O que vem por aĆ­ em 2008

O que vem por aĆ­ em 2008 Especialistas e cenĆ”rios que mostram como vocĆŖ pode planejar para vender mais no ano que vem

Chegou a hora de planejar a sua empresa: reunir o pessoal e analisar, com base em dados concretos, o quanto Ć© possĆ­vel vender em 2008, quem serĆ” o melhor cliente e como a equipe vai atingir esse nĆŗmero e essas pessoas.

Ainda existem empresas que planejam baseadas completamente no dono e no seu PC ? nĆ£o o computador, mas o ?Puro Chute?. Existem tambĆ©m aquelas que afirmam que o ano que estĆ” por vir deve vender 10% a mais que o ano anterior. Entra ano, sai ano, entra governo, sai governo, mudam as regras econĆ“micas, mudam os concorrentes e as necessidades do cliente, e elas continuam afirmando que devem vender 10% a mais que o ano passado, todo ano.

Entretanto, o tipo mais perigoso estĆ” naquelas pessoas que lideram algumas empresas e que repetem, sem parar: ?Para que planejar??. NĆ£o dĆ” para saber o que vai acontecer na prĆ³xima semana, quanto mais no prĆ³ximo ano.

No entanto, existem maneiras de se perceber o que vai acontecer daqui para frente. Ɖ sĆ³ analisar quais as forƧas estĆ£o em aĆ§Ć£o sobre cada segmento da economia e como se espera que elas se comportem no prĆ³ximo ano.

Fazer anĆ”lise de tendĆŖncias

Entender o que estĆ” acontecendo com o consumidor brasileiro, quais forƧas estĆ£o agindo sobre ele. O que esperar, nos prĆ³ximos 12 meses, do mercado e dos concorrentes?

Vamos ver:

TendĆŖncia 1 ? Dinheiro no bolso

De uns tempos para cĆ”, sĆ³ se fala em crescimento da economia. Taxas entre 4% e 5% o que, segundo economistas, Ć© algo extremamente positivo para e economia e para o Brasil, mas vamos traduzir o que significa essa linguagem da economia para vendas.

Para entender por que e como vocĆŖ irĆ” ganhar com o crescimento sustentado do PIB, precisamos entender o que Ć© o Produto Interno Bruto:

PIB = consumo dos habitantes de um paĆ­s em um perĆ­odo + investimentos + gastos do governo + exportaƧƵes ? importaƧƵes. Ou seja, Ć© uma conta rĆ”pida que mostra que os brasileiros estĆ£o consumindo mais, que os empresĆ”rios daqui e de fora reforƧam seus negĆ³cios e empreendem mais, que se exporta mais e … bom, e que o governo continua gastando como sempre. Fica a esperanƧa de que ele gaste de maneira melhor, mas isso Ć© outra histĆ³ria.

Desse modo, o PIB significa que tem mais dinheiro circulando no Brasil. O seu cliente estĆ” com mais dinheiro para gastar, e empresĆ”rios estĆ£o mais dispostos a investir. E, o mais importante, quem estĆ” com mais dinheiro no bolso Ć© a classe D e E. Veja os nĆŗmeros de um relatĆ³rio produzido pelo governo brasileiro em parceria com a ONU:

» O percentual da populaĆ§Ć£o brasileira, na condiĆ§Ć£o de extrema pobreza, caiu de 9,5% em 1992 para 4,2% em 2005. Extrema pobreza significa viver com menos de um dĆ³lar por dia.

» Se pegarmos os 10% mais pobres brasileiros, veremos que sua renda cresceu por volta de 9,2% ao ano, entre 2001 e 2005.

» O relatĆ³rio tambĆ©m mostra uma bem-vinda novidade em 2005, a desigualdade de renda baixou no Brasil: o Ć­ndice de Gini, que varia entre 0 (perfeita igualdade de renda. Seria um paĆ­s em que todos, absolutamente todos, receberiam exatamente o mesmo salĆ”rio) e 1 (absoluta desigualdade. Nesse outro paĆ­s, toda renda estaria na mĆ£o de uma sĆ³ pessoa) oscilou ao redor de 0,595 entre o inĆ­cio dos anos 80 e 2001 e, a partir de entĆ£o, caiu ano a ano, chegando a 0,566 em 2005. Ainda hĆ” muito o que fazer, mas Ć© um Ć³timo indĆ­cio de que hĆ” mais gente com dinheiro, e dispostas a gastĆ”-lo.

» O rendimento mĆ©dio mensal do trabalhador brasileiro cresceu 7,2% de 2005 para 2006, conforme a Pesquisa Nacional de Amostras por DomicĆ­lio (Pnad) do IBGE. Em 2006, em mĆ©dia, cada brasileiro ganhou 888 reais por mĆŖs (a palavra-chave aqui Ć© mĆ©dia. Se vocĆŖ come dois sanduĆ­ches, e eu nĆ£o como nenhum, na mĆ©dia, cada um comeu um). Ainda estĆ” abaixo dos 975 reais registrados em 1996, mas jĆ” Ć© uma melhora.

No prĆ³ximo ano, a economia continuarĆ” melhorando, para o ex-ministro Borges da Silveira: ?Em 2008, o PIB poderĆ” aumentar mais que 4,5%. A economia Ć© favorĆ”vel e o setor de energia demonstra que vai ajudar a impulsionar o crescimento. O cenĆ”rio estĆ” mais estĆ”vel para o PaĆ­s se desenvolver. Em 2007, a economia estĆ” mais presa?.

O ex-ministro estĆ” sendo otimista? NĆ£o, se olharmos os dados do IBGE sobre a variaĆ§Ć£o do PIB nos Ćŗltimos trimestres. SĆ³ para que todo mundo fale a mesma lĆ­ngua, aqui vai a equaĆ§Ć£ozinha do aumento do PIB brasileiro em relaĆ§Ć£o ao mesmo perĆ­odo do ano anterior.

Segundo trimestre 2006 Terceiro trimestre 2006 Quarto trimestre 2006 Primeiro trimestre 2007 Segundo trimestre 2007
1,5 4,5 4,8 4,4 5,4

Fonte: IBGE

Armando Monteiro Neto, presidente da ConfederaĆ§Ć£o Nacional das IndĆŗstrias ? CNI ? tambĆ©m acompanha essa mudanƧa de foco. Se antes dizĆ­amos que exportar Ć© o que importa, hoje nosso foco aponta um pouco mais para o mercado interno: ?A tendĆŖncia Ć© que o mercado interno continue se expandindo. O crescimento das exportaƧƵes depende da demanda internacional e ainda nĆ£o se tem a extensĆ£o exata do impacto da crise do crĆ©dito imobiliĆ”rio nos Estados Unidos sobre a economia americana e, como isso, pode afetar o resto do mundo?.

Como vender mais

Algumas dicas para vocĆŖ lucrar com o crescimento da economia:

» Invista nas classes mais baixas da economia. Mesmo que nĆ£o venda diretamente para clientes das classes D e E, vocĆŖ ainda pode lucrar com o aumento de dinheiro Ć  disposiĆ§Ć£o deles. A pequena venda de bairro ou do interior vai precisar comprar mais produtos do atacadista local; este, vai comprar mais da indĆŗstria; a indĆŗstria vai contratar mais para produzir mais; contratando mais, haverĆ” mais gente colocando mais dinheiro na economia, e assim por diante. Foque nesse pĆŗblico ou em quem atende tal pĆŗblico.

» Compensa cada vez mais investir para atender o mercado interno. NĆ£o apenas o brasileiro estĆ” com mais dinheiro, como o dĆ³lar baixo desestimula a exportaĆ§Ć£o de certos produtos. AliĆ”s, todos os analistas de mercado ouvidos por TendĆŖnciasBrasil foram unĆ¢nimes: ?O dĆ³lar deve passar 2008 entre 1,6 reais e 1,7 reais. E, se as notĆ­cias da economia forem muito boas, se o Brasil ganhar o selo de qualidade, o carimbo dizendo ?pode colocar dinheiro aĆ­?, o chamado investiment grade dos bancos de investidores, nesse caso, o dĆ³lar pode chegar a 1,5 reais.

» Invista em logĆ­stica. O consumidor das classes D e E estĆ” no interior do Brasil, nas periferias.

» O potencial de crĆ©dito ainda estĆ” longe de se esgotar no PaĆ­s. HĆ” muitas financeiras com dinheiro para emprestar e muita gente querendo um financiamento. Procure se associar a uma financeira para facilitar ainda mais a compra do novo cliente.

» O cliente das classes D e E nĆ£o quer sĆ³ produto barato. Segundo uma pesquisa da LatinPanel, 46% desses clientes vĆŖem o preƧo como o principal diferencial na hora de escolher entre um produto ou outro e 54% buscam outros fatores.

E nĆ£o pense que essa classe compra apenas produtos de baixĆ­ssimo custo. Segundo Armando Monteiro Neto, ?os setores de veĆ­culos automotores, metalurgia, equipamentos de informĆ”tica, alimentos e bebidas estĆ£o crescendo mais que a mĆ©dia da indĆŗstria brasileira. Esses setores foram favorecidos pela queda dos juros, a maior oferta de crĆ©dito, o incremento na renda da populaĆ§Ć£o e o controle da inflaĆ§Ć£o. A tendĆŖncia Ć© que essas condiƧƵes se mantenham e os setores que puxaram o crescimento, em 2007, tambĆ©m liderem a expansĆ£o da economia no ano que vem?.

TendĆŖncia 2 ? Regras claras atĆ© 2010

Para quem sempre disse que nĆ£o podia planejar porque nĆ£o sabia o que iria acontecer no prĆ³ximo ano, acabou a desculpa. O governo publicou as regras que vĆ£o reger a economia atĆ© 2010. Elas permitirĆ£o que vocĆŖ saiba, jĆ”, o que vai gastar no prĆ³ximo ano, quanto precisa vender para ter um bom lucro e planejar investimentos. Os principais nĆŗmeros e fĆ³rmulas divulgados foram:

» Taxa de juros SELIC fica em 11,25% atĆ© junho de 2008. Caso o Brasil continue crescendo bem mesmo assim, a taxa Ć© mantida atĆ© dezembro. Caso contrĆ”rio, pode cair um pouco, provavelmente, 0,25%. Isso deverĆ” estimular ainda mais a concessĆ£o de crĆ©dito no Brasil.

» Aumento do salĆ”rio mĆ­nimo atĆ© 2010. O cĆ”lculo Ć© simples. Para calcular o salĆ”rio mĆ­nimo de 2008, pegue a taxa de inflaĆ§Ć£o IGP-M de 2007 e, depois, some ao crescimento da economia em 2006 e 2007, pronto. Repita as operaƧƵes para calcular o salĆ”rio de 2009 e 2010.

» Regras claras tambĆ©m para as micro e pequenas empresas (veja box)

O que falta definir: o governo estuda implantar uma tabela para diminuir a alƭquota do ICMS atƩ 2010. Fique de olho.

Como vender mais

» Agora que vocĆŖ pode planejar, nĆ£o perca tempo nem oportunidade. Coloque os nĆŗmeros no papel e desenvolva uma estratĆ©gia para sua empresa.

» Estamos entrando em um perĆ­odo sem surpresas da economia, o que pode dificultar um pouco a compreensĆ£o de seus clientes. Na Ć©poca da inflaĆ§Ć£o, receber um desconto de 20% era comum, pois se recuperava nas aplicaƧƵes financeiras. Hoje, qualquer desconto de 3% atrapalha a lucratividade. Ensine seus vendedores a fazerem uma aposta de valor adequada.

TendĆŖncia 3 ? Nada de reforma

A Lei Geral da Pequena e MĆ©dia Empresa Ć© um bom comeƧo, mas nĆ£o Ć© suficiente para refrescar o lado do empresĆ”rio e das equipes de venda. Infelizmente, a reforma tributĆ”ria nĆ£o vai sair em 2008.

A partir do meio do ano, todos os polĆ­ticos estarĆ£o mais preocupados com a eleiĆ§Ć£o municipal que se aproxima, e corremos o risco de perder mais um ano, assim como perdemos 2007, quando os homens e mulheres que fazem nossas leis passaram mais tempo atacando e defendendo-se uns aos outros que pensando em nossos direitos.

Neste ano, o Congresso esteve sempre nas primeiras pĆ”ginas dos jornais, mas pelo motivo errado. Jogando fora o ano que poderia aprovar mais facilmente seus projetos, devido ao perĆ­odo de trĆ©gua, a lua-de-mel de seis meses, tradicional em cada inĆ­cio de governo, o presidente Lula perdeu sua grande oportunidade. Resta a esperanƧa de que a oposiĆ§Ć£o perceba que pode marcar com a estrela do PT reformas necessĆ”rias, mas impopulares, como desvincular os benefĆ­cios previdenciĆ”rios do salĆ”rio mĆ­nimo (ou seja, nĆ£o Ć© porque o mĆ­nimo sobe que a aposentadoria teria de subir). Se votarem esses assuntos agora, teriam mais uma acusaĆ§Ć£o pronta contra o Lula, nĆ£o precisariam se preocupar com isso em seus possĆ­veis futuros governos, e o Brasil avanƧaria um pouco em suas legislaƧƵes (do jeito que estĆ”, a previdĆŖncia vai requerer cada vez mais dinheiro, deixando o PaĆ­s ingovernĆ”vel a partir de 2020).

Como vender:

» Quer pagar menos impostos, diminuir seus custos, aumentar sua competitividade e vender mais? EntĆ£o, escreva para os deputados e senadores de seu estado para votarem a Reforma TributĆ”ria. Pressione. FaƧa sua voz ser ouvida.

TendĆŖncia 4 ? Alguns produtos ainda vale exportar

Enquanto o Brasil luta para superar suas limitaƧƵes, a China, com as OlimpĆ­adas e tudo, estĆ” se dando ao luxo de escolher quem investe. Segundo a CĆ¢mara de ComĆ©rcio Brasil-China, esse paĆ­s agora sĆ³ procura certos parceiros estratĆ©gicos, o que deve fazer com que novos investimentos migrem para outros paĆ­ses, incluindo o Brasil. Rumos tambĆ©m comeƧam a mudar, por exemplo, para a ƍndia, outra naĆ§Ć£o que se desenvolvia rapidamente, atĆ© encontrar um problema: falta de pessoas qualificadas. Sim, sĆ£o mais de um bilhĆ£o de pessoas, mas bem poucas tĆŖm uma faculdade ou sabem falar inglĆŖs para atuar nas centenas de vagas de telemarketing do PaĆ­s (para uma empresa norte-americana, Ć© muito mais barato manter seu telemarketing na ƍndia que nos prĆ³prios Estados Unidos). Resultado, as empresas de call center comeƧam a trocar a ƍndia pela Ɓfrica do Sul.

Um alerta para o Brasil investir na qualificaĆ§Ć£o de sua mĆ£o-de-obra, sempre.

O Presidente do Conselho Superior de ComĆ©rcio Exterior da FIESP Rubens Barbosa diz que o Brasil continuarĆ” a ter um grande destaque no setor de produtos primĆ”rios, tambĆ©m chamados por alguns de commodities, aqueles que nĆ£o tĆŖm muitas diferenƧas dos oferecidos pelos concorrentes. E que novos clientes podem estar aparecendo no horizonte: ?Os produtos primĆ”rios (agrĆ­colas e minĆ©rios) continuarĆ£o a ser os destaques individuais, em virtude da demanda global, sobretudo da Ɓsia?. Os produtos manufaturados deverĆ£o crescer de forma moderada, embora os de maior valor agregado venham perdendo terreno nos Ćŗltimos anos em conseqĆ¼ĆŖncia da valorizaĆ§Ć£o do cĆ¢mbio?. Em outras palavras, Ć© preciso descobrir alguma maneira de vender produtos

manufaturados para fora por menos. NĆ£o Ć© fĆ”cil, ainda mais com a crescente concorrĆŖncia de outros paĆ­ses. Entretanto, como vocĆŖ verĆ” logo abaixo, nĆ£o Ć© impossĆ­vel. Existem vĆ”rias vantagens sendo planejadas, principalmente para as pequenas e mĆ©dias empresas conseguirem exportar e mostrar seus produtos lĆ” fora.

Rubens Barbosa menciona tambĆ©m que a imagem do Brasil como grande produtor nĆ£o foi afetado com os casos de febre aftosa e de outras doenƧas. ?O Brasil continua a ser visto como uma potencia agrĆ­cola cada vez mais eficiente e competitiva.? Isso mesmo tendo problemas de vigilĆ¢ncia sanitĆ”ria, causados um pouco pela falta de recursos, um pouco pela dimensĆ£o da agricultura nacional (a distĆ¢ncia entre rebanhos em dois extremos do Brasil Ć© maior que a distĆ¢ncia entre um rebanho no Brasil e um na Ɓfrica). Uma das soluƧƵes apresentadas por Rubens Ć© a parceria. ?Problemas sanitĆ”rios devem surgir, de tempos em tempos, enquanto o governo e a iniciativa privada nĆ£o reconhecerem que esse Ć©, talvez, o grande problema interno do nosso setor produtivo.?

Como vender

» Qualifique sua mĆ£o-de-obra, qualifique seus vendedores. Treine, treine e treine. Pode ser a diferenƧa entre um negĆ³cio perdido e um ganho.

» Busque parcerias em paĆ­ses ?fora do eixo?. Segundo o presidente Lula, por exemplo, ?o inĆ­cio do nosso governo, o comĆ©rcio bilateral do Brasil com a Ɓfrica era de apenas 2 bilhƵes de dĆ³lares. Atualmente, estĆ” em 15 bilhƵes de dĆ³lares?. Busque novos parceiros.

» Procure fortalecer sua marca primeiro aqui dentro,

Assim, 2008 apresenta boas notĆ­cias para a maioria dos setores da economia, sendo essas apenas algumas informaƧƵes. Existem muitos outros dados relevantes Ć  sua empresa. Procure e veja como cada um pode ser utilizado para planejar melhor as vendas do prĆ³ximo ano. Mas lembre-se de que nem mesmo todos os dados do mundo poderĆ£o ajudĆ”-lo, se vocĆŖ nĆ£o estabelecer uma maneira de utilizĆ”-los no prĆ³ximo ano. Algumas dicas para vocĆŖ:

» FaƧa as informaƧƵes circularem. Seus vendedores estĆ£o sempre trocando idĆ©ias com os clientes e podem enriquecer as informaƧƵes que vocĆŖ identificou

» Cada dado deve ter uma razĆ£o para ser usado. No que vocĆŖ vai usar aquilo? No que a informaĆ§Ć£o poderĆ” ajudar a sua empresa a vender mais e melhor? NĆŗmero referente Ć  produĆ§Ć£o mundial ou dados sobre a construĆ§Ć£o de um prĆ©dio na esquina da rua da sua empresa. NĆ£o importa. Se forem Ćŗteis para o planejamento de sua forƧa de venda, inclua nos seus estudos. O que nĆ£o pode Ć© ter dados e nĆŗmeros ali sĆ³ para enfeitar.

» ApĆ³s estudar as informaƧƵes, Ć© hora de estabelecer as metas e um plano de aĆ§Ć£o para atingi-las. Veja bem o que cada integrante de sua equipe e de sua empresa devem fazer para que se atinja aqueles objetivos. Algumas vezes, vocĆŖ vai precisar fazer mudanƧas em seu produto ou serviƧo, na maneira de vender e no segmento de mercado que mais lhe interesse. Em cada um desses casos, vocĆŖ jĆ” sabe a seqĆ¼ĆŖncia: planejar, fazer um plano de aĆ§Ć£o, estabelecer seu 5W2H e maneiras de medir o progresso de cada aĆ§Ć£o, definir datas de inĆ­cio e de tĆ©rmino e fazer.

» Aproveite que vocĆŖ jĆ” levantou e coletou as informaƧƵes referentes ao seu nicho de mercado e passe-as para seus clientes e prospects, para que eles tambĆ©m saibam como aproveitar melhor o ano que vem. Dar informaƧƵes Ćŗteis e que eles possam usar Ć© uma grande maneira de fidelizĆ”-los.

Cabe a vocĆŖ se preparar para aproveitĆ”-los da melhor maneira possĆ­vel. FaƧa o 2008 que vocĆŖ quiser!

A lei para os pequenos

A grande mudanƧa ? Valdir Pietrobon, Presidente da FederaĆ§Ć£o Nacional das Empresas de ServiƧos ContĆ”beis e das Empresas de Assessoramento, PerĆ­cias, InformaƧƵes e Pesquisas ? Fenacon, aponta para uma outra grande mudanƧa que pode beneficiar muitos empresĆ”rios no Brasil em 2008: a Lei Geral da Micro, Pequena e MĆ©dia Empresas: ?Em 2008, todos os entraves burocrĆ”ticos vĆ£o acabar. Por ser uma grande lei, que cobre a extensĆ£o de todos os municĆ­pios do PaĆ­s, Estados, Receita Federal e UniĆ£o. A parte burocrĆ”tica gerada Ć© grande e, a partir de janeiro, vai entrar nos eixos. JĆ” existe um projeto de lei em andamento para que a Lei Geral seja alterada para melhor. NĆ£o era a lei que querĆ­amos. Foi o que se conseguiu, principalmente, para Ć”rea de serviƧos?.

Veja o que a lei altera, de acordo com um resumo publicado pelo special report TendĆŖnciasBrasil 2007:

» O empreendedor poderĆ” ter em uma sĆ³ cobranƧa os seis tributos federais, o ICMS (estadual), e o ISS (municipal).

» Deixa de haver incidĆŖncia de impostos nas receitas das exportaƧƵes de pequenas e microempresas.

» A alĆ­quota de contribuiĆ§Ć£o para o INSS do trabalhador autĆ“nomo cai de 20% para 11%.

» DesburocratizaĆ§Ć£o da abertura de empresas: bastarĆ” ao empreendedor providenciar o Cadastro Nacional das Pessoas JurĆ­dicas ? CNPJ. Um novo sistema permitirĆ” que estados e municĆ­pios chequem os dados do CNPJ para criar seus cadastros paralelos, se desejarem.

» ImplementaĆ§Ć£o de um sistema progressivo de impostos, semelhante ao que acontece com o imposto de renda. Assim, as empresas nĆ£o terĆ£o um choque muito grande ao passar do sistema de imposto simples para o de lucro presumido, estimulando o crescimento e a geraĆ§Ć£o de empregos.

» O salĆ”rio-maternidade das funcionĆ”rias de mĆ©dias e pequenas empresas passa a ser bancado pelo INSS.

» SimplificaĆ§Ć£o das obrigaƧƵes trabalhistas. Sob a nova lei, as pequenas empresas ficam dispensadas de fixar quadro de horĆ”rios, de anotar as fĆ©rias dos empregados em livros especiais, bem como de manter registros de inspeĆ§Ć£o do trabalho.

» No caso das aƧƵes trabalhistas, as mĆ©dias empresas passam a depositar apenas 75% do depĆ³sito recursal; as pequenas e micro, apenas 50%.

» As pequenas e mĆ©dias empresas poderĆ£o refinanciar seus dĆ©bitos tributĆ”rios.

E outras decisƵes que ainda podem ser adicionadas ao projeto ao longo do ano.

Para saber mais:
Livro: TendĆŖnciasBrasil 2008
Autor: RaĆŗl Candeloro
Editora: Intellimax.

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