Soluções estratégicas para ampliar espaço no mercado

As estratégias para conquistar participação de mercados têm-se tornadas complexas e numerosas. Grandes corporações têm encontrado dificuldades para implementá-las, mesmo contando com as contribuições de seus ativos intangíveis. As organizações, hoje, enfrentam ambientes complexos e variáveis, que são definidos por seus clientes, proprietários e pela comunidade na qual operam. Clientes definem o que a empresa deve fazer para eles continuarem comprando seus produtos. Proprietários definem os objetivos primários da empresa que, freqüentemente, refletem considerações de riqueza, mas podem refletir metas socialmente relacionadas. A comunidade define as leis e convenções sociais que a empresa deve reconhecer para interagir com seus stakeholders, que são os clientes, os funcionários, os fornecedores, os proprietários e a própria comunidade.

O ambiente de negócio mudou. São poucos os executivos que ignoram a rapidez com que as pressões competitivas se intensificaram nos últimos anos.

As estratégias para conquistar participação de mercados, têm se tornadas complexas e numerosas. Grandes corporações têm encontrado dificuldades para implementá-las, mesmo contando com as contribuições de seus ativos intangíveis.

Em praticamente todos os setores industriais, os mercados tornam-se globais, com concorrentes em escala mundial oferecendo bens e serviços de alta qualidade com baixos custos. No setor serviços ? todo produto gera um serviço; que gera um benefício; que gera uma solução e é isso que o cliente deseja ? clientes são cada vez mais exigentes em termos da velocidade na entrega e na exatidão, levaram as empresas, muitas vezes, a tentar desmantelar antigos processos burocráticos.

Indústrias de serviços que anteriormente operavam com determinadas regulamentações e repassavam todos os custos para os clientes, hoje enfrentam um ambiente diferente. Melhorar a eficiência dos processos e reestruturar-se tornaram o objetivo para todas a organizações.

Há, portanto muitas preocupações por parte de executivos quanto à implementação de estratégias como medidas de desempenho gerencial; principalmente agora na era da informação para criar uma cadeia de valor para o cliente. Implementar novos conceitos no comportamento dos custos, suas causas, sistemas de alocação de custos, custeio baseado em atividades e decisões sobre preços mix dos produtos e serviços.

Tem-se observado no mundo empresarial enorme dificuldades em mensuração de desempenho, no gerenciamento das informações no tocante a processos referente a custos, precificação, finanças e clientes, só para citar alguns. Soluções existem e não são fáceis de implementá-las. Associar o Balanced Scorecard (BSC) que é "sistema de gestão e avaliação que visa o desempenho de uma célula de negócio sob quatro perspectivas, a financeira, a do cliente, a do processo empresarial interno e a aprendizagem e crescimento", com o Custeio Baseado em Atividade (ABC) que "proporciona uma visão econômica mais precisa dos processos, produtos, serviços, clientes, revela lucros e perdas que foram encobertos pelos sistemas tradicionais de contabilidade e custos das empresas"; essa associação, BSC com ABC como soluções de gestão ? medidas de desempenho – que muitas organizações estão buscando implementar para crescer e permanecer competitivas no mercado global.

No entanto, empresas que implementam um novo sistema de medidas de desempenho, na maioria das vezes, não associam as medidas às suas estratégias. E assim sendo, não conseguem identificar os processos críticos para que a estratégia fosse bem sucedida. Sendo assim, amplia-se o alcance do BSC, vinculando suas medidas à estratégia organizacional.

A elaboração do BSC parte do pressuposto que haja uma estratégia e objetivos financeiros bem definidos, pois estes servirão de foco principal para os objetivos e medidas de todas as perspectivas do BSC. E ainda, o BSC é um sistema de gestão baseado em indicadores que impulsionam o desempenho, proporcionando a organização uma visão do negócio atual e futura, de forma abrangente. Traduz, também, a missão e a estratégia em objetivos e mediadas organizadas nas quatro perspectivas citadas.

O que se tem observado no Brasil, é um crescente interesse das empresas pelas técnicas de custeio baseado em atividades (ABC), particularmente aquelas do setor industrial, notadamente em resposta aos movimentos de globalização e quebras de dispositivos protecionistas e de reserva de mercado, que foram recentemente introduzidos no cenário político-econômico.

Uma vez que a técnica de ABC apóia-se nas atividades e processos como verdadeiros elementos organizacionais de transformação, a criação de valor e geração de custos, torna-se útil um exame a respeito das técnicas disponíveis para lidar com esses conceitos. Portanto, torna-se bastante natural, a compreensão de que para poder utilizar a técnica de ABC com a máxima eficiência, é necessário antes de tudo empreender esforços para diagnosticar, mapear, medir e gerenciar os processos de negócio que se pretende melhorar através da gestão de custos por atividades.

Em poucas palavras, pode-se afirmar que o ABC é uma espécie de instrumento revelador, a ferramenta que é empregada para apontar os custos e suas verdadeiras causas, ou seja, relacionando-os com as atividades e processos utilizados na execução de determinadas operações de negócio.

Tenho realizado pesquisas e trabalhos de observação nas empresas, com a intenção de desenvolver minha tese de doutorado, fundamentando essa associação BSC com ABC como Soluções Estratégicas para as dificuldades das empresas aqui mencionado.

Artigo veiculado na GAZETA MERCANTIL de 30 DE OUTUBRO DE 2002
Página 2 – NORDESTE

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