Socorro, está impossível educar o meu filho!

A criança, a partir de, aproximadamente, dois anos de idade, testará e contestará os pais utilizando a famosa birra (choro, esperneação, etc.). Mediante as dificuldades cotidianas de educar os filhos, há a necessidade de agir com maior rigor, utilizando um planejamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar a gostosa sensação de estar cumprindo a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena.

É necessário lembrar que a educação infantil deve acontecer em casa e que à escola compete a formação acadêmica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais e não um jogo de empurra-empurra, em que a criança deixa de ser educada e, de quebra, é sentido um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia, ela é um processo. Não somos máquinas programáveis, somos pessoas e necessitamos de desenvolvimento e maturidade para tornar a vida melhor.

Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites em sua estrutura, além da bola-de-neve dos relacionamentos ruins que são desenvolvidos, parte como conseqüência desse equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Para aqueles que despertam com novas esperanças em seus corações, encontrarão forças para fazer a diferença, do seu jeito particular, próprio de cada família.

Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação, que determinam o grau de êxito em cada caso. Eles são: sacrifício, acordo, objetivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais esse encontro de boa vontade na educação dos filhos.

1. Sacrifício ? A tarefa da educação requer sacrifícios como os da paciência, da perseverança e da firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos as pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada.

2. Acordo ? Todos os cuidadores precisam conhecer, estar de acordo e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação da forma de educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente.

3. Objetivos ? Essas tarefas da educação visam educar a criança e, conseqüentemente, trazer mais harmonia ao lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação.

4. Conhecimento ? A criança, a partir de, aproximadamente, dois anos de idade, testará e contestará os pais, utilizando a famosa birra (choro, esperneação, etc.) como instrumento para essa finalidade. ?Quem não chora, não mama.?

5. Paciência ? Sem a paciência, desistimos de nossos projetos; com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças à firmeza.

6. Firmeza ? Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam à consistência e à segurança da criança. Lembre-se de que o tempo gera o hábito. O hábito gera economia.

7. Perseverança ? No dia-a-dia é que se constrói a educação. Portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor.

Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar: o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude de seus comportamentos. Ou seja, é tolerado ou não certos comportamentos infantis de acordo com algumas experiências passadas dos pais, tais como o choro, as dificuldades, etc. Os pais podem estar ?cegos? mediante certos comportamentos dos filhos. A história de vida é singular, cada um tem a sua, inclusive a criança. Misturar as ?estações? só dificultará o processo educacional e de convivência. Não é tarefa fácil, todavia vale a pena.

Outra questão é o sentimento de culpa, comum nos pais, em virtude do pouco tempo que passam juntos dos seus filhos, pela falta de ânimo e paciência que oferecem após um dia de exaustivo trabalho, além do acúmulo de noites maldormidas, etc. No entanto, a culpa apenas dificulta a educação, diminuindo as chances de praticar o que é necessário. Os pais acabam invertendo as prioridades e dão o que não devem, a exemplo dos presentes. Não compre os filhos com coisas, compartilhe educação!

Algumas regras colaboram no processo da educação infantil:

1. Estar disposto a certos sacrifícios.
2. Manter comunicação constante. As conversas fazem parte da educação.
3. Não atender às birras, mas aos pedidos.
4. Expor à criança que só será atendida se pedir em tom de voz normal.
5. Evitar usar os personagens de televisão para amedrontar ou punir os filhos, faz mais sentido alegar que são os pais ou os cuidadores que estão educando.
6. Não voltar atrás.
7. Oferecer algum tempo diário para se dedicar aos filhos, com carinho, brincadeiras, etc.
8. Evitar a contradição entre o que é dito pelos pais. A criança se sente confusa e dividida.
9. Os pais são o modelo a ser seguido. Pense que tipo de modelo é o seu.
10. Não acredite que o tempo, por si só, dará jeito na situação, pois assim não haverá sentido em existir a educação.

O pedido de socorro emitido pelos pais é compreensível, porém a criança também grita por ajuda. A birra é uma forma de saciar os prazeres infantis, entretanto, quando atendida, ela agrada e ao mesmo tempo gera um mal-estar na criança, que precisa de educação. Quando nos sentimos sem apoio (limites), a angústia é a sensação que expressa tais circunstâncias. O sacrifício de manter a educação é a luta diária que cabe aos pais e que tem como recompensa a boa formação. Sacrifício requer uma cota de entrega. Em Efésios 5:2, temos: ?E andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.?

Pense profundamente sobre a entrega que deseja empreender. O método que persiste é aliviado pelo tempo. A criança aprende e cria os seus próprios mecanismos. Creia nela e em suas possibilidades de educação.

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