A chegada do novo coronavírus ao Brasil trouxe desafios para os micro e pequenos negócios. Com as medidas de isolamento social para evitar a propagação do vírus, especialistas indicam a digitalização das empresas como uma solução. Abrir vendas por e-commerce pode parecer um desafio, mas é uma alternativa inovar para a retomada.
De acordo com uma pesquisa da Google Retail, o principal resultado da Covid-19 no varejo foi o aumento das vendas online em diversas categorias, incluindo alimentos. Paralelo a isso, cresceu o número de pessoas que fizeram a primeira compra na internet.
Um levantamento da Nielsen apontou um avanço de 32% na categoria de autosserviço no dia 18 de março e o percentual continua crescendo. Em outras ocasiões, a média de novos compradores no e-commerce é de menos de 20%. Por isso, especialistas recomendam se adaptar.
Confira a seguir 5 estratégias para considerar na hora de montar um site de e-commerce:
Planeje e prepare-se tecnicamente para ficar online
Como uma loja física ou qualquer outro empreendimento, abrir uma loja virtual exige planejamento estratégico. É preciso definir o público-alvo, escolher um nicho, analisar concorrentes, fazer pesquisa de mercado, estudar processos internos e orçamento.
Feito isso, colocar a loja virtual no ar demanda três passos. O primeiro é escolher e registrar um domínio, endereço que os clientes digitam para acessar o e-commerce. O segundo passo é adquirir um serviço de hospedagem. “Na hospedagem ficam armazenados arquivos, informações, imagens e outros conteúdos do site. Ela garante a disponibilidade do site o tempo todo na internet”, diz Robledo Ribeiro, fundador da multinacional de hospedagem de sites no Brasil Hostgator.
O terceiro passo é escolher uma plataforma de e-commerce, que permita incluir produtos no site, gerenciar estoque, usar meios de pagamento, controlar o envio dos pedidos, entre outras atividades. “Decida com atenção, pois esse é o sistema central da loja. Avalie se ele atende a necessidade inicial e também uma possível – e esperada – expansão dos negócios”, afirma Ribeiro.
Inclua diferentes tipos de pagamentos no e-commerce
Oferecer opções de pagamentos para os clientes é uma maneira de se diferenciar no mercado. Há plataformas que permitem emissão de boletos, pagamento de cartão de crédito e débito sem maquininha ou que geram links para pagamento.
“Faz parte da estratégia de um bom e-commerce ser flexível e garantir que o cliente possa efetuar a compra com segurança. Procure um sistema mediador de confiança, que use recursos seguros e ainda informe se um pagamento não foi feito. Isso permite gerenciar o fluxo de caixa e evitar perdas”, sugere Piero Contezini, CEO do Asaas, conta digital para empreendedores.
O Asaas, por exemplo, possui também um sistema de automatização de cobranças, que tem serviço de mensageria e ligações feitas por um robô para lembrar clientes sobre atrasos ou falta de pagamentos. “É preciso ter empatia com os clientes e saber a melhor forma de cobrar, sem ser invasivo. Por isso, a automatização é a maneira mais prática e eficiente para fazer esse serviço”, opina Piero.
Pense em estratégias de marketing e acompanhe os resultados
Para levar os clientes até a sua loja virtual, é preciso dar visibilidade a ela. A internet oferece muitas opções. Links patrocinados e anúncios em outros sites são um caminho. Recorrer ao Google Shopping Ads, para anunciar produtos na busca do Google, é outro. Também é possível investir em e-mail marketing, blogs de conteúdo e redes sociais.
A vantagem da internet é que ela permite monitorar os resultados de cada uma dessas ações. Uma ferramenta para acompanhar o desempenho da loja online é o Google Analytics, que contabiliza o número de visitantes, o tempo médio de permanência nas páginas, a taxa de conversão, entre outros indicadores. “Isso ajuda a entender como está a performance de cada página do site para fazer futuras melhorias e otimizações”, diz Ribeiro, da HostGator.
Melhore o controle da gestão financeira
Uma das vantagens de digitalizar um negócio é também melhorar a gestão financeira. Há plataformas no mercado que informam saídas e entradas no fluxo de caixa e facilitam o controle. “Use uma plataforma de gestão financeira onde sejam anotados os gastos, mantenha uma conta só para a empresa e planeje o próximo mês. Esses cuidados ajudarão a saber se será necessário buscar algum tipo de crédito para investir nos próximos meses, por exemplo”, completa Piero, do Asaas.
Caso considere necessário, Piero indica a antecipação de recebíveis, principalmente para micro e pequenos negócios, que é disponibilizada por fintechs e contas digitais como o Asaas. “Os juros são mais baixos e é possível antecipar valores menores. Também não é necessário ter conta bancária para conseguir o crédito”, completa.
Integre seu e-commerce com uma solução de frete
“Os empreendedores devem cuidar bem da logística de entrega de seus produtos. Ela é percebida pelo seu cliente como parte do serviço prestado pelo e-commerce”, explica o CEO da Motoboy.com, Jonathan Pirovano.
O sucesso dos fretes tem grande impacto na retenção de usuários. “Ao integrar uma solução de frete via API (protocolo padrão para integração), o e-commerce oferece ao cliente um serviço especializado em levar seu produto com sucesso até a porta do cliente”, avalia.
Pirovano explica ainda que, com esta integração, o cliente pode cotar e agendar fretes sem sair da loja virtual. Estas são lançadas automaticamente pelo sistema para os entregadores mais qualificados assim que confirmada a venda online. Dependendo da preferência do e-commerce, a entrega pode ser ultrarrápida, ou seja, solucionada em até 2 horas; ou agrupada, para redução de custos.
Para saber mais:
Acesse e saiba mais sobre as empresas citadas nesta matéria: Asaas, Hostgator e Motoboy.com