Tem um minuto? ? Parte I

Com planejamento e organização, um vendedor pode fazer suas vendas em apenas um minuto. Aprenda a ganhar um cliente sem perder tempo A vida moderna e toda tecnologia não foram suficientes para diminuir a distância entre as pessoas, e assim, a cada dia que passa, temos menor quantidade de tempo disponível para nossos relacionamentos e o pior é que todas as interrupções acabam se tornando altamente irritantes a ponto de modificar o comportamento das pessoas.

Sofre toda a comunidade, principalmente os vendedores, que por força da profissão precisam dia-a-dia entrar em contato com pessoas, sejam antigos ou novos clientes, e assim encontram diversos tipos de barreira do outro lado.

É necessário então encontrar novos esforços por parte dos vendedores, tais como a formação de redes de relacionamento, do estabelecimento de parcerias, de encontrar novas formas de abordagem; tudo isso para manter e ou ampliar as vendas.

Como todo bom plano, a parte conceitual é excelente; mas na vida real, quem colocará o guizo no pescoço do gato? Como fazer para conseguir que os caminhos sejam encurtados, que as pessoas lhes dêem a atenção necessária no horário mais apropriado aos seus interesses? Não seria ótimo encontrar esta solução?

Quem sabe podemos aprender uma pequena técnica com um produtor de mel de abelhas e doces caseiros, José da Silva, oriundo do sertão de Pernambuco, que da sua pequena chácara observava o movimento da pousada que ficava do outro lado da estrada, sempre cheia de turistas nos fins de semana e feriados.

José estava empoleirado na velha porteira de madeira, pensativo, preocupado em encontrar uma forma de quebrar a primeira barreira daquele ocupado e sofisticado dono de pousada, que vinha apenas nos fins de semana para atender seus clientes e conferir o caixa da recepção. Estava sempre sisudo e centrado nos seus afazeres; quando, subitamente teve a idéia genial.

Lembrava que já vinha há tempos tentando encontrar uma forma de interagir com o dono da pousada, admirando a penca de clientes, todos em novíssimos carros de luxo que lotavam a pousada a cada fim de semana. Achava que queria pouco, apenas oferecer seus deliciosos doces e os suculentos litros de mel das melhores abelhas da região para os clientes da pousada; mas aquele ocupado hoteleiro era duro na queda e não dava ?mole? para os vendedores.

José havia bolado colocar uma mesa perto da recepção da pousada com produtos, cartazes e folhetos oferecendo seus deliciosos quitutes para os turistas. Ele, seu filho e sua esposa iriam se revezar no atendimento aos turistas e assim nenhum trabalho restaria para a pousada. Apenas iria ocupar um pequenino espaço; e no fim de cada dia somente iria embora depois de deixar a comissão de praxe para a pousada.

Mas, como toda boa idéia, o planejamento sempre é fácil e a solução ? execução ? sempre demorada e trabalhosa. Restava encontrar uma forma de quebrar a barreira da primeira visita, do primeiro contato, de ser ouvido pelo hoteleiro. Depois disso, tudo ficaria mais fácil.

José sabia que sua idéia só daria frutos se ele fosse rápido e esperto na hora de conversar com o ocupado hoteleiro. Ele precisava ser rápido e conciso, pois já tinha visto e ouvido que ?o homem? era muito objetivo; o tipo de dono que está sempre atolado de trabalho e que sente-se incomodado pela intromissão de vendedores.

E assim, apreensivo e ansioso foi que ele chegou ao desenvolvimento da sua técnica, que chamou de ?apresentação de um minuto? ? com direito a uma pequena representação teatral. Ah! Até que enfim ele havia encontrado um uso eficiente para o velhíssimo relógio que seu bisavô lhe havia dado de presente há quase 40 anos!

Decidiu tirar o relógio do bolso e segurá-lo na mão quando começasse a falar, e essa estratégia foi que colocou seus produtos dentro daquela pousada e de outras da mesma região.

Não teve mais dúvidas! Correu para sua casa, tomou aquele banho, fez sua barba, passou aquele perfume que sua filha havia lhe dado no Natal passado, colocou a bota novinha em folha, arrumou vários vidros de doces e mel em uma linda cesta de vime rasa e atravessou decididamente a estrada.

Lembrou até que já tinha decidido devolver o presente que a sua nora havia trazido lá do Sul, quando foi passar suas férias com a gurizada. Ainda bem que não devolveu, pois tinha, agora, a certeza de que o presente não havia vindo à toa. Esqueceu até daquele contorno folclórico de chita vermelho que acabava sinalizando a cesta à distância e provocando boas risadas.

A travessia da estrada foi a parte mais fácil, e logo ao entrar nas terras da pousada já sentia aquele incomodo frio na barriga lhe perguntado se realmente daria certo. Decidido, terminou os últimos passos e, ao encontrar o hoteleiro, todo pomposo, saindo da recepção para ir até a churrasqueira, depositou sua cesta no balcão, tirou aquela raridade de relógio do bolso e tascou ao hoteleiro: Tem um minuto?

A realidade é que hoje, longe daquela data, nem ele sabe mais dizer se o que deu certo foi a sua forma de apresentação, ou o relógio gigante balançando na sua mão, ou as delícias colocadas na cesta de vime no balcão, ou se simplesmente ?o homem? tinha se impressionado com o conjunto. Funcionou!

E como funcionou tão bem, José decidiu explicar a todos como conseguir ganhar um cliente, quebrar uma barreira, criar empatia em apenas um minuto. É simples. Assim, caro vendedor, veja como ele descreve sua técnica, reflita e encontre a sua forma:

Antes de ir até uma pousada ou restaurante para oferecer meus produtos, primeiro faço um levantamento para saber quem é a pessoa que decide, qual é hora de menor movimento e, se for possível, em qual hora ele tem o costume de passar pela recepção ou caixa. Chegando lá, procuro pelo recepcionista ou caixa, e mesmo que já tenha identificado o proprietário, falo alto o suficiente para que ele possa ouvir tudo…

Clique aqui e confira, na próxima semana, a continuação do artigo.

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