Calma! Sem nenhum demĂ©rito aos que formam a classe, nĂŁo estou comparando vocĂȘ a um vigilante de sua firma. Calma! Sem nenhum demĂ©rito aos que formam a classe, nĂŁo estou comparando vocĂȘ a um vigilante de sua firma. Quero chamar sua atenção para outra coisa. Sei que vocĂȘ tem funçÔes para com sua empresa, ou para com seu negĂłcio (se vocĂȘ for autĂŽnomo). Mas responda-me uma coisa: quem ocupa a função de vigilante em sua vida? Ă isso mesmo: quem faz o papel de vigia de vocĂȘ mesmo? Os outros, seu chefe, seus colegas de trabalho, seus subordinados, seus amigos, seu cĂŽnjuge, seus filhos? Ou vocĂȘ Ă© daqueles poucos profissionais no mundo que tĂȘm alta disciplina interior e conseguem guiar-se a si prĂłprios?
Infelizmente, por conta dessa nova mania de olhar primeiro para o umbigo dos outros, pensamos que a função de vigiar Ă© somente externa. Se alguĂ©m nos dissesse, imperativamente: ?Vigiai!?, dificilmente nos lembrarĂamos de olhar para nĂłs mesmos. Na verdade, imediatamente olharĂamos para fora de nosso ser e perguntarĂamos: ?Vigiar quem ou o quĂȘ??. Ora, vigie a pessoa que mais perigo representa aos seus planos de sucesso: vocĂȘ!
O fato é que o profissional que não é vigilante de si mesmo, que tem baixa ou nenhuma disciplina interior, mas só se limita a vigiar o que o cerca, é extremamente propenso a culpar os outros, o mundo e a sorte quando lhe ocorre algum contratempo. Ele acaba por errar duas vezes, pois a falta de vigilùncia é, muitas vezes, a causa do erro, e também a causa do diagnóstico equivocado sobre o erro. à simples: porque não vigia, o profissional displicente cai. E porque não vigia, ele pensa que alguém o derrubou, uma vez que estava dormindo ou olhando para os lados e não viu que foi ele mesmo que se jogou no chão. Culpa a pedra, culpa o buraco, culpa o poste, mas é incapaz de se culpar.
Isto ocorre pela falta de atenção e zelo em suas prĂłprias atitudes mentais e conseqĂŒentes decisĂ”es, ou seja, porque nĂŁo vigia. AĂ, fica aquele batalhĂŁo de gente, de mĂŁe ao chefe, lembrando, incentivando, alertando, cobrando, puxando, batendo, acordando o indivĂduo para ver se ele sai do atoleiro profissional e faz o que precisa ser feito, e nĂŁo somente o que gosta ou deseja fazer. O diĂĄlogo Ă© mais ou menos assim:
? Fulano, jĂĄ fez aquele trabalho que Ă© para entregar na sexta-feira?
? Mas, doutor, o senhor não disse que eu jå podia começar.
? Criatura, preciso dizer atĂ© isso a vocĂȘ?
? Ah, doutor, sou um funcionårio extrememante disciplinado. Só faço o que o chefe manda!
Enquanto isso, a mĂŁe em casa se lamenta: ?Oh, meu Deus, onde foi que eu errei?!?.
Por fim, se vocĂȘ nĂŁo quiser dormir no ponto e estancar em sua carreira, simplesmente pare de olhar para o mundo e use sua parte boa para vigiar esta ?coisinha ruim? que existe dentro de vocĂȘ, e que nĂŁo sossega enquanto nĂŁo o vir no chĂŁo. Com jĂĄ disse Helen Keller: ?quem nasceu para vencer e crescer nĂŁo se conforma em rastejar?. Portanto, vigie!
Frase: ?Ter uma conduta honeste Ă©, antes de tudo, nĂŁo culpar os outros por algo que estĂĄ errado conosco? ? Eric Hoffer
Para Saber Mais: Desenvolvimento Profissional ? Alcance o sucesso sem vender a alma. Aprendendo com as ParĂĄbolas de Jesus, de Paulo Angelim (Editora Mundo CristĂŁo).