Quem não arrisca… arrisca tudo!

Recentemente, fizemos uma entrevista com o consultor, conferencista e ilusionista Carlos Hilsdorf, autor do livro Atitudes Vencedoras (Editora Senac São Paulo) para a revista VendaMais. Recentemente, fizemos uma entrevista com o consultor, conferencista e ilusionista Carlos Hilsdorf, autor do livro Atitudes Vencedoras (Editora Senac São Paulo) para a revista VendaMais. Entre tantos comentários interessantes, Hilsdorf falou sobre a diferença entre correr e assumir riscos: ?corremos riscos quando nos expomos a eles sem conhecer todas as informações necessárias para gerenciá-los. Assumimos riscos quando, de maneira lúcida, chamamos para nós a responsabilidade de enfrentá-los e desenvolvê-los sob a ótica profissional da obtenção positiva de resultados. Um pára-quedista, por exemplo, ao realizar um salto, assume riscos. Um leigo quando salta de pára-quedas corre o risco pois não está preparado para o desafio?.

O fato é que a vida e o tempo são implacáveis. Estão sempre oferecendo situações difíceis, as famosas ?sinucas de bico?, e, na maioria das vezes, não há tempo para preparação. Uns decidem correr riscos. Outros, assumir riscos, o que, digamos, é a melhor decisão. Mas existe uma outra opção: não fazer nada, não arriscar nada. Há quem ache que pode se dar ao luxo de esperar a próxima oportunidade. Ganhar um pouco mais de tempo para estar mais preparado. Acontece que, ao contrário do que se pensa, essa não é, necessariamente, uma opção segura. Ela também pode se mostrar extremamente arriscada.

Li uma história contada por Grady Dobbs, palestrante, consultor e escritor americano, que conta exatamente qual é o preço da hesitação. Grady diz em um artigo que certa vez ouviu a seguinte mensagem em sua secretária eletrônica: ?Aqui quem fala é o Sra. Smith. Você não me conhece. Eu sou a mãe de Kevin. Por favor, ligue-me. Preciso falar sobre Kevin?.

Kevin era um extraordinário jovem, multitalentoso, que ele havia conhecido em uma cafeteria, iniciando uma amizade baseada em conversas sobre livros e visões de mundo. A diferença de trinta anos entre eles foi logo superada em virtude das muitas coisas que tinham em comum: amor pela leitura, forte interesse em filosofia, prazer em escrever, curiosidade pelas coisas da vida, um impulso irresistível por viagens, e até um toque de perfeccionismo.

Grady sempre tentava encorajar Kevin a colocar em prática alguns de seus talentos, trabalhar em uma área que ele amasse, em vez de aceitar empregos em lugares que não combinavam com sua personalidade. Dizia para ele lançar suas poesias em um livro ou mesmo escrever o romance que desenrolava-se dentro dele. Mas Kevin sempre tinha uma razão para esperar um pouco mais: ele tinha de lapidar mais um pouco, desenvolver outras habilidades, fazer mais pesquisas, trabalhar como entregador de leite para juntar um pouco mais de dinheiro, tentar um novo curso, uma outra área, tentar uma escola diferente, fazer uma nova viagem.

Sem dúvida, todos temos algo em comum com Kevin. Arriscar, embora represente sempre uma tentativa, assusta. Em todo caso, para Grady, Kevin ainda tinha muitas chances, pois nem chegara a completar trinta anos. Ele acabaria se encontrando, fazendo o que gosta, fazendo uso de seus talentos, tocando a vida de outras pessoas. Ele só precisava de um pouco mais de tempo.

Em certo momento, o autor lembrou da mensagem: ?Por favor, ligue-me. Preciso falar sobre Kevin?, e ligou para a mãe do rapaz. Seu padrasto atendeu e explicou que a mãe de Kevin não estava em casa. Estava tomando as providências para o funeral. De Kevin.

Grady soube que ele estava preparando-se para mais uma grande viagem, mais uma tentativa, uma outra escola. Foi encontrado em seu apartamento. Já devia ter partido havia pelo menos dois dias.

A moral dessa história é que Kevin simplesmente nunca quis assumir o risco de testar a si mesmo, nunca acreditou que fosse bom o bastante, nunca quis arriscar com alguma coisa que ele não estava muito certo se seria capaz de fazer.

Isso é muito comum na vida de todos nós. Frases como ?Depois…?, ?Quando eu estiver melhor?, ?Quando eu estiver pronto?, ?Quando eu estiver seguro de que não vai dar tudo errado? são ouvidas todos os dias. Só que, como dissemos, o tempo não pára. Fica a pergunta: será que o autor poderia ter feito alguma coisa para ajudá-lo? Talvez. De qualquer forma, o certo é que essa história pode muito bem ajudar você. Aprenda com a lição de Kevin. Não espere… arrisque!

Frase: ?Quem decide pode errar. Quem não decide já errou? ? Herbert Von Karajan

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