Renegociando a seu favor

6 dicas de ouro para renegociar a seu favor Renegociar a seu favor pode sugerir, a primeira vista, algo injusto ou parcial, mas no fundo é apenas uma questão de convicção e técnica. Convicção porque você tem de estar seguro dos pontos a serem renegociados e técnica para conseguir chegar ao seu objetivo sem se deixar envolver emocionalmente. Como em qualquer negociação, é preciso aliar determinação e paciência à sorte e considerar que renegociar é, acima de tudo, um direito que todos temos e não existe nada de errado ou desonesto em fazê-lo.

No entanto, na hora de honrar seus compromissos, muitas pessoas confundem honestidade com orgulho, preferem perder muito do que rever acordos fechados, escolhendo ignorar que uma estratégica baseada em humildade e inteligência como a renegociação não é ilegal nem mesmo imoral.

Segundo Marc Freeman, autor de Renegotiate with Integrity (Renegociando com integridade ? ainda sem tradução para o português), renegociar não é uma desonra, pelo contrário, é a arte de alterar, revisar ou mudar termos já estabelecidos de um acordo, independentemente de ele ser verbal ou escrito.

Cartões de crédito, limite do cheque especial, empréstimos com débito em conta, financiamentos de veículos e outras tentações nos fazem, em alguns momentos, perder o controle da situação financeira. Gastar mais do que se ganha nunca foi tão fácil quanto atualmente e, como conseqüência, pode muito bem ser você, acostumado a vender e cobrar, o próximo a estar do outro lado da mesa recalculando como fará para honrar seus compromissos pessoais.

Por isso, é preciso estar atento ? uma vez que a hora de renegociar talvez já tenha chegado. Não existem razões para se envergonhar. Todos estamos sujeitos a repensar acordos, colocar fim a uma dívida e mudar o quadro negativo da saúde de nossas finanças. E se há um tratamento que faz a bola de neve das dívidas parar de crescer, é a renegociação.

Veja seis dicas que podem ajudá-lo em algum momento da sua vida ou nas suas próximas renegociações.

1. Renegociar é sempre a melhor alternativa ? Pode acreditar. Normalmente, seu credor tem tanto interesse quanto você em fazer um novo acordo. No caso dos bancos e cartões de crédito, o lucro obtido com sua desgraça é interessante para ambas instituições, mas ainda assim seu pedido de renegociação será sempre bem-vindo.

2. Compreensão na hora de renegociar faz bem ? Seja cooperativo e compreensivo nas suas palavras e atitudes ao renegociar algo. Não comece dizendo que vai procurar a justiça, processar ou falar com seu advogado. Quando uma conversa inicia com esses termos, deixa a impressão de que você não acredita ou não quer um acordo. Por exemplo: nas mensagens que nossos assinantes mandam, é comum vermos a expressão ?ir atrás dos meus direitos?. Uma coisa é certa: esse é o tipo de ameaça que não ajuda em nada. Todos sabemos que processos e advogados são excelentes para problemas que parecem insolúveis. Mas pequenos acertos entre as partes, na maioria das vezes, são resolvidos com uma conversa franca entre os envolvidos ? de maneira rápida e sem complicações.

3. Não procrastine a decisão de renegociar ? Por exemplo: se acontecer de você precisar fazer o pagamento mínimo do seu cartão de crédito por mais de três meses consecutivos, pense seriamente em ligar para a administradora do cartão e renegociar sua dívida. Quando você paga o valor mínimo, os juros que recaem na próxima fatura são tão altos que se torna muito difícil diminuir a dívida e sair dessa ciranda. Para evitar que isso acorra, peça o cancelamento imediato do cartão, solicite a soma de todos os valores que ainda terão de ser pagos e faça o parcelamento. Nessa hora, é importante ser firme em sua decisão e não se deixar convencer pela instituição financeira de manter a situação.

4. Abandone o cheque especial ? Evite ao máximo entrar no cheque especial. Mas, se assim como no cartão de crédito você tiver de ficar mais de três meses usando o ?limite?, ligue para o banco ou procure seu gerente e peça um financiamento com uma taxa de juros mais baixa. Na mesma hora, cancele o limite de crédito da conta.

5. Se você tem dinheiro guardado, use-o ? Geralmente, as pessoas se negam a mexer na poupança ou a resgatar algum fundo de previdência mesmo estando em dificuldade. Mas lembre-se de que reservas não são intocáveis e podem ser repostas com o tempo. Não que o ideal seja retirar dinheiro da poupança e perder o rendimento ? que por sinal já é pequeno ?, mas, matematicamente falando, é melhor que qualquer outra forma de captação de recursos do mercado. O que você precisará é de um bom plano de ação para restituir rapidamente o valor que ?emprestou? da poupança.

6. Comece a rever o que é supérfluo ? Quando a situação realmente apertar, seja radical. Compre apenas o que precisa e avalie muito bem a necessidade de tudo o que você está adquirindo nas últimas semanas. Temos a incrível capacidade de acreditar que precisamos de TV a cabo ou de uma roupa nova toda semana. Afinal, somos ensinados a buscar pela informação e andar sempre com a aparência impecável. Isso nos faz acreditar que nada na nossa vida é supérfluo. No entanto, isso não é verdade! Enquanto não sair completamente do seu estado devedor, comprometa-se, por um tempo, a deixar de fazer algumas coisas. Trocar o cinema e shopping center por passeios mais econômicos pode ser bem vantajoso. Você verá que dá para ser feliz assim mesmo, além de economizar um bom dinheiro.

Renegociar exige uma dose grande de bom senso e compreensão de que as duas partes envolvidas precisam sair em vantagem. Procrastinar a decisão de renegociar pode levá-lo a grandes prejuízos ? seja uma dívida que não pára de crescer ou um acordo que não está sendo vantajoso para você. Pense nisso e bons negócios!

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