Um cliente de m!

Mesmo para um grande produto ou uma grande marca, basta um atendimento sem qualidade para tudo desandar e uma venda estar perdida, quando não o cliente. O maior dos problemas em venda chama-se atendimento. Basta ter um atendimento sem qualidade, que mesmo sendo um grande produto e uma grande marca, tudo desanda e uma venda está perdida, quando não, perde-se um cliente. E um cliente não pode ser medido por uma única venda, mas pelo quanto ele poderá gastar em sua vida e, na seqüência, seus filhos.

Digo isso porque recebi um convite da Renault para ir numa concessionária e tentar ligar um Clio (veio uma chave). Caso o motor funcionasse, o Clio seria meu. Não foi dessa vez, mas novamente percebi que muitos acham que quem deve ficar no topo é o dono do negócio, e não o cliente.

De outra vez tentei comprar um Sedan e fui atendido por um vendedor entusiasmado, mas sem autonomia. A cada mudança na negociação, adentrava numa sala, aonde presumi estar o dono do negócio, trancado em seu castelo, quando ou deveria dar mais autonomia ou estar circulando entre os diversos vendedores, apoiando e ajudando-os no fechamento dessas vendas. Saí da loja e comprei um Sedan da concorrência, e mais barato, gastando menos.

Voltando ao atendimento de M!, como estava calor e no horário do meio-dia, fui até a concessionária que fica numa cidade próxima de São Leopoldo, de bermuda, camiseta pólo e tênis. Ao entrar, me dirigi a um guichê que tinha internamente duas moças e externamente dois jovens vestindo camiseta da campanha em questão, que presumi serem funcionários.

Ao mostrar o cupom que preenchi em casa e que viera com a chave, perguntei onde deveria colocá-lo e, prontamente, um dos jovens apontou uma direção e disse: ?Ali, garotinho!?. Respondi dizendo que eu poderia ser seu avô (50 anos e cabelos brancos), devido à estupenda resposta, típica de guri de rua, moleque.

Após testar e não conseguir ligar o Clio, passei a olhar um Laguna e um Scienic, durante uns 15 ou mais minutos, sem que alguém viesse ao meu encontro, ao menos para saber o que eu estava achando dos veículos. Muitos falavam ao telefone, outros, como os do guichê, conversavam entre si. Dei meia volta e novamente desisti de ser um cliente Renault.

Ao chegar em casa, reclamei pelo site da empresa sobre o ocorrido e responderam rapidamente, dizendo que eu teria um atendimento por uma determinada pessoa e que eu estava ajudando a companhia. Essa ligação ocorreu, com promessas que não haveria mais atendimento como aquele e que eles não foram nos moldes do grupo.

Espero que haja mudanças, porque muitos comentam que nessa concessionária quem fica no pedestal é o dono do negócio. Já o cliente, o título deste artigo explica. Principalmente quando formos lá de bermuda, camiseta e tênis.

Será que o seu negócio não está assim? Ou será que você está acomodado e recebendo tratamento como este e, mesmo assim, continua fiel à marca?

Está na hora de rever seus conceitos sobre atendimento, porque mesmo havendo demanda, estão deixando de vender mais e vender menos significa ficar fora do mercado, mesmo sendo uma marca de renome. De nada adianta ter uma marca se ela está sendo vista como o título acima.

Após 17 dias do ocorrido (e apesar de ter recebido uma ligação do SAC da fábrica), não houve nem uma ligação da concessionária, quanto mais um pedido de desculpas, provando que ainda no Brasil quem fica no topo do pedestal é o dono do negócio.

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