Para que a relação funcione, a empresa precisa estar atenta às intenções de seus colaboradores, que precisam perceber as intenções da empresa para com eles. Outro dia, presenciei um fato interessante. Um profissional com dez anos de casa, repentinamente, pediu demissão. O empresário estranhou a atitude, principalmente vinda de um colaborador que era seu braço direito e que, aparentemente, gostava da empresa, do ambiente de trabalho, do salário e dos incentivos. Enfim, amava a empresa e, no modo de ver do empresário, fazia tudo por ela. Na conversa, o empresário citou os investimentos que a empresa vinha fazendo no funcionário, através, de treinamentos, viagens técnicas e bons hotéis.
De repente, fez a pergunta fatal: ?É por dinheiro que você vai embora??. Resposta: ?É sim! Nesses dez anos, nunca recebi pelo que faço. Os aumentos que recebo são concedidos pelo dissÃdio coletivo, não tiro férias regulares e trabalho fora de horário?. O empresário, atordoado, resolveu fazer uma proposta de aumento salarial e ficou mais boquiaberto ainda, pois o colaborador simplesmente disse: ?Agora mesmo é que não fico. Você teve todo o tempo do mundo para observar o meu valor. Estou pedindo para sair e agora serei valorizado??.
Relato essa situação porque não é um fato isolado. A relação entre empresa e profissional deve ser mais aberta. No caso citado os dois erraram. Um porque não procurou ver que estava preparando seu “braço direito” para o mercado, talvez até para um concorrente. E o outro porque não abriu o jogo e falou de suas intenções. É preciso que o empresário tenha visão de investimentos agregada a valores salariais, como: investir e recompensar. Por outro lado, nem sempre é possÃvel dar um aumento, mas é possÃvel valorizar o funcionário de várias outras formas.
Para que essa relação funcione, a empresa precisa estar atenta às intenções de futuro de seus colaboradores e, por outro lado, seus colaboradores devem perceber as intenções da empresa para com eles. Nada melhor que conversar para conhecer as intenções de cada um.
