Quebre paradigmas e construa soluções

Rótulos, pré-conceitos e paradigmas. Desde que o mundo é mundo e a humanidade começou a acreditar que já raciocinava, iniciou-se a mania universal de rotular as pessoas, desenvolvendo preconceitos e criando paradigmas.Trabalhando desde 1985 com design, pude deparar com alguns rótulos, preconceitos e paradigmas deste setor. Latinos são calientes, americanas são bregas. Baianos são preguiçosos e as gaúchas bonitas. Médicos são frios, enquanto advogados calculistas. O mercado está retraído e as empresas só devem aplicar em propaganda, marketing, promoção ou design, na época do natal.

Rótulos, pré-conceitos e paradigmas. Desde que o mundo é mundo e a humanidade começou a acreditar que já raciocinava, iniciou-se a mania universal de rotular as pessoas, desenvolvendo preconceitos e criando paradigmas. Os que nascem além do vale têm tacapes menores, uga. As que têm cabelos da cor do milho, não sabem como ascender o fogo, uga, uga. Macho que é macho só come carne crua, uga, uga, uga.

Trabalhando desde 1985 com design, pude deparar com alguns rótulos, preconceitos e paradigmas deste setor. Apesar de hoje estar tão em voga, há poucos anos atrás, ninguém sabia bem o que era design. Foi necessário explicar a muita gente boa o que realmente fazia um escritório de design. Muitas vezes lutei contra rótulos, argumentando pacientemente que não, o design não é caro, não é gasto, é um investimento. Que não é só as grandes empresas que precisam ser simples, claras e vendedoras.

Além da luta contra os rótulos, é preciso combater certos preconceitos, argumentando que fora do eixo Rio – São Paulo, também existem boas empresas de design. Se ouvíssemos, por exemplo, que uma determinada empresa com sede em New York contrata apenas empresas de design de New York ou que as empresas de Los Angeles procuram apenas por empresas de design de Los Angeles, soaria estranho, já que os Estados Unidos é tão grande, não acha? Por que esta história não soa estranha para o Brasil então? É preciso quebrar este paradigma e lembrar dos versos de Milton Nascimento dizendo que: Tem gente boa espalhada por este país, que vai fazer deste lugar uma nação.

É oportuno lembrar também, que no Brasil até pouco tempo atrás, trabalhos de design eram solicitados, mais a agências de publicidade do que aos escritórios de design. Ao contrário dos Estados Unidos e países da Europa, onde cada empresa procura atuar em sua especialidade. O medo de repartir o trabalho, deixando a cada empresa, aquilo que realmente é a sua especialidade, ainda existe no Brasil. A boa notícia é que aos poucos este paradigma está sendo quebrado e, felizmente, cada vez mais vemos parcerias produtivas entre agências de publicidade, empresas de arquitetura, de consultoria e os escritórios de design. Neste tipo de parceria ganha todo mundo, principalmente o cliente que leva o melhor do que cada área pode oferecer.

Para que um simples rótulo transforme-se em um preconceito, basta um passo. Um passo para trás, em direção à indiferença, à segregação, à injustiça e a guerra. O triste é que pouca gente vê que ter preconceitos é algo tão pré-histórico quanto arrastar a mulher pelos cabelos até a caverna. Quebrar paradigmas é justamente deixar este tipo de pensamento de lado, progredir de alguma forma, tendo assim, uma visão mais abrangente e evoluída da vida.

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