O que vocĂȘ vai parar de fazer em 2010?

O que vocĂȘ vai parar de fazer em 2010?

Em todo começo de ano, milhares de pessoas fazem listas de “coisas a fazer”. Algumas pessoas são mais organizadas e separam as metas em áreas (dinheiro, família, trabalho, saúde, etc.). Outras são mais focadas e escolhem apenas três grandes metas ou uma única meta enorme – no resultado, na sua carga emocional ou, simplesmente, enorme na vontade de alcançar aquilo.

Na minha lista particular, coloco sempre duas coisas que considero diferentes do restante das pessoas que conheço: fazer algo que nunca fiz na vida e escolher uma nova área do conhecimento para me aprofundar (ou seja, passo o ano inteiro estudando um assunto que eu não conhecia). Tenho certeza de que essas duas coisas têm sido fundamentais para o meu sucesso, para tornar a vida mais interessante e, talvez mais importante, para moldar e aprimorar de maneira contínua o meu caráter, minha personalidade e meus relacionamentos. Afinal de contas, já faço isso há 24 anos (comecei aos 18) e, nesses anos, fiz 24 coisas diferentes, que nunca tinha feito, e estudei 24 assuntos diferentes, que nunca tinha estudado.

Este ano vou implementar uma novidade na minha lista, por influência do Jim Collins (confira o artigo na página 70): vou colocar nela uma ou duas coisas que preciso parar de fazer. Isso mesmo, em vez de colocar mais coisas para fazer, vou parar de fazer coisas.

A verdade é que acumulamos coisas sem valor, tarefas desnecessárias, atividades ultrapassadas, relacionamentos improdutivos… enfim, uma série de correntes que arrastamos pela vida mais por força do hábito que por outro motivo. São todas aquelas coisas que, se você pudesse escolher, provavelmente tiraria da sua vida, mas que, por uma razão ou outra, elas estão lá.

Collins se viu defrontado com isso quando uma professora lhe deu o desafio do 20/10. Funciona assim: num certo dia pela manhã, você recebe dois telefonemas. No primeiro, avisam que ganhou 20 milhões de reais. No segundo, que você tem dez anos de vida. O que faria de diferente? Pouca gente pensa profundamente sobre isso e vai deixando a vida passar. As correntes vão se acumulando e, um dia, a pessoa acorda e se descobre sufocada, vivendo uma vida que não queria. Aliás, existe gente que acorda e descobre que não é mais ela mesma – está vivendo uma vida falsa, vazia, uma vida vivida pelos outros e para os outros.

Uma forma simples de resolver isso é parando de fazer coisas. Simplesmente aprender a dizer “não”. As próprias empresas precisam aprender a fazer isso – dizer “não” a alguns produtos ou serviços, a alguns clientes, fornecedores, parcerias e a alguns funcionários.

Dizer “não” pode ser altamente libertador… muitas vezes, parar de fazer algo errado é a única forma de começar a fazer o certo. Então, diga: “Basta!”, “Chega!”. E corte, assim, algo negativo e improdutivo da sua vida. Coloque “o que não fazer” em sua lista de começo de ano e tenha um excelente 2010.

Abraço e feliz ano-novo!

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