos mais. É aí que reside o problema. Não é à toa que o apóstolo Paulo diz, na Bíblia, que ?os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens em ruína e perdição? (1 Tm 6:9, grifo meu). Gosto do ?afogam?, porque nos dá aquela imagem de que alguém até tenta vir à tona, mas existe algo mais pesado que lhe puxa para baixo.

Armadilha – Dificilmente alguém que reduz sua motivação à conquista financeira consegue escapar dessa armadilha. É difícil encontrar alguém que lute por dinheiro e diga: ?basta, já é o suficiente!? E é fácil entender. Quanto mais se usa o que se ganha, mais se perde. Ou seja, diferentemente de outros ativos intangíveis como prestígio, reconhecimento, realização, quanto mais se usa o dinheiro, menos se tem. E essa é uma sensação horrível para aqueles que trabalham para ver a sacola cada vez mais cheia.

Valores – Por outro lado, aqueles que buscam no trabalho os valores e ativos intangíveis, exatamente os que o dinheiro não consegue comprar, como respeito, altruísmo, solidariedade, serviço, dedicação, conseguem viver mais harmonicamente e em equilíbrio, pois quando conquistam estes predicados, não têm que se preocupar em vê-los se esvair no instante em que são usados. Ou seja, quanto mais se usa estas qualidades, mais elas se multiplicam em quem as usa.

Em síntese, é fato que o dinheiro só compra o que se vê e se pega. Não consigo lembrar de algum sentimento positivo e duradouro que possa ser adquirido através da troca monetária. O que o dinheiro consegue comprar está sempre suscetível a se corroer, a se esvair. Lembra da felicidade inicial pelo carro novo, e que agora se transformou em uma apatia e indiferença, da qual todos os bens materiais deveriam ser merecedores? Pois é! Pense bem, quanto dinheiro foi necessário para que você conquistasse o privilégio de ser tão querido e desejado pelos que hoje te amam? Nenhum. Então, use o dinheiro para te trazer algum conforto e estabilidade. Mas use o amor para ser incondicionalmente alegre e realizado. É de graça, mas tem um valor inestimável.

Paulo Angelim é palestrante nacional em marketing, vendas e motivação, e autor de quatro livros ? www.pauloangelim.com.br ?Oh! Se os ricos fossem tão ricos como os pobres imaginam!? Emerson

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