Valor da Peixoto?

A indústria atacadista é mais uma entre tantas a apresentar necessidades de passar por reinvenções. A indústria atacadista é mais uma entre tantas a apresentar necessidades de passar por reinvenções.

Surgiram conceitos como operador logístico e broker, mas as mesmas continuam em sua maioria como distribuidoras, talvez por não entender realmente o verdadeiro significado do conceito, por exemplo broker.

A Peixoto por exemplo, assim como tantas outras vem lançando marcas próprias como tentativas para melhorar e descobrir novos padrões para se trabalhar no setor.

Porém quanto vocês acreditam que valha a marca de produtos “Valor” da Peixoto?

Primeiro posso garantir que apesar do possível registro no INPI não se trata de marca e sim de mais um simples nome. Segundo, que é totalmente provável que o nome Valor tenha realmente pouco valor no mercado.

A miopia persiste. A Santa Amália também tentou extensões de marca. Ampliou, vendeu, mas os produtos com a marca extendida não “giram” como deveriam.

Afinal o que está errado? Afinal, o que as indústrias e distribuidores procuram?

Como conseqüência, a cada dia que passa aumenta o poder do varejo, ora pelo grande poder das grandes redes, ora pelo crescente poder dos pequenos que se organizam e passam a determinar novos padrões de comportamento de compras. A própria indústria e a miopia de marketing podem ser culpadas.

A grande questão atual é a seguinte. Onde está o real valor do mercado atualmente?

Afinal os espaços nas gôndolas dos supermercados, quando não continua o mesmo, aumenta a passos menos largos que os lançamentos das indústrias e atacadistas.

E a cada dia aparecem mais e mais produtos e indústrias querendo ocupar os mesmos espaços das gôndolas. Sem estratégia e marketing, sobra barganha para o varejo. A tendência é o consumidor continuar infiel.

Quanto aos atacadistas, apesar de terem parte do segredo nas mãos, não conseguem visualizá-lo, simplesmente por total desconhecimento e ignorância da função de marketing.

Já imaginou que ridículo um gerente competente de marketing na indústria atacadista?

Acho que é assim que o mercado pensa.

As resposta a toda essa miopia pode passar pela cultura brasileira. Escravagista, trabalhadeira, operária, do conceito de que quando se descansa carrega pedra, etc, onde todos pensam em termos de concreto, engenharia, máquinas, equipamentos, enfim, temos uma cultura de produção.

Em grande parte das empresas o marketing está subordinado a vendas que muitas vezes diz: “Esse povo é louco, o negócio é vender, de pastinha na mão e sola de sapato”.

É pena e ao mesmo tempo oportunidade que nem todos consigam enxergar que está ficando cada vez mais claro que produzir deixa de ser a questão primordial. Com a qualidade como essencial, podemos comprar de uma infinidade de fabricantes, sem contar que não é sempre o melhor produto que mais vende.

O mais valioso está no consumidor, que fará justificar toda a cultura de fábricas.

Em resumo, sabe o que está faltando: Estratégia e Marketing.

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