Os líderes estão obsoletos?

Você acredita que os líderes estão se tornando obsoletos? Confira alguns motivos que vão fazê-lo ver se isso é ou não verdade. Essa pode parecer uma pergunta estranha, mas muito válida e vou contar por quê. Há, no mundo dos negócios, basicamente duas frentes sobre a importância de um bom líder na empresa.

Uma delas diz que um bom líder faz uma enorme diferença no sucesso de uma empresa, além de defender que as instituições crescem e prosperam porque existe alguém excepcionalmente bom liderando o sistema. É como se o líder fosse a base da empresa, o núcleo que segura a organização ? faça chuva ou faça sol.

A frente oposta diz justamente o contrário: afirma que o líder não faz a menor diferença no sucesso ou fracasso de uma empresa e defende a idéia de que a instituição é um ser vivo completamente dependente do meio em que está inserida, ou seja, que seu destino não está nas mãos das pessoas que trabalham nela nem do líder principal, e sim na complexidade do sistema externo ? coisas que ninguém pode controlar.

Nesse caso, quem domina é o sistema, não o líder. Essa frente ainda defende que é impossível prever e principalmente se preparar para o futuro. Ela diz que todas as empresas morrerão, só que em momentos diferentes.

A idéia é basicamente esta: se o líder determina o destino de uma empresa, por que uma boa gestão, uma boa estratégia e muitos recursos disponíveis não são suficientes para garantir uma excelente performance e até a sobrevivência do empreendimento? Por que tantas instituições, teoricamente gerenciadas com competência, acabam fracassando? Os defensores dessa frente dizem que é justamente porque os líderes não fazem diferença.

Howard Sherman e Ron Schultz, autores do livro Open Boundaries (ainda sem tradução no Brasil), dizem que as empresas que são gerenciadas pelos modelos tradicionais, com executivos desenvolvendo análises e formatando a organização para atender às necessidades que eles mesmos previram, estão obsoletas.

Esses líderes são lentos para as rápidas mudanças de hoje. Um novo tipo de empresa ganha agora ? aquelas que emergem do novo sistema, e não apenas se adaptam a ele.

Mas então, será o fim dos líderes?

Esses mesmos defensores de que um líder não influencia o sucesso de uma organização dizem que ela precisa sim de gerenciamento. Mas o que sugerem que o líder faça?

Eles querem que os gerentes façam simples tarefas, como recrutar bons profissionais e colocá-los dentro dos times auto-suficientes (que não dependem desse líder). Não existe uma hierarquia bem definida, pois as decisões são tomadas em conjunto e o voto de todos tem o mesmo valor.

Os autores assumem que as pessoas que trabalham nesse novo modelo de empresa são brilhantes, motivadas e com uma grande capacidade de trabalhar em grupo, por isso não precisam ser gerenciadas.

Mas você não acha que essa idéia está errada? Eu acredito que sim. Uma empresa em rápido crescimento e com profissionais ágeis, espertos e ambiciosos depende ainda mais de um bom gerenciamento. Geralmente vemos nessas equipes muitos conflitos pessoais, colegas que querem ganhar mais dinheiro e mais reconhecimento que os outros, minando completamente o clima e causando uma alta rotatividade de funcionários.

A verdade é que quando uma empresa é nova, ela possui a energia do seu fundador e sua missão e objetivos são claros. Mas conforme ela vai crescendo, esses objetivos se misturam com tantas outras prioridades que seus colaboradores começam a trabalhar sem foco, então a eficiência da empresa diminui. A não ser que… (adivinhou?) ela seja muito bem gerenciada.

Se um grupo de profissionais vai trabalhar unido em busca de objetivos comuns, independentemente do crescimento e das rápidas mudanças da empresa, será preciso bons líderes que saibam recrutar e selecionar os melhores talentos para as devidas tarefas, remunerar e incentivar corretamente essas pessoas, supervisionar, resolver conflitos e avaliar todo o time para que aqueles que não trazem os resultados esperados sejam treinados para superar suas deficiências ou recolocados no mercado.

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