Qualificar o atendimento, o grande desafio

Fabricantes e distribuidores focalizam seus investimentos apenas no produto. Quem é o elemento decisivo na hora da efetivação da venda? A cada dia que passa, o consumidor fica mais exigente e a concorrência mais acirrada. Muitos produtos viraram commodities ? compra-se até sem sair de casa. Superar as expectativas do cliente tornou-se o grande diferencial na hora da decisão de compra. O desafio para as empresas da área de comércio será o de qualificar o elo mais frágil deste ciclo mercantil:

O PESSOAL DE ATENDIMENTO E VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA.

Os fabricantes investem milhões no desenvolvimento de novos produtos. Os distribuidores no desenvolvimento de canais. Elevadas quantias são investidas em mídia e em cursos, porém o foco sempre é no PRODUTO. São os apreciados eventos e ?road-shows?, onde, via de regra , quem comparece é o dono da loja, quase nunca seus funcionários.

Mas quem é que recebe o consumidor na loja? Quem é que apresenta o produto? Quem é o elemento decisivo na hora da efetivação da venda? A resposta é uma só: O PESSOAL DE ATENDIMENTO E VENDAS.

Esses profissionais, na maioria das vezes, não participam de cursos de aperfeiçoamento. E o que é pior: não recebem nenhuma espécie de treinamento sobre como abordar corretamente o cliente, como apresentar os produtos, como convencer o cliente a comprar e como fidelizar o cliente. Da abordagem ao pós-venda, tudo é feito de maneira empírica.

O resultado disso é uma expressiva rotatividade de mão-de-obra, baixos índices de remuneração e motivação, com conseqüente queda no volume de vendas. Isto acaba se tornando um ciclo vicioso: contrata ? não treina ? não vende ? demite ? contrata um novo ? não treina ?demite -etc…Os empresários ainda não se deram conta de que esse custo é infinitamente maior do que investir em treinamento.

Só que, com a globalização e a revolução tecnológica, as coisas mudaram. O consumidor neste final de século está muito mais exigente. Ele não admite mais apenas a cortesia formal, o tratamento indiferente; o mal atendimento. A disseminação dos conceitos de Qualidade Total e dos direitos do Código de Defesa do Consumidor, a estabilidade econômica e a facilidade do acesso à informação, tornaram a qualidade de atendimento ao cliente o fator primordial para a sobrevivência das empresas.

Desta maneira, sendo o CLIENTE o foco principal, não seria a hora de se passar a disponibilizar treinamentos também com este foco? Que tal proporcionar cursos de Qualificação de Atendimento, Motivação e Técnicas de Venda diretamente nas lojas àquelas pessoas que estão cara a cara com o consumidor? A relação Benefícios X Custos seria, com certeza, compensadora.

É só testar e medir. Quem sair na frente, colherá primeiro.

Trata-se de um grande, árduo e inadiável desafio para fabricantes, distribuidores e empresários. Não seria este um bom momento para começar a vencer esse desafio?

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