Que profissional vocĂȘ quer ser?

Qualquer profissional pode estabelecer um planejamento estratĂ©gico para a sua atuação no mercado de trabalho. É comum entre executivos estrangeiros que por aqui atuam a reclamação de que o profissional brasileiro Ă© competente, mas inconstante, capaz de trocar perspectivas de carreira por uma vantagem financeira mĂ­nima. Se em parte isso reflete um cenĂĄrio econĂŽmico de incertezas e inseguranças, deve-se considerar tambĂ©m a pouca preocupação destinada a algo de fundamental importĂąncia: a gestĂŁo de carreira.

Essa postura imediatista, que acaba por justificar a avaliação de inconstùncia no ambiente corporativo, leva à necessidade de repensar certos paradigmas. Não é exagero afirmar que a gestão eficiente de uma carreira é tão importante para o profissional quanto o planejamento estratégico é para as empresas.

Cabe observar que essa gestĂŁo nĂŁo pode ser confundida com plano de carreira, uma vez que este Ășltimo nĂŁo depende apenas do profissional, mas tambĂ©m da empresa e de uma sĂ©rie de conjunturas. Plano de carreira, por sinal, Ă© uma terminologia cada vez mais em desuso no ambiente corporativo. O que se vĂȘ hoje Ă© um cenĂĄrio bastante volĂĄtil, sem cargos fixos, com mais trabalho do que emprego. A exceção talvez fique por conta do setor pĂșblico.

Isso nĂŁo impede que um profissional, qualquer que seja a sua ĂĄrea, estabeleça um planejamento estratĂ©gico para a sua atuação no mercado de trabalho. Pelo contrĂĄrio, essa nova realidade pode ser encarada como estĂ­mulo. Para isso, basta criar na prĂłpria mente o caminho a ser percorrido, transformando-o em açÔes prĂĄticas e objetivas. É o mesmo raciocĂ­nio que se aplica aos valores de uma grande empresa.

De um modo geral, mas sem se prender a fórmulas prontas, é possível determinar alguns passos, assim como se faz com o planejamento estratégico das empresas:
1. Definição do negócio (o que eu quero ser).
2. MissĂŁo e visĂŁo (como eu quero ser e ser visto pela empresa e pelo mercado).
3. DefiniçÔes estratégicas (que cursos devo fazer, em que me especializar ou que segmento de mercado priorizar).
4. Definição dos processos (como fazer tudo isso na pråtica sem fugir dos objetivos).

Essencial tambĂ©m Ă© a definição do que levar em conta no momento de decidir por um ou outro caminho: ambiente de trabalho, status, possibilidade de ascensĂŁo e visibilidade sĂŁo alguns fatores, alĂ©m da remuneração, Ă© claro. Aqui, por sinal, reside a questĂŁo que aflige muita gente: entre um possĂ­vel crescimento em mĂ©dio e longo prazo e um melhor salĂĄrio imediato, o que Ă© mais vantajoso? Como em muitos outros assuntos, nĂŁo hĂĄ resposta pronta. Cabem a anĂĄlise de custo x benefĂ­cio e as expectativas profissional e pessoal. Se for consistente, a gestĂŁo de carreira pode equacionar essa dĂșvida.

O ideal é que esse processo ocorra no início da vida profissional, mesmo que ao longo da carreira ocorra mudança de rumo. Aliås, mudanças podem ser novos desafios, que não podem ser descartados por profissionais em constante aperfeiçoamento.

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