Talento ou “tá lento”?

Talvez você não tenha percebido seu talento porque ainda “tá lento” demais para isso. “Tá lento” para vender mais, para produzir mais e agregar mais valor à empresa e a si. Vivemos na era da informação, da revolução tecnológica, da concorrência globalizada e desenfreada. Em um piscar de olhos, uma pequena inovação pode acabar com seu mercado, empresa ou cargo. Os modelos de negócios já não duram tanto quanto antes. Infelizmente, na iniciativa privada, ou você produz resultados ou está descartado. Se você não faz parte da solução, você é um problema. Se você não vende, não justifica seu salário. Ou você é lucro ou você é custo. Ou você agrega valor ou será desagregado. Tudo é muito efêmero, volátil, inseguro e descartável.

Estamos tão atordoados com o ritmo alucinante de nossas vidas que nos esquecemos de usar o mais precioso tesouro chamado talento, que nos foi dado por Deus. Ele pode alavancar nossas vendas, nossos salários, nossos resultados, enfim, nossas vidas.

Cada um de nós tem um dom, uma série de aptidões e qualidades inatas, além de outras habilidades que podem ser adquiridas com o tempo. Talvez você não tenha percebido seu talento porque ainda “tá lento” demais para fazê-lo. “Tá lento” para vender mais, para produzir mais e agregar mais valor à empresa e a si. Muitas pessoas confundem: “Talento para tudo o que fazem” com “?tá lento? em tudo o que fazem”.

Mas não é de hoje que talento (e não, “tá lento”) representa riqueza. Na Grécia Antiga, existia uma moeda de ouro ou prata chamada talento que também foi usada pelos romanos. Um talento era igual a 60 minas ou, ainda, 100 dracmas. Isso correspondia entre 27 a 36 quilogramas do metal. Considerando que um quilograma de ouro vale 46 mil reais, um talento de ouro equivaleria, nos dias atuais, a 1,665 milhão de reais. Uau! Só para você ter uma idéia, a filha do imperador Júlio César foi dotada com cem talentos (3,6 toneladas) de ouro no seu casamento com Pompeu. E você, quanto acha que vale o seu talento? Aliás, qual é o seu talento? O que você consegue com ele?

Você é do tamanho do seu conhecimento, ou melhor, do conhecimento que consegue aplicar na solução dos problemas ao seu redor, de maneira mais rápida, tranqüila, econômica e segura. Você é do tamanho de suas habilidades e atitudes. Enfim, você é do tamanho dos resultados que obtém em sua vida. Esse é o seu valor real no mercado. Se você “tá lento” na vida profissional e pessoal é melhor parar, a fim de se autoconhecer e desenvolver suas competências. Talvez você esteja perdido e precise de um mapa e de uma bússola. O autoconhecimento é seu mapa. O autodesenvolvimento é sua bússola.

Descubra, imediatamente, o que você sabe fazer melhor, o que você mais gosta de fazer ou aquilo que escolheria para fazer pelo resto de sua vida. Depois, desenvolva essa potencialidade, torne-a cada vez melhor e a transforme em negócios valiosos.

Torne seu trabalho o seu hobby preferido ou profissionalize seu hobby. Você pode ser um grande talento, mas estar no lugar errado, na hora errada. Algo como um jovem que vive frustrado por não saber tocar flauta na bandinha da escola, mas tem talento suficiente para ser o melhor pianista de uma grande orquestra. Não basta ser talentoso, é preciso estar na posição certa, fazendo a coisa certa. Você acha, realmente, que tem talento para ocupar esse cargo? Você se sente realizado na sua profissão? Talvez esteja na hora de tentar tocar piano.

Depois de 2,5 mil anos, o talento voltou a ser a moeda mais valiosa do mercado. Por quê? As empresas estão em busca do conhecimento diferenciado, inovador, criativo e revolucionário. Elas procuram profissionais que proponham soluções criativas, inteligentes e não-convencionais. Vivemos na “economia do conhecimento”. Se você não consegue converter seu conhecimento em lucros ou valor agregado, você não será valorizado. E quanto mais você sabe, mais poderá ajudar às pessoas.

Cabe a você, e não ao seu chefe, descobrir e investir sabiamente em seu talento.

Se você quer ser um grande vendedor, terá de possuir algumas habilidades e qualidades como: capacidade de observar, saber ouvir, comunicar-se bem, trabalhar em grupo, empatia, liderança, disciplina, bom humor, autoconfiança, persistência e, principalmente, ser amável e gostar de ajudar às pessoas. Caso você não essas qualidades, deve desenvolvê-las. Lembre-se de que o talento pode ser adquirido se você tiver vontade, fé e persistência. Não faça como um vendedor que encontrei outro dia, entregando o seu currículo anexo à proposta do produto e suplicando para seu cliente: “Pelo amor de Deus! Ou você compra meu produto ou me arruma um emprego.”

Você tem de evoluir, meu amigo! Deve saber e fazer hoje mais do que ontem e ter, acima de tudo, uma atitude mais positiva para vencer seus desafios atuais. Não esqueça de que a moeda valiosa chama-se talento, e não “tá lento”. Se você “tá lento” para tudo na sua empresa, seu chefe “tá veloz”, “tá impaciente” e “tá louco” para colocar outro em seu lugar. Pare, reflita, avalie e descubra sua maior potencialidade. Depois, desenvolva-a e prove o quanto você pode valer. Quem sabe você não valha mais do que a filha do imperador Júlio César.

Seu talento vale ouro!

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