Smart cards cada vez mais espertos

Um smart card é um tipo de cartão de crédito com um microchip. O chip torna possível armazenar e processar dados, e oferece maior segurança contra fraudes e contra o roubo de número de conta. Quando o personagem de Tom Cruise entra em uma loja de roupas no filme de ficção científica “Minority Report”, um robô faz o reconhecimento de sua retina e pergunta “A camisa regata que você comprou ficou boa?”. Embora essa cena não vá acontecer tão cedo, a tecnologia inteligente está se aprimorando rapidamente, com novos níveis de personalização nas lojas.

Pelo menos um varejista, a Target, usa quiosques eletrônicos nas entradas das lojas para identificar clientes e mostrar a eles ofertas especiais com base em suas compras anteriores. Na Target, em vez de identificação pela retina, a identificação dos clientes é feita utilizando a tecnologia de smart cards (cartões inteligentes).

Um smart card é um tipo de cartão de crédito com um microchip. O chip torna possível armazenar e processar dados, e oferece maior segurança contra fraudes e contra o roubo de número de conta. De acordo com Randy Vanderhoof, Diretor Executivo da Smart Card Alliance (http://www.smartcardalliance.org), há atualmente mais de 20 milhões de cartões de débito ou crédito inteligentes nas mãos dos consumidores americanos. Até agora, estes cartões podiam armazenar apenas uma função, significando que eram emitidos para uma operação específica. No futuro, se espera que os smart cards sejam multi-uso, ou seja, quando um banco emitir um cartão de crédito, outra loja poderá utilizá-lo para um programa de fidelidade ou ações promocionais.

A aurora do super smart card
Carl Gunter, professor de ciência da informação e da computação na Universidade da Pensilvânia, desenvolveu um protótipo de smart card desenhado para permitir que terceiros adicionem programas depois que os cartões são emitidos. No futuro, a invenção de Gunter vai permitir um nível de personalização sem precedentes.

“Estávamos acostumados com os bancos nos dizendo nossos limites mas com esse cartão, você mesmo o programa para fazer exatamente aquilo que você quer que seja feito” diz Gunter. “Os limites poderiam ser qualquer coisa: ””””””””””””””””utilizável somente nos dias da semana”””””””””””””””” ou ””””””””””””””””somente para compras abaixo de $50 dólares””””””””””””””””, por exemplo”. Gunter sugere uma aplicação prática que seria para pais com crianças em idade escolar. As crianças teriam pronto acesso a dinheiro para livros, suprimentos, e itens relacionados, mas o cartão estaria bloqueado para compras não essenciais.

Outra possível aplicação é para operações internas das empresas. Melhor que requerer que empregados obtenham aprovação antes de fazer compras e apresentar relatórios de despesas, as empresas poderiam distribuir os cartões com os parâmetros de compras já estabelecidos. Caso um empregado tentasse realizar uma compra não autorizada, o cartão não funcionaria.

Gunter diz que o próximo obstáculo é definir como os próprios consumidores poderão programar o cartão. A vantagem do smart card está no potencial de personalização, então é crítico conceder o controle aos consumidores sobre como eles o utilizarão. Ele espera que em dois ou três anos os cartões inteligentes customizáveis estejam disponíveis no mercado. Vanderhoof prevê que levará cinco ou sete anos para que o uso seja intensificado porque a infra-estrutura das lojas precisa ser mudada.

“Os varejistas terão que converter dos leitores de tarja magnética para a tecnologia de leitura de chips visando utilizar a informação contida no smart card” diz Vanderhoof, “e até o momento, nos Estados Unidos eles não viram o retorno sobre o investimento”. Por enquanto, a maioria dos varejistas na Europa Ocidental já mudou para a tecnologia do smart card devido à grande incidência de fraudes, diz ele, e o Canadá está sentindo a pressão para mudar. Então é mais provável a rápida adoção fora dos Estados Unidos. Mas isso valerá a pena, de acordo com Diane Kroll MacPherson, Diretora de Desenvolvimento de Liderança do Peppers & Rogers Group.

“Como uma ferramenta para aumentar a participação no cliente, o smart card criará oportunidades para os varejistas a variar descontos, datas de liquidações, promoções de produtos e além disso adaptar-se às necessidades e valor de cada cliente” diz ela. “A empresa posicionada para ganhar vantagem competitiva será aquela que configurar os smart cards para refletir o conhecimento sobre as necessidades dos clientes e o valor obtido através das interações; informações que não podem ser facilmente obtidas pela concorrência”.

Extraído do newsletter Inside 1 to 1.

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