Vendedor incompleto

Sem disciplina não se obtém sucesso. Descubra como eliminar a indisciplina e ser um profissional melhor. Apesar de toda competição reinante no mercado, ainda encontramos muitos vendedores que só aquecem suas turbinas em vendas na segunda quinzena do mês. Devido a isso, são obrigados a visitar somente os clientes que comprarão com certeza. Não sobra tempo para desenvolver novos compradores. Nesse caso, as gerências sugerem dividir os territórios, visando resolver o problema sem detectar as verdadeiras causas.

Os vendedores reagem dizendo que irão administrar bem o tempo e darão um jeito. Normalmente, acabam enrolando o superior. O que está por trás disso? Cada caso é diferente, mas, na maioria das vezes, se destacam a indisciplina e a influência do meio.

Nós, brasileiros, não fomos educados, de maneira geral, para a disciplina, diferente dos norte-americanos, que aprenderam a escrever metas, fazer planos de ação e praticar a melhoria contínua, por volta de 1850, nos meios religiosos protestantes.

Com muita serenidade, os pastores faziam auditorias nas residências dos fiéis para verificar suas disciplinas. Infelizmente, aqui no Brasil, na época, as principais religiões ? apesar de bem-intencionadas ? foram brandas demais. Conseqüentemente, quem tem disciplina se destaca, no nosso país.

Gosto de lembrar do jogador de basquete Oscar, que, com disciplina, diariamente, realizava por volta de mil arremessos de bola ao cesto. Não tinha como não ser o melhor cestinha de basquete do País, inclusive homenageado nos Estados Unidos.

Bem como lembrar de Pelé, que treinava 90 minutos a mais do que os outros jogadores. E não poderia deixar de lembrar de Airton Senna, que antes da corrida fazia questão de caminhar pelo circuito, analisando os mínimos detalhes.

É sabido que sem disciplina não se obtém sucesso. Nessa área, é de suma importância que o profissional descubra como acessar sua vontade no seu campo mental, visando eliminar a indisciplina.

Tenho como hábito relembrar riscos e perspectivas envolvidas na atividade a ser realizada. Rapidamente, a força de vontade aparece. Por sua vez, a influência do meio tem a ver com contaminações de pensamentos das pessoas ao redor. O pensamento, comprovado pelo mundo cientifico, é uma onda eletromagnética, similar às de rádio e TV.

O ser humano possui, no cérebro, a capacidade de transmitir e receber essa energia denominada pensamento. Não é à toa que os praticantes de ioga acordam de madrugada para conseguir meditar, tais são as influências depois que a comunidade acorda.

Certa vez, uma psicóloga conhecida minha, fazendo um serviço no Presídio Carandiru, sentiu uma tontura ao aproximar-se do Pavilhão 9, que reunia os piores bandidos do País. Segundo ela, a energia no ambiente não era boa.

A questão, quando se fala em influência do meio, é aprender a discernir o que é seu e o que é dos outros que convivem conosco. Portanto, não basta ter dons, ser instruído, amar o que faz, ser entusiasmado e interessado. Tem de se conhecer muito bem.

As principais virtudes do profissional se tornam vazias, se ele não se conhece. Uma forma simples que costumo utilizar nesse caso é pesquisar junto aos familiares, amigos e clientes sobre minha pessoa.

Saber sobre você em outras óticas faz eliminar o famoso verbo ?achar?, que nos atrapalha muito. Também gosto muito da idéia de escrever um diário, destacando pensamentos, sentimentos, falas, ações marcantes e, principalmente, novas aprendizagens.

Em resumo: a dica está em ficar de olho em si, praticando a autodesconfiança. Exige esforço? Sim, mas não acredite em realização na acomodação.

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